sábado, 21 de fevereiro de 2009

POLICIAIS MILITARES FORAM ATACADOS NA LINHA VERMELHA

A Linha Vermelha, ficou fechada por cerca de 15 minutos, na manhã deste sábado, houve troca de tiros entre policiais militares e traficantes na altura da Ilha do Governador . Os traficantes atacaram a tiros a viatura do módulo operacional de vias especiais. O soldado Fonseca foi baleado no braço direito, mas sem gravidade e passa bem.

Um comentário:

Anônimo disse...

O batalhão da Liga

Segurança privada na Sapucaí é feita por 300 PMs, entre os quais 60 oficiais

21/02/2009


RIO - A segurança privada dos desfiles de carnaval é feita por 300 policiais militares contratados pela Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), entidade que tem como conselheiros integrantes da cúpula da contravenção no Rio, mostra reportagem de Sérgio Ramalho publicada na edição deste domingo do jornal O GLOBO. Na tropa da segurança privada da Liga, há pelo menos 60 oficiais da ativa da PM - de tenentes a coronéis -, dos quais cinco no mínimo atuam no comando de unidades, em postos estratégicos, com funções como recrutamento e seleção de pessoal, e até no gabinete do comandante-geral da corporação, coronel Gilson Pitta.

Leia mais: Monopólio da Liesa pode acabar.

Arregimentados pelo coordenador de segurança da Liga, coronel da reserva da PM Celso Pereira de Oliveira, de 61 anos, oficiais recebem diárias que variam de R$ 350 a R$ 850 para atuar no esquema de segurança da Passarela do Samba. Classificado no estatuto da PM como transgressão disciplinar, o "bico" dos oficiais e praças para os dias de desfiles de carnaval da Liesa é pago pela empresa MJC Eventos e Serviços, através de Recibo de Pagamento de Autônomo (RPA). A empresa figura no cadastro da Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerj) em nome das filhas do coronel Celso.

A participação de PMs, principalmente oficiais graduados, na segurança privada da Passarela do Samba gera controvérsia na cúpula da PM. No Batalhão de Operações Especiais, o "bico" para a Liesa é punido com o desligamento dos policiais. Há quatro anos, o então comandante do Batalhão de Choque, coronel Romilton Corrêa, prendeu um tenente da unidade que estava arregimentando oficiais para trabalhar na avenida. O tenente ficou detido administrativamente por 30 dias. Na nota de culpa, o coronel justificou a prisão informando que o tenente havia sido flagrado trabalhando para a contravenção.

A quantia paga pela MJC Eventos através de RPA a coronéis e tenentes-coronéis representaria, ao fim de cinco noites de desfiles, incluindo apresentações das escolas mirins (sexta-feira), Grupo de Acesso (sábado), Grupo Especial (domingo e segunda-feira) e Desfile das Campeãs (sábado), um reforço de R$ 4.250 na renda dos oficiais. A remuneração média mensal de um tenente-coronel é de R$ 4.700, sem contar gratificações.

Por telefone, o coronel da reserva Celso de Oliveira admitiu ao GLOBO empregar PMs na segurança privada da Passarela do Samba. O coronel reformado acabara de se reunir com integrantes do gabinete de segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vem ao Sambódromo, para tratar detalhes do esquema de proteção presidencial:

- São mil homens nas noites de domingo, segunda-feira e no sábado das campeãs. Há oficiais policiais militares, bombeiros e até militares das Forças Armadas, mas todos trabalham com autorização de seus superiores e nos dias de folga. Não há ilegalidade no trabalho - disse.

Para Luiz Eduardo Soares, bicos são consequencia de salários baixos
O sociólogo e ex-subsecretário de Segurança Pública Luiz Eduardo Soares, afirma que não há como cobrar dedicação exclusiva dos policiais às corporações com os salários pagos atualmente

- É por esse motivo que superiores na hierarquia das polícias e autoridades dos governos fingem que não veem os policiais fazendo "bico". Para mudar esse quadro é preciso encarar a realidade do orçamento da segurança pública, que não suporta pagar aumentos dignos aos policiais- afirma Luiz Eduardo.