Os fuzis FAL, calibre 7.62, que sumiram na segunda-feira do 6º BPM (Tijuca), apresentavam problemas mecânicos e, por isso, estavam guardados na oficina que fica dentro da sala de material bélico. Dois oficiais e 23 praças foram presos administrativamente para investigação interna. No dia do furto, todos haviam deixado o quartel ou entravam no serviço. Eles só serão liberados depois de prestar depoimento.
A PM instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do sumiço. O relatório deve ficar pronto em 40 dias, se não houver prorrogação por mais 20 dias. “A PM vai ter que prestar contas. Eu quero saber o que houve e a sociedade também quer. Eles vão ter que investigar o histórico de quem usou esse armamento e por que ele não foi devolvido. Isso é grave! Teremos que chegar ao autor e puni-lo”, afirmou o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame.
Integrante da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa (Alerj), o deputado Flávio Bolsonaro (PP) disse estar convencido de que o furto dos fuzis seria uma retaliação ao comandante da unidade, tenente-coronel Fernando Príncipe, que assumiu o posto há pouco mais de uma semana. O parlamentar não descartou a convocação do oficial para prestar esclarecimentos sobre o episódio. “Príncipe certamente já começou a sofrer represálias por parte de alguns comandados, insatisfeitos com algumas mudanças já iniciadas. Geralmente comandantes rigorosos sofrem com ações de maus policiais”, afirmou Bolsonaro.
O desaparecimento das armas foi percebido no início da manhã de segunda-feira. A PM, em nota oficial, chegou a desmentir o furto, que só foi confirmado no fim da noite.
O DIA
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