quinta-feira, 31 de julho de 2008

'Não sou o candidato das grandes empreiteiras', diz Paulo Ramos

Entrevista com o candidato PAULO RAMOS ( PDT) à prefeitura do Rio de Janeiro
Jornal do Brasil


RIO - Otimismo, seu nome é Paulo Ramos. Apesar de obter minguados pontos nas pesquisas que apontam para onde vai o voto dos cariocas, o candidato do PDT acredita que pode virar o jogo ("a campanha só está começando"). Para ilustrar sua convicção, cita uma frase de Leonel Brizola, fundador do partido: "Temos que confiar na força do povo".
Como o velho líder, Paulo Ramos também tem uma pinimba com as Organizações Globo. Por causa dela, não acredita nos números de intenção de votos que os órgãos de imprensa da empresa lhe atribuem. Também enxerga neles a intenção de levar Crivella e Eduardo Paes ao segundo turno.
Ramos é oficial da reserva da PM e advogado. Já passou por dois mandatos de deputado federal e três de estadual. Como o alvo de sua administração, escolheu o sistema de transporte. Promete arquivar o projeto do trem bala e não dar moleza para a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Rio (Fetranspor). Acha que a entidade acumulou poder na mesma proporção em que promoveu o sucateamento da malha ferroviária, que pretende reativar. Ao ser perguntado de onde virá o dinheiro, desconversa: "Nenhum problema se vai resolver como apagar e acender a luz".
Paulo Ramos é o segundo entrevistado da série de sabatinas do JB com os candidatos. Acompanhado de auxiliares, respondeu a Tales Faria, José Aparecido Miguel, Rodrigo de Almeida, André Balocco, Fernanda Thurler e Pedro Vieira.


Jornal do Brasil: O ex-governador Leonel Brizola tinha uma relação conflituosa com as organizações Globo. O senhor acha que, em relação à sua campanha, isso foi superado?
Paulo Ramos: Não foi superado e nem acredito que será superado. Eu tenho uma relação de atividades que desenvolvi, porque investiguei a Fundação Roberto Marinho, investiguei o programa Criança Esperança, entrei na CPI da Anac, ganhei na primeira instância um empréstimo feito na Caixa Econômica para construir o Projac, provei remessas ilegais de dólares para o exterior. E ainda está rolando uma iniciativa minha sobre aqueles dois terrenos ao lado da Asa Delta de São Conrado, que, coincidentemente, do lado, moram o Cesar Maia e o Marcello Alencar. Aquele terreno pertencia à Fundação Abrigo Cristo Redentor, uma fundação federal, e o terreno foi vendido sem a autorização do Legislativo. O programa Criança Esperança, eles não prestam conta. Os artistas ganham cachê, dizem que é patrocínio. Eu já tenho idade suficiente para conhecer a realidade. Eu brinco quando converso com outros candidatos: "Todo candidato tem percentual elevado de idiota". Candidato acredita nas coisas mais incríveis e desacredita nas mais óbvias. Mas é claro que eu não posso de forma alguma ter, numa pesquisa, o mesmo percentual do meu amigo do PCB. Não há hipóteses. Primeiro porque o PDT é um partido de muita expressão. Segundo, que a minha atuação ao longo dos vinte anos de mandato é uma atuação que tem tido algum ou outro destaque político. Lá na Assembléia Legislativa eu faço comparação. Com todas as dificuldades, eu estou entre os quatro com mais repercussão na mídia. Então, como eu posso imaginar que aquela pesquisa seja verdadeira? Eles estão fazendo da seguinte forma, e a Jandira vai pagar um preço... tem uma frase, que eu não sei toda, que diz assim: "Se a democracia se constitui no único sistema que o mecanismo de acesso ao poder depende dos partidos políticos, aqueles que compactuam com qualquer ato que represente a negação da democracia, mais cedo ou mais tarde vão pagar um preço", e eu estou me referindo a Jandira, porque eles estão tentando criar um mecanismo para levar pro segundo turno Eduardo Paes e Crivella. Isso está ficando óbvio.


Jornal do Brasil: Por que? Por que eles acham que o Eduardo Paes ganha?
Paulo Ramos: Não, não é porque eles acham que o Paes ganha. É que a Jandira não é tão apreciada por eles como o Eduardo Paes. Somente isso.


Jornal do Brasil: Eles quem?
Paulo Ramos: A Fetranspor, a Firjan, as grandes empreiteiras. Quer dizer que vão fazer o Trem Bala, que vai custar R$ 20 bilhões, e não cuidar do transporte de massa na região metropolitana? Isso por que? Não há razão. Então o que acontece, eles vão mandando, vão estabelecendo o seguinte: quais são os candidatos que podem ganhar e os candidatos que estão condenados a perder. Eles estão afunilando.


Jornal do Brasil: Na sua visão, para eles quem pode ganhar?
Paulo Ramos: Eduardo Paes, Crivella, Jandira, Solange e Gabeira. Gabeira já abandonaram, praticamente já. Tem o jornal O Globo e o jornal O Dia. A Igreja Universal já tem participação no jornal O Dia, porque a Igreja Universal é um partido político. Assim como o sistema Globo se transformou num partido político na eleição de 89, quando elegeu o Collor. A sustentação à ditadura já era um alinhamento, mas no momento da redemocratização em que poderia haver uma certa agilidade na democracia, a Globo interferiu no processo com a força que acumulou nos meios de comunicação. Claramente. E não foi só a edição do debate. A edição do debate foi o último ato. O Collor trocou cartas com o Roberto Marinho, dizendo que ele foi convidado pelo Roberto Marinho para concorrer à Presidência da República. Então o Eduardo Paes pretende ser um candidato dos católicos.


Jornal do Brasil: Na sua visão, quais são os candidatos que eles acham que têm que perder?
Paulo Ramos: Principalmente o do PDT. O Molon, ele é deputado e eu convivo com ele lá, mas levou uma pernada do Sérgio Cabral que não foi habilidade política do Sérgio Cabral, aquilo foi uma imoralidade, um absurdo, uma demonstração evidente de falta de caráter. Como é que ele apóia o Molon antes da convenção do PT e depois rompe? E a nossa Justiça Eleitoral? É uma imoralidade. Não haveria necessidade de ninguém impugnar a candidatura do Eduardo Paes. Como é que sai Diário Oficial com data retroativa? Isso é um escândalo por si só. A Justiça Eleitoral, se quisesse se fazer minimamente respeitada, não poderia aceitar o registro da candidatura. Mas por que aceita? Na última eleição municipal, o Tribunal Regional Eleitoral anulou a eleição em Campos, condenou Arnaldo Vianna, condenou o Carlos Alberto Campista e absolveu o Garotinho e a Rosinha, num voto de Minerva, numa votação que não foi empate. O que acontece é que a composição dos poderes vai se dando com vícios de origem. Os concursos são fraudados. No momento de formar o colegiado do Tribunal de Justiça, as coisas são meio tortuosas. A filha se tornou desembargadora, quando ele se ausentou e quando voltou tinham escolhido a filha dele e ele se emocionou, chorou. Pra cima de quem isso? Aí está a Monica del Piero, que era procuradora de justiça e desembargadora, mas estava no esquema com o Álvaro Lins e o Garotinho. A questão das ONGs surgindo. Essa CPI de ONGs na Assembléia. Mandei para o Ministério Público com todas as provas, mas eles são tão imorais que continuaram fazendo a mesma coisa, só que trocando o nome da ONG. Assim como o poder Legislativo é viciado na origem pelo uso da máquina administrativa, o poder econômico, os demais poderes também.


Jornal do Brasil: Deputado, com todas essas coisas contrárias, como o senhor acha que conseguirá chegar ao segundo turno?
Paulo Ramos: Em primeiro lugar eu quero agradecer ao Jornal do Brasil pela entrevista, porque eu ouvi na sede de o Globo que o jornal era uma empresa privada e portanto poderia fazer o que quisesse. Aí eu perguntei: "Não tem nenhum compromisso social? A liberdade de imprensa também não gera alguns deveres? Vocês se apropriaram da liberdade de imprensa para cuidar dos interesses de uma empresa privada. Se é dentro dessa perspectiva, eu não tenho o que te dizer". A última entrevista que o Brizola deu foi para o Jornal do Brasil, e eu estou lembrando do Brizola e digo o seguinte: eles tentam determinar em cada partido quem deve ser o candidato, substituindo os partidos políticos. Depois eles tentam dizer quem pode ganhar, substituindo o povo. Eu tenho andado muito, e é muito difícil. Imaginar que no primeiro dia da campanha eu fiquei quatro horas e meia em Padre Miguel, isso porque sou de Realengo, conhecia muita gente, então fiquei ali. O Eduardo Paes ficou 20 minutos, bateu três fotografias e foi embora. No dia seguinte saiu no jornal. A eleição majoritária, mais do que qualquer outra, depende da democratização da informação. Se não é democratizado, há um dirigismo. Agora, se aqueles que são profissionais e controladores de empresas de comunicação fazem o discurso sobre a liberdade de imprensa, um dos fundamentos da democracia, mas se apropriam dessa liberdade em função de seus próprios interesses, estão contrariando o próprio preceito democrático. E isto vem acontecendo. Nós fomos a Campo Grande e fizemos um belíssimo ato com a presença do Ministro do Trabalho e nenhuma linha. Nenhuma. É um fato diferente vir um ministro.


Jornal do Brasil: Mas o senhor acha que terá condições de superar isso?
Paulo Ramos: O Brizola dizia: "Temos que confiar na força do povo". Eu me sinto inclinado a fazer um documento denunciando esse golpismo. Se você dissesse assim: "O Paulo Ramos é um insignificante". Dos candidatos, eu sou o único constituinte. Foram dois mandatos de deputado federal, três de estadual, o PDT é um partido forte, elegeu três vezes um governador, duas vezes um prefeito.


Jornal do Brasil: Existe nacionalmente uma aliança PDT, PCdoB e PSB. Não seria razoável o senhor apoiar a Jandira?
Paulo Ramos: Eleição é partidária. A Jandira subiu num sapato alto, manifestando um entendimento de que qualquer coligação seria em torno do nome dela. Por que não discutir previamente qual seria a melhor alternativa para enfrentamento do modelo? Por que ela imaginar o PCdoB, que ao longo desses anos mostrou agir muito mais pela conveniência de formação do partido do que de acordo com coerência? Por exemplo, em 1986 eles teriam apoiado o Brizola, e não o Moreira Franco. Então o PCdoB é um partido que luta para a formação de quadros, independentemente do resultado da eleição. Eu queria discutir previamente, sem determinar quem seria o candidato. Vamos fazer a coligação desde que o PDT se disponha a dar o vice. Vai começar a descer do sapato alto agora, já está começando a fase. Por que na próxima pesquisa manipulada, eu digo com conhecimento, porque os órgãos de pesquisa recebem dinheiro de quem contratou a pesquisa. Eu já vi dar dinheiro.


Jornal do Brasil: Mas quem contrata paga...
Paulo Ramos: Não é assim. Não é quem contrata paga, somente. Quem contrata paga estimulando um certo resultado. Isso existe, na minha avaliação, ainda mais num país como o nosso, em que o grau de consciência política é muito pequeno. Imoralidade na eleição é a pesquisa.


Jornal do Brasil: Mas existem órgãos de pesquisa que não trabalham para candidato nenhum... O Datafolha, por exemplo.
Paulo Ramos: Eu sou forçado a reconhecer que o jornal Folha de São Paulo já representou um outro papel que não representa hoje. E talvez por questão de sobrevivência o Jornal do Brasil não se curvou. Ou o JB não enfrenta muito mais dificuldade do que uma Folha de São Paulo? Talvez porque não tenha embarcado em certas negociatas. Eu só sei que a Folha de São Paulo não cumpre hoje o mesmo papel.


Jornal do Brasil: O senhor acha que existe uma conspiração contra sua candidatura?
Paulo Ramos: Não é contra mim...


Jornal do Brasil: É contra um modelo?
Paulo Ramos: Para manter como alternativa somente aqueles que representam a negação desse modelo, pra restringir a verdadeira esquerda. Eu brinco e digo assim: verifica quem contribuiu pra campanha dos outros nas eleições passadas.


Jornal do Brasil: Mas numa eleição municipal ainda funciona este negócio de esquerda e direita?
Paulo Ramos: Funciona. Não de uma maneira tão perceptível, mas funciona. Tanto assim que a Jandira tem que se apresentar como a candidata que deveria unir a esquerda. Então o que acontece, eu me comparo com os demais candidatos. Nenhum dos outros vivenciou tanto o Rio quanto eu. Não é viver na cidade, é vivenciar os problemas e as conquistas. Em Realengo estudei em escola pública, depois morei no Cachambi. Lá em Bangu, onde morei depois que casei, pegava ônibus para ir à cidade. Um ônibus que não parava no ponto, que não era ponto inicial. Os campinhos de futebol não tinham chuveirinhos, vestiário pra tomar banho. Hoje eu passo nos campinhos me dá até pena. Então eu vivenciei as coisas proporcionadas pelo poder aquisitivo, porque eu vou ao teatro, vou ao cinema e não vou agora, já vou há muito tempo. Quando percorro os subúrbios, vejo que houve uma regressão, um atraso. Eu sou de Realengo, estudei numa escola primária em Realengo, ginásio numa escola em Santa Cruz e o científico em Bangu. Tenho ilustres companheiros de turma como Carlos Alberto Parreira, que fez o científico comigo. Conheço as dificuldades de acesso à saúde, de acesso aos hospitais. Numa fase de menor pressão a situação estabilizou. Nasci no conjunto de IAPI de Realengo, o primeiro conjunto habitacional da Era Vargas. Aliás tem uma concepção de que o maior fator de inclusão imediata é a habitação. A educação é um processo, mas a habitação é um fato de inclusão. Por isso que não há projeto habitacional, a construção da habitação não é uma perspectiva da casa própria, mas o direito à moradia.


Jornal do Brasil: O JB falou na terça-feira sobre as sete promessas não cumpridas do Cesar Maia. Quais são as suas?
Paulo Ramos: Eu tenho compromissos que considero realizáveis. Em todas as áreas. Vou pegar uma área, a de transporte. A força política que a Fetranspor acumulou, corrompendo governantes antes da chegada ao poder, teve como consequência a desativação de ramais ferroviários. Você vai numa estação como a Leopoldina, onde há um terminal ferroviário fechado... Você chega ali e vê a quantidade de trilhos desembocando nas plataformas, a diminuição da quantidade de trens.


Jornal do Brasil: O senhor vai reativá-los?
Paulo Ramos: Claro. Em vez de Trem Bala, eu vou reativar. Não tem solução para transporte que seja exclusiva do município do Rio. Como é que a gente tem um milagre como a Baía de Guanabara e o transporte aquaviária não é implementado? Você ter que vir de São Gonçalo pela ponte Rio-Niterói. Por que não tem? A Ilha do Governador viveria melhor, a Avenida Brasil seria desafogada, a Linha Vermelha também e as pessoas levariam menos tempo de casa para o trabalho. Mas qual a razão de não ter? Não tem porque quem controla o transporte são os controladores do transporte rodoviário e eles foram acumulando força progressivamente. Me lembro quando surgiram as antigas lotações como o transporte alternativo de hoje. Então está sendo mostrada uma situação absurda. A Supervia retira trilhos desses ramais para não fazer manutenção de outros lugares. Eu visito e não é de agora, pela candidatura. Tenho visitado ao longo dos mandatos, com o Sindicato dos Ferroviários, fazendo as denúncias. Então, transporte de massa é uma coisa fundamental e elementar. Se os governantes se deixam subordinar aos interesses de um modal... O Estado fez uma aliança com o município. O Detro é que está fiscalizando todo o transporte do município e estão buscando o transporte alternativo, criando barreiras. Esta semana vou ao Ministério Público. O pessoal do transporte alternativo fez barreiras fiscalizando os ônibus que não tinham passado pela vistoria. São vários ônibus. Ônibus com placas clonadas de automóveis com proprietários. Ônibus de empresas! E a questão da educação? Nosso companheiro Jorge Vieira foi assassinado e logo depois chegamos lá e o que vimos? Garotos em cima das motos com a fisionomia de 14 ou 15 anos com metralhadoras. Por que? Não estão mais na escola, não têm alternativa e pela idade não podem trabalhar. O que é que vão fazer da vida? Não acho razoável que qualquer candidato, mesmo os que foram contrários na época, não defendam a educação integral. Não é só a educação em horário integral, porque a educação para ser integral tem que ser em horário integral. De 7h às 18h a criança tem que estar na escola. Com atendimento à saúde, com atividades recreativas, atividades culturais, uma grade curricular.
Mas isso tem um custo...


Jornal do Brasil: O senhor tem um levantamento do necessário para tornar isso possível?
Paulo Ramos: Nenhum problema você vai resolver como apagar e acender a luz. Tem que ser um processo. Se o programa dos Cieps tivesse sido apoiado, não tivesse sido interrompido, com certeza mais que absoluta, hoje, estaríamos vivendo uma outra realidade no Rio. Não apenas em relação à segurança pública, mas em relação a padrões de convivência. Por que interrompeu? Por que utilizar somente 25%? Por que a Constituição manda? Por que não usar mais? Então é necessário racionalizar e fazer um projeto e no projeto, objetivos e datas você vai alcançando. Uma coisa que não é feita: nós temos a União, o Estado e o município realizando inúmeros programas sociais, sem que se comuniquem. Será que não é possível pegar a execução orçamentária de cada um e colocar no computador pra ver se há superposição?


Jornal do Brasil: Mas o Estado já está mais ou menos afinado com a União nos programas sociais...
Paulo Ramos: Mas não com os municípios. Existe uma simulação. Existe o discurso e existe a vida. Na vida, eles não estão. Será que só agora foi descoberto esse escândalo das ONGs? Pegando o governo estadual e o governo federal? São tantos programas para menores abandonados, são tantos programas para deficientes físicos, são tantos programas para idosos... Eu como prefeito quero ter a relação de todos e ver como os utilizam.

Jornal do Brasil: Sobre a educação. O que é necessário?
Paulo Ramos: Você não pode ter a criança ficando na escola três horas ou quatro horas, tem que progressivamente aumentar a carga horária. Tem que manter a criança ocupada.

Jornal do Brasil: Isso significa aumento no quadro dos professores?
Paulo Ramos: Brizola chegou a colocar mais de 40% do orçamento na educação. Eu tenho marcado minha atuação em serviço do servidor e do serviço público. Não pode se debater a enfatização do serviço público na medida em que o poder público foi oferecendo menos serviços. Dezesseis por cento dos alunos hoje são matriculados nas escolas públicas, 84% nas particulares. A mesma coisa é a rede de saúde. De uma determinada forma é a bi-tributação. Então tem que recuperar as funções públicas progressivamente. Quando se compara a economia do Rio com a economia de outros países, que têm a mesma massa crítica, a arrecadação é pequena. Mas é pequena porque? Por causa dos conchavos na renúncia fiscal. E são muitos os conchavos. A nossa legislação fiscal e tributária promove a sonegação. E aí você vai tendo menos recurso. A nossa realidade tributária não corresponde à econômica.

Jornal do Brasil: O que o senhor pretende fazer? Uma auditoria, por exemplo?
Paulo Ramos: É propor mudanças. Porque o prefeito do Rio não pode ficar voltado para o umbigo, achando que ele tem que ficar atrás do laptop. Não. Prefeito tem que interferir nas políticas públicas, na responsabilidade do Estado, na responsabilidade da União. A prefeitura assumiu a gestão dos hospitais de emergência federais. Por uma questão de epidemia da dengue, em que todos eram responsáveis, a União, num ato de império, interveio, passou a gestão do SUS, contra a lei, para o Estado. Montou barracas e cadê as barracas?

Jornal do Brasil: Nesse caso o Lula foi tirano com o Cesar Maia?
Paulo Ramos: Não tem o espetáculo do crescimento? Tem outros tipos de espetáculos também. Na verdade as decisões políticas devem sempre estar submetidas a um interesse público.

Jornal do Brasil: Mas não foi o caso?
Paulo Ramos: Não foi. Eles deveriam, responsavelmente, sentar em conjunto e propor a solução. Com a gravidade do problema, não resolveu problema nenhum. A população ficou sem saber quem era o culpado, mas é óbvio que nesse caso específico a parte mais frágil era a prefeitura. Isso não quer dizer que o Cesar Maia não tenha uma parcela grande de responsabilidade.
Jornal do Brasil: Mas na sua avaliação o maior culpado foi o governo federal...
Paulo Ramos: Veja uma fase anterior quando demitiram os guardas de endemia, os nossos mata-mosquitos. Isto vem lá de trás.
Jornal do Brasil: Como o senhor avalia a gestão do prefeito Cesar Maia ao longo desses 16 anos de poder?
Paulo Ramos: Ninguém pode ter dúvida de que Cesar Maia foi importante para cidade, até um determinado ponto. Tanto assim que foi el eito e elegeu o sucessor. Depois ele foi eleito de novo. Ele alcançou credibilidade. Na minha avaliação ele cansou de ser prefeito nesse último mandato. Se desinteressou de ser prefeito da cidade. Diante sempre dos mesmos problemas e desafios da cidade, ele cansou. Houve o Pan-americano e não houve nenhum investimento para aumentar a possibilidade da prática esportiva. Como é que nós vamos descobrir as vocações sem que as crianças e os adolescentes sejam praticantes? Eu quero poder fazer uma vinculação entre a educação e os clubes sócio-recreativos.
Jornal do Brasil: Mas e as vilas olímpicas?
Paulo Ramos: Nem é vila e muito menos é olímpica. Chamar aquilo de vila requer um esforço muito grande. Primeiro porque fica fechado no final de semana. É um equipamento caro e pouco utilizado, isso não quer dizer que vai se jogar fora.

Jornal do Brasil: O que o senhor faria com elas?
Paulo Ramos: Mantenho e abro nos finais de semana. Dinamizo. Mas os clubes sócio-recreativos devem ter sua capacidade recuperada e ampliada. Os clubes de subúrbio, a população empobreceu, mas eles estão lá. Tem clube que tem estádio e parque aquático olímpico. Como é que gastam dez vezes mais que o previsto e não investem um tostão nos clubes sócio-recreativos, onde a garotada vai a pé? Aí faz a Cidade da Criança em Santa Cruz, mas para ir lá tem de ir de carro, levar lanche ... Mas você pode ir aos clubes através de uma parceria público privada. Agora eles defendem a parceria público privada longe dos interesses sociais. Por que não nos clubes para ter programas a crianças e adolescentes, jovens e idosos? É a prática esportiva, não na visão única do medalhista, mas sim na visão da saúde. Eu aliás vou dizer aqui por diletantismo: disse no COB uma frase que conheço que está num livro do Santiagho Dantas chamado Palavras de um Professor, que reúne discursos dele. Eu disse ao COB: vocês têm de usar esta frase na propaganda do Pan. É a seguinte: "Saber perder, ser o primeiro a denunciar a própria falta, renunciar a uma vitória obtida sem o rigor das normas do jogo, admirar o adversário, ser seu amigo em todas as competições, ver no antagonismo ainda uma forma... são sentimentos da prática desportiva. Isto é o sentido do esporte, fugir deste sentido é ficar preso única e exclusivamente a determinado topo de êxito. O êxito não é a felicidade coletiva, o êxito é a conquista individual.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Estado é condenado a pagar indenização à igreja por falta de segurança

A Sétima Câmara Cível do Tribunal de Justiça confirmou sentença de 1ª instância e condenou o Estado do Rio de Janeiro a pagar R$ 7 mil de indenização por danos materiais a uma igreja evangélica.
Cansada de sofrer constantes assaltos, a Igreja Evangélica Congregacional de Parque Modelo, Niterói, resolveu ajuizar uma ação na Justiça contra a Administração Pública. Em um dos assaltos mais recentes, todos os aparelhos eletroeletrônicos e instrumentos que se encontravam na sede da igreja foram levados. Segundo a autora, a polícia chegou a ser acionada para prender os criminosos, mas só compareceu ao local aproximadamente uma hora após o arrombamento.
De acordo com relator do processo, desembargador André Andrade, o Estado não comprovou que tenha intensificado o policiamento na região - mesmo após diversas ocorrências - nem que a polícia tenha agido prontamente no momento do arrombamento. - No caso em questão, ficou comprovado que a Igreja tentou por todos os meios minimizar a constante insegurança que a cerca. Mas seus apelos não foram ouvidos por aquele que legalmente estava incumbido do dever de lhe prestar segurança - afirmou.
O magistrado ressaltou ainda ser clara a culpa do Estado, pois é dele o dever legal de impedir que esses crimes ocorram. - Não se trata de transformar o Estado em guardião onipresente, mas de responsabilizá-lo pela negligência na organização do serviço de segurança pública - escreveu no acórdão.

JB Online

terça-feira, 29 de julho de 2008

Um recado para os POLICIAIS CIVIS E MILITARES:

QUEM NÃO TRABALHA NÃO ERRA E QUEM NÃO ERRA
NÃO É PUNIDO.

Beltrame: 'Vamos extingüir o fuzil'

No novo blog "casos de polícia" do jornal EXTRA, traz a melhor piada do ano!!!!

http://extra.globo.com/geral/casodepolicia/

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, anunciou no debate promovido pelo jornal Extra que vai tirar o fuzil de circulação.
- Ia fazer isso em outubro, mas decidi antecipar. Esse bandido hediondo chamado fuzil, quero aposentá-lo. Vamos extingüir o fuzil. As vítimas das chamadas balas perdidas, 80% das vezes são atingidas por estilhaços de fuzil - disse o secretário.
Segundo ele, a idéia é substituir o armamento por carabinas, menos letais. Beltrame disse ainda que a violência no Rio também atinge os policiais.
- Meu segurança que foi alvejado por 52 tiros, quando estava de terno e gravata, indo para o trabalho, isso não existe - disse o secretário, completando:
- Tenho 12 ameaças de morte e não ligo a mínima para elas. Estamos fazendo melhorias na política de segurança, mas sabemos que temos muito a fazer.
Rebatendo as críticas da socióloga Julita Lemgruber, de que a polícia de São Paulo é menos letal do que a do Rio, Beltrame respondeu:
- A criminalidade do Rio é totalmente diferente da de São Paulo e isso eu digo com propriedade porque morei em São Paulo. Aqui o bandido trabalha com a política do "Aqui é Nóis". Eles manejam um fuzil como nós manejamos um celular. São Paulo não tem facção, tem o PCC, mas nós temos três facções. Lá não tem a geografia e nem o histórico de violência que nós temos - disse o secretário, que finalizou:
- No Rio de Janeiro há uma legião de excluídos, que não sabem os seus direitos e não sabem o que é lei.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Tudo dominado: Investigações confirmam ligações entre traficantes e movimentos sociais terroristas

Está tudo dominado pelo Governo Ideológico do Crime Organizado. Um relatório de 3 de julho da Justiça do Mato Grosso do Sul atesta que o traficante Luiz Fernando da Costa “continua a comandar sua organização criminosa de dentro dos presídios federais, desejando transformá-los em escritório do crime”. A Procuradoria Geral da Colômbia confirmou a existência de um "acordo terrorista" entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, velha parceira de Beira-Mar) e o grupo separatista basco ETA para cometer atentados e seqüestros.
Atualmente na penitenciária federal de segurança máxima de Campo Grande (MS), o próximo plano de Fernandinho Beira-Mar é mandar assassinar a promotora Márcia Velasco, que atua no processo contra a quadrilha de Beira-Mar desde 1999, no Rio de Janeiro, e eliminar o juiz criminal da 3ª Tribunal Regional Federal do Mato Grosso do Sul e corregedor do presídio federal de Campo Grande, Odilon de Oliveira. Os parceiros de terrorismo podem ser “terceirizados” para cumprir tal missão.
No Rio de Janeiro, o delegado Allan Turnowski, diretor das delegacias especializadas da Polícia Civil, tornou pública uma relação criminosa (já sabida pelos órgãos de inteligência) entre o Movimento dos Sem Terra e o comércio ilegal de drogas na favela da Rocinha – a maior da América Latina. O chefe do tráfico local, Antônio Bonfim Lopes, conhecido como Nem, formou uma parceria com o famoso José Rainha Júnior – um dos líderes do MST (que agora afirma não tê-lo mais como dirigente).
O "intercâmbio cultural" promovido por Rainha levou quadros da "liderança" da Rocinha para conhecer o trabalho “revolucionário” de campo que é feito no Pontal de Paranapanema. Segundo a Polícia, com o know-how adquirido, Rainha e Nem articularam a candidatura a vereador do presidente licenciado da associação de moradores, Claudinho da Academia (PSDC, que faz parte da coligação que apóia o candidato Marcelo Crivella a Prefeito do Rio).
Na estratégia bem ao estilo autoritário-ideológica, Claudinho se apresentou como “candidato único” na favela. Agora, corre o risco de ter a candidatura cassada, porque se tornou, para a Polícia, o principal suspeito de desfrutar do curral eleitoral mantido pelo tráfico na Rocinha. A atividade criminosa é gerenciada por lá pelo Comando Vermelho (o CV) de Beira-Mar, que tem uma parceria operacional com as Farc colombianas. Em troca de peças de carros roubados no Rio de Janeiro, os guerrilheiros colombianos fornecem cocaína aos brasileiros. Leia o artigo de Jorge Antônio Barros, no Globo on Line: O pacto político entre o tráfico e parte do MST na Rocinha
Tal parceria só é atrapalhada por uma guerra em curso. As duas principais organizações criminosas do País, Comando Vermelho (Rio) e Primeiro Comando da Capital (São Paulo), que até fevereiro deste ano conviveram pacificamente, resolveram se enfrentar na fronteira de Ponta Porã (MS) com Pedro Juan Caballero, Paraguai. Já teria rendido 30 mortos para ambos os lados a disputa pelo domínio da fronteira por onde passam drogas e armas.
A batalha é de Fernandinho Beira-Mar, líder do CV, contra Nilton Cezar Antunes Veron, o Cezinha, chefão do PCC. A facção criminosa Primeiro Comando da Capital – que já terceirizou membros do ETA e das FARC no famoso atentado que parou São Paulo - já possui ramificações em diversos presídios do País e que hoje comanda a grande onda de seqüestros no sul de Minas Gerais.

O Conceito
A interligação entre todos esses fatos só confirma a precisão do conceito de Governo Ideológico do Crime Organizado.Trata-se da associação, com fins delitivos, entre as classes política e empresarial, terroristas e criminosos de toda espécie, e membros dos três poderes, para usurpar o poder do Estado e praticar a corrupção, a violência e o terror.O fundamental é constatar que o crime só se organiza ideologicamente com a conivência dos poderes do Estado.

Governo do Crime
O Brasil perde anualmente cerca de R$ 160 bilhões – ou 6% do Produto Interno Bruto (PIB) – com corrupção e fraudes no governo e em empresas.A denúncia é da consultoria KPMG, que joga a culpa nos chamados crimes de colarinho branco.Na maior parte das vezes, tais delitos envolvem lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

Corrupção aumentando
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) faz uma previsão assustadora.Só este ano deverão ser registradas 300 mil operações com indícios de irregularidade.Será um salto de 112% em relação às sacanagens praticadas em 2007.

Escritório do crime
O relatório da Justiça de Mato Grosso do Sul revela que Beira-Mar dá as ordens por intermédio de cartas ou de recados transmitidos a visitantes.O juiz Odilon de Oliveira tentou reduzir as visitas de Beira-Mar de semanais para quinzenais, restringiu-as ao parlatório (cabine com vidro e microfone), e zerou sua correspondência.Mas o Tribunal Regional Federal cassou a decisão de Odilon que impediria Beira-Mar de tocar seus negócios de dentro da cadeia.Assim, o traficante recebe e envia por mês cerca de 15 cartas invioláveis – através das quais são emitidas suas ordens.

Poder econômico
O poder exercido por Beira-Mar - condenado por tráfico internacional de drogas, armas e munição e lavagem de dinheiro – é sobretudo econômico.Prova disso é a Fazenda Campanaí, que pertence ao traficante, situada na cidade paraguaia de Capitan Bado, a 18,8 quilômetros de Coronel Sapucaia (MS).Na propriedade, existem 4 mil cabeças de gado, oito mil tilápias, pista de avião com um quilômetro de extensão, uma sede confortável e piscina.A 2ª Vara da Justiça Federal no Paraná, onde corre o processo da Operação Fênix, enviou pedido de seqüestro da propriedade ao judiciário paraguaio, mas o pedido ainda não foi respondido.

Liga da (In)Justiça
Investigação da Polícia Federal aponta que a munição que abastece os paióis do grupo paramilitar ‘Liga da Justiça’, na Zona Oeste do Rio, é produto do tráfico internacional de armas que domina a fronteira do Brasil com o Paraguai. No primeiro semestre de 2007, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu, no Paraná, uma Kombi repleta de munição que seguiria para o Rio de Janeiro.Informada sobre a apreensão, a PF iniciou apuração para descobrir o destino da munição.Durante as investigações, os agentes descobriram que o carregamento seria entregue aos irmãos Natalino (deputado estadual pelo DEM) e Jerônimo Guimarães, o Jerominho (vereador do PMDB), que estão presos.


http://www.alertatotal.blogspot.com

sábado, 26 de julho de 2008

Peregrinação para engessar o braço.

O menino DANIEL DE SOUSA OLIVEIRA de 11 anos quebrou o braço no último domingo, e passou dois dias percorrendo as unidades de saúde para engessar seu braço. Levado à UPA DE IRAJÁ CRIADO PELO GOVERNADOR, PARA PRESTAR ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E DESAFOGAR OS HOSPITAIS, "NÃO HAVIA NEMHUM ORTOPEDISTA DE PLANTÃO".
Com o braço enfaixado foi levado ao PAM de Del Castilho, depois ao PAM de Irajá, ao hospital Estadual Getúlio Vargas, Hospital Ronaldo Gazola, Salgado Filho, Souza Aguiar e no hospital Federal do Andaraí. Sua peregrinação só teve fim na terça-feira ( 48 horas após o acidente ) no Hospital municipal Miguel Couto.
É só um exemplo do que a população que depende da rede pública é obrigada a enfrentar quando precisa de atendimento.

E aí senhor governador?




Candidato único a vereador da Rocinha


sexta-feira, 25 de julho de 2008

Tráfico da Rocinha tinha plano para eleição

Em operação para tentar prender traficantes do Complexo de São Carlos refugiados na Rocinha, a Polícia Civil reuniu provas da política do terror imposta pelo homem que controla a favela de São Conrado. Na casa de uma das mulheres de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) encontraram duas folhas que revelam uma reunião com lideranças comunitárias na qual há ordens e cobranças a cada um deles. O tema principal é o apoio irrestrito ao candidato a vereador e presidente da Associação de Moradores, Luiz Cláudio de Oliveira, o Claudinho da Academia (PSDC).
Em três dos nove itens, o plano do tráfico de fazer dali um curral eleitoral fica claro. “Todo empenho para o candidato da Rocinha. Não aceito derrota! Ninguém trabalhando para candidato de fora. Não agendar visita. Não convidar para eventos”, determina o chefão.
As folhas apreendidas não citam Claudinho da Academia, mas segundo a polícia ele é o indicado por Nem. Como O DIA noticiou semana passada, o traficante convocou reunião há 15 dias para estabelecer regras citadas na ‘ata’. E o bandido não aceita negativas.
“Convidar os amigos que ‘trabalha’ para outro político para a próxima reunião. Quem faltar vai mandar buscar”, diz o item 7. Em seguida, o texto mostra o poder do bandido: “Pedido do candidato da Rocinha não pode ser negado em nenhum segmento (Vans, mototáxi, etc)”.
“O documento mostra o início da tentativa do tráfico de fazer seu curral eleitoral”, diz o diretor do DPE, Allan Turnowksi, que comandou a operação, que deixou um bandido morto, outro ferido e outra moradora inocente ferida. Foram apreendidos três fuzis, uma escopeta, três pistolas, revólver e drogas.
O juiz Luiz Márcio Pereira, coordenador da fiscalização da propaganda eleitoral no estado, enviará ofício à Chefia de Polícia Civil solicitando que seja remetida à Delegacia de Defesa Institucional da Polícia Federal o documento. “A redação é bem incisiva na coação. São indícios fortes”, disse. Ele ressaltou, porém, que a carta não tem assinatura e não há como comprovar quem seria o autor nem o candidato beneficiado. Segundo Pereira, hoje há denúncias de restrições em cerca de 20 comunidades dominadas pelo tráfico ou milícia.
Acostumadas a fazer campanha na Rocinha, as vereadoras e candidatas Andrea Gouvêa Vieira (PSDB) e Liliam Sá (PR) negam que tenham sido ameaçadas, mas dizem que já tinham tido informações de que só Claudinho poderia fazer campanha lá. “É legítimo que a Rocinha escolha um candidato para representá-la, mas não dessa maneira, impedindo que outros vão à comunidade”, disse Andrea. Já Liliam disse só ter ouvido rumores sobre a proibição.
Nas cobranças feitas por Nem a líderes comunitários, o traficante reclama do maior comerciante de gás da favela, Gonçalo Waldemar Evangelista, que não estaria apoiando nenhum candidato, além de abandonar a associação de moradores sem avisá-lo. Na ‘ata’, Nem decreta: “Romper com gás”.

TIME DO ‘MESTRE’ SAUDADO EM SHOW DE RAPPER
Dia 13, quando Claudinho da Academia subiu ao palco no show do rapper americano Ja Rule para discursar, ele enalteceu um homem de apelido pouco conhecido até então. “É muita emoção, galera. O Ja Rule fez questão de fazer esse show na Rocinha. Casas famosas ofereceram R$ 400 mil. Ele disse que não tinha preço. E vai voltar em outubro.
Queria agradecer também ao Mestre, que tornou esse show possível. Sem ele nada disso aconteceria”, disse, passando o microfone para o cantor, que berrou: “Congratulations, Mestre!”.
Ontem, a polícia apreendeu na favela camisas que explicam tudo. ‘Bonde do Mestre’ é o time de futebol do traficante Nem e tem como escudo a facção Amigos dos Amigos (ADA). O time é levado tão a sério pelo Mestre, ou Nem, que não são raras as vezes em que craques de grandes clubes jogam no time do bandido.

http://odia.terra.com.br/rio/htm/trafico_da_rocinha_tinha_plano_para_eleicao_187680.asp

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Punição para os culpados!



CACHORRO SOME E PT ABRE SINDICÂNCIA

O sumiço do Pitoco de Déda
"O cachorro basset do filho do governador de Sergipe, Marcelo Déda, fugiu do Palácio de Veraneio, sede do governo, na sexta-feira passada. Pitoco, como é chamado, voltou no sábado um pouco machucado. Até aí, beleza: nada além do que acontece com dezenas de famílias. Mas Déda não achou nada normal e decidiu procurar o culpado. A corda, naturalmente, estourou do lado mais fraco. Imediatamente, o gabinete militar do governo de Sergipe mandou abrir uma sindicância contra os quatro militares que faziam a segurança na hora da fuga do bicho. Au..au.. A história é tão embaraçosa que até agora ninguém informou em que pé está a sindicância e se já descobriram qual dos quatro guardas perdeu Pitoco de vista."

PM recupera carro e documentos de juíza na Zona Oeste

Policiais militares do 14º BPM (Bangu) recuperaram, em poucas horas, o veículo roubado, com vários processos e documentos importantes, da juíza da 3ª Vara Cível do Fórum de Bangu. A ação aconteceu às 10h, na Rua Ubatuba esquina com a Avenida Santa Cruz. O carro foi encontrado próxima à periferia da Vila Vintém com documentos e pertences intactos. Ninguém foi preso. O crime foi registrado na 34º DP (Bangu).




http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/07/23/e230719594.html

PERIGO!


domingo, 20 de julho de 2008

sexta-feira, 18 de julho de 2008

QUANTO VALE A VIDA DE UM PM?


"O Governador Sérgio Cabral estuda conceder aos Policiais Militares e Bombeiros um reajuste salarial de 20%, a partir de setembro, parcelado em 4 vezes de 5%. Não é o ideal, mas irá amenizar a questão dos salários dos PMs, resultado das péssimas administrações dos governos passados".
É fácil prometer na campanha e depois dizer que é tudo culpa da campanha anterior.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Juíza determina bloqueio de contas do casal GAROTINHO!!!

Juíza determina bloqueio de contas de Garotinho, Rosinha e mais 30
JB Online
RIO - A juíza Maria Paula Gouvêa Galhardo, da 4ª Vara de Fazenda Pública da Capital, deferiu, no início da noite desta quarta-feira, liminar determinando o bloqueio de dinheiro e ativos financeiros e o arresto de todos os bens dos ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Matheus, do ex-secretário de Saúde Gilson Cantarino e mais 30 outros réus (entre pessoas físicas e jurídicas). Eles são acusados de terem cometido improbidade administrativa e desvio de verbas públicas ligadas ao Projeto Saúde em Movimento da Secretaria Estadual de Saúde.
Segundo a juíza, o pedido do Ministério Público traz à tona farta prova documental, em que os suspeitos, mediante associação, cometeram fraude de licitações, com conseqüente contratação irregular de ONG's, cuja única participação era emprestar o nome e contas bancárias para o desvio de dinheiro público, revertido em favor dos acusados, quer a título pessoal ou para custeio de campanhas eleitorais.
Ainda de acordo com a magistrada, o valor desse desvio pode chegar a R$ 234 milhões. Foi determinada também pela juíza Maria Paula a notificação de todos os envolvidos e expedição de ofícios à Corregedoria-Geral da Justiça do Rio, ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, do Maranhão e à Capitania dos Portos das circunscrições de Angra dos Reis e do Rio, assim como ao Detran e ao Denatram comunicando tal decisão.

http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/07/16/e160716503.html

Eu não mereço, você não merece, nós não merecemos!


Ex-secretário de Saúde e mais onze são presos por desvio de verba

RIO - Doze pessoas foram presas nesta terça-feira numa operação do Ministério Público(MP) que investiga o desvio de verbas na Secretaria estadual de Saúde, no Rio. Entre os presos está o ex-secretário estadual de Saúde Gilson Cantarino. Os presos foram levados para a carceragem da Polinter, e os que tiverem curso superior serão encaminhado ao presídio Bangu 8. Alguns prestaram depoimento no Ministério Público, mas o conteúdo das declarações não foi divulgado.
As prisões fizeram parte da Operação Pecado Capital, desencadeada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, que realizou buscas também em Niterói e na Região dos Lagos. Foram expedidos 30 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão. Apenas dois mandados de prisão ainda não foram cumpridos: os de Claro Luiz Dantas da Silva, ligado à quadrilha, e Carlos Arlindo Costa, responsável pela Ong Projeto Filipenses, que está fora do país.
A quadrilha desviou R$ 60 milhões dos R$ 234 milhões destinados para o Programa 'Saúde em Movimento', da Secretaria Estadual de Saúde no governo Rosinha Garotinho. A ex-governadora afirmou em nota, que não foi cometida nenhuma irregularidade em seu governo, mas que se alguém cometeu algum crime deve ser investigado.
A operação contou com a participação de 250 policiais militares, e integrantes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do MP.
O esquema funcionava através da contratação de ONGs. A Procefet teria contratado as ongs Alternativa Social e a Projeto Filipenses, que subcontratavam 138 micro-ONGs. Segundo as investigações, que começaram em 2006, o esquema aconteceu entre dezembro de 2005 e fevereiro de 2007, quando foi desviada a verba.
De acordo com dados da investigação, a Procefet repassou 98% dos R$ 234 milhões e 45 mil reais para as ONGs Alternativa Social e Projeto Filipenses através das subcontratações.Depois de repassados, os valores seguiram duas rotas distintas. A primeira consistiu no pagamento de cooperativas de trabalho, que forneciam mão-de-obra para os hospitais estaduais públicos, às quais foram destinados R$ 165 nmilhões e 220 mil reais.
Na segunda rota, foram emitidos cheques em favor de 138 ONGs e entidades de pequeno porte, que supostamente deveriam subsidiar projetos relacionados à saúde preventiva da população, com repasses de R$ 60 milhões e 900 mil reais.A fundação Procefet não tinha qualificação para executar o contrato firmado com o poder público, o que não justificava a dispensa de licitação. Notas frias atestavam a prestação do serviço, que na verdade não existia.



http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/07/15/e150715883.html
Das 138 ONGs e entidades beneficiadas com os repasses financeiros, 55 são religiosas e muitas sequer estavam em funcionamento, tendo sido reativadas apenas para viabilizar o recebimento de recursos. Vinte e cinco representantes dessas micro-ONGs confirmaram em depoimento que não haviam prestado qualquer serviço à Secretaria Estadual de Saúde, no período do contrato.
Os pagamentos dirigidos às micro-ongs eram efetuados em saques'na boca do caixa', na maioria das vezes em valores inferiores a R$ 100 mil reais, para evitar o rastreamento das operações bancárias. Todo o dinheiro era retirado de uma agência na Zona Sul do Rio de Janeiro e transportado em pastas e mochilas.
A quadrilha mantinha um escritório na Avenida Rio Branco, no Centro, onde os representantes das ONGs recebiam pagamentos de R$ 300 a R$ 900.

Confira a relação dos presos:
Gilson Cantarino O´Dwyer, ex-Secretário Estadual de Saúde;Marco Antônio Lucidi, ex-Secretário de Estado de Trabalho e Renda; Alcione Maria Mello de Oliveira Athayde, ex-Subsecretária de Assistência à Saúde; Itamar Guerreiro, ex-Subsecretário de Infraestrutura da Secretaria de Estado de Saúde;Ismar Alberto Pereira Bahia,ex-superintendente de Serviços de Saúde; Mário Donato D'angelo;Luiz Henrique Dias do Carmo Ministério; Reinaldo Barbosa de Azevedo; Otávio Augusto Cavalcanti; Rita de Lima Netto Germello; Alberto Cesar Bonnard Dias, diretor da Fundação Procefet, e Octávio Augusto Almeida de Abreu, diretor da Procefet.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Mais de 270 candidatos se declaram analfabetos

Balanço preliminar, divulgado na semana passada pelo TSE, mostra que dos 306.901 candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador que até a última quarta-feira tiveram os registros de suas candidaturas computadas no tribunal, 271 se declaram analfabetos . Pela Constituição brasileira, os analfabetos podem votar, mas estão proibidos de disputar eleições. Portanto, esses registros serão negados pela Justiça Eleitoral, se confirmado o analfabetismo.
Outros 73.672 pré-candidatos registrados não concluíram sequer o ensino fundamental ou apenas sabem ler e escrever. A maioria dos candidatos cujo pedido de registro já chegou ao TSE concluiu o ensino médio - 112.188 -, incluindo aqueles que ingressaram no ensino superior, mas ainda não terminaram a faculdade. Outros 63.404 concluíram apenas o ensino fundamental. Há 57.366 pré-candidatos com curso superior.

Tico Santa Cruz: Todos somos culpados

Tico Santa Cruz é cantor e compositor.

Rio - Vamos analisar com calma a situação. Mais uma vez, a sociedade vai dormir com o sangue de um inocente escorrendo por seus dedos. O governador afirma categoricamente que os policiais que mataram o menino João são despreparados. Acrescentaria os seguintes ingredientes: mal pagos, mal-armados, psicologicamente abalados, mal-educados, envolvidos pelo medo cego que atormenta os cariocas, fardados ou não. A cena é típica de animais agindo por instinto, tomados pelo pavor, e esse sentimento é inimigo da razão.
Quando se fez necessário autocontrole para agir numa situação de risco, percebemos que damos poder a indivíduos sem vocação para a atividade policial. Serão presos, execrados e esquecidos, até que surja novo caso de clamor público, que mobilizará protestos da apática e preguiçosa sociedade.
Observando por esta ótica, por que então não valorizamos os bons policiais? Por que não oferecemos melhores condições de trabalho, melhores salários para que possamos cobrar atitudes mais inteligentes e coerentes?
Não estou aqui para defender PM e sim para salientar que fica complicado exigir qualidade onde não se oferece o mesmo. A quem interessa o modelo de sociedade, no qual políticos ganham salários milionários e policiais, médicos, e professores entre outros servidores importantes estão jogados às traças.
Temos uma cidade que é o reflexo de nosso comprometimento com o que é público, ou seja, decadente. Conseguem perceber que estão todos perdidos? Que aqueles homens agiram exatamente como tantos por aqui desejam, atirando para matar, movidos pelo ódio e cegos de medo e vingança. Lavem as mãos com o sangue de mais um inocente. Todos somos culpados.

Editoria - Opinião - Artigos
Jornal o dia - http://odia.terra.com.br/opiniao/

segunda-feira, 14 de julho de 2008

sábado, 12 de julho de 2008

PDT DE LUTO!

Secretário-geral do PDT no Rio é morto a tiros. Jorge Vieira discursa na penúltima reunião do PDT do Rio


O secretário da Executiva Municipal do PDT do Rio de Janeiro, Jorge Vieira, foi assassinado na noite desde sábado em Bonsucesso, no subúrbio do Rio. Jorge Vieira estava na avenida dos Democráticos, perto do Jacarezinho, quando cumpria agenda de campanha do candidato Paulo Ramos na zona oeste da cidade, quando teria batido no carro de supostos criminosos que dirigiam na contramão. De acordo com a polícia, os criminosos desceram do carro atirando. Jorge Vieira foi baleado e morreu no local. O candidato a vereador Fernando Carvalho, que dirigia o carro, não ficou ferido com os tiros
Através de nota, o deputado Paulo Ramos disse que a morte de Vieira "é uma tragédia, um momento de dor e de profunda perda."
O enterro de Jorge Vieira será neste domingo dia 13/07 às 16:30 horas, no cemitério do Catumbí capela G.

Natalino demitido


quinta-feira, 10 de julho de 2008

PMERJ não trata o seu policial como profissional, tampouco como cidadão!

A morte do menino João Roberto.
O soldado Elias Gonçalves e o cabo William de Paula, atiraram equivocadamente num carro, achando que estavam atirando em bandidos. O governador Sérgio Cabral disse publicamente que os policiais agiram como dois “débeis mentais”. E para complementar, o governador, declarou publicamente que os PMs envolvidos na morte do menino João Roberto, serão expulsos da corporação.
O caso chocou a opinião pública, chocou à todos nós!
Mas, como todos nós sabemos a corda sempre arrebenta do lado mais fraco. Nosso governador que é o próprio "DÉBIL MENTAL", acha que expulsando os policiais militares, o problema está resolvido e a justiça feita.

A POLÍCIA É SUA SENHOR GOVERNADOR, UMA HERANÇA DOS SEUS AMIGOS DE PARTIDO!

Hoje um PM ( praça) é formado num período não superior a seis meses, havendo casos de turmas que se formam em um mês. Esse tempo não é suficiente para treinar um policial. O que se traduz em uma prestação de serviço de qualidade sofrível. Nesse sistema certamente o menos culpado é o PM ( praça), que efetivamente estará nas ruas, seu local de trabalho, a serviço da comunidade.

Para o Tenente Melquisedec Nascimento, presidente da AMAE ( Associação dos Militares Auxiliares e Especialistas do Rio do Janeiro ) "não há serviço de segurança pública adequado com policial mal remunerado, desmotivado e mal preparado".
O resultado são PMs sobrecarregados de serviços extras na folga, tendo suas férias não respeitadas, portanto homens extremamente estressados, sem estudarem nas folga ou praticarem uma atividade física, usando o resto de suas folgas para exercerem o chamado "bico", tudo isso somado aos baixos salários, pois um PM inicia a carreira ganhando um salário de R$ 840,00. Como podemos ter um PM preparado para atender bem a população, quando sabemos que ele está submetido a tamanha carga de estresse?


O comandante-geral da Polícia Militar, Gilson Pitta, cancelou todos os cursos e estágios de aperfeiçoamento oferecidos pela corporação a oficiais e praças em 2008. Foi publicado no Boletim Interno número 040, de 01 de abril. Os cursos cancelados estão: Intensivo de Tiro de Combate; Ações Táticas em Moto-patrulhamento; Ações Táticas; Policiamento Ambiental; e Investigação e Perícia Criminal. Ao todo foram 13 cursos cancelados, deixando sem ensino e instrução cerca de 452 policiais.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

O deputado Álvaro Lins não compareceu para prestar depoimento

Testemunhas de Álvaro Lins prestam depoimento na Alerj
Das 10 testemunhas de defesa convocadas para depor sobre o processo de quebra de decoro do deputado Álvaro Lins do PMDB, no Conselho de Ética da ALERJ, apenas cinco compareceram. Todas afirmam que ficaram surpresas com a convocação e disseram que o envolvimento com o deputado foi apenas profissional.
Prestaram depoimento o ex-comandante geral da PM, Cel. Hudson Aguiar; a jornalista do Jornal 'O Dia', Adriana Brito Cruz; os delegados Roberto Cardozo e Ricardo Martins; e o advogado Sebastião Alves, que pediu para ser interrogado em uma sala reservada.
O deputado Álvaro Lins não compareceu para prestar depoimento. Seu advogado Yuri Sahione, protocolou um ofício no Conselho de Ética, alegando que o conselho não pode funcionar durante o recesso da casa, que começou no dia 1º de julho.

terça-feira, 8 de julho de 2008

A melhor defesa é o ataque!


Cabral: "PMs envolvidos na morte de João Roberto são insanos e débeis mentais"
Cabral disse ainda, que os policiais envolvidos na morte do menino João Roberto foram incompetentes, pois não souberam agir num momento de tensão. E Cabral anunciou que os pms serão expulsos da corporação.


Beltrame "a ação dos policiais foi desastrosa".


E o comandante-geral da Polícia Militar, Gilson Pitta
"Cancelou todos os cursos e estágios de aperfeiçoamento oferecidos pela corporação a oficiais e praças em 2008. A decisão foi motivada "pela imperiosa necessidade de atender à demanda operacional da Corporação", segundo publicado no Boletim Interno número 040, de 01 de abril. Entre os cursos cancelados estão: Intensivo de Tiro de Combate; Ações Táticas em Moto-patrulhamento; Ações Táticas; Policiamento Ambiental; e Investigação e Perícia Criminal. Ao todo foram 13 cursos cancelados, deixando sem ensino e instrução cerca de 452 policiais.


Veja alguns comentários:


Tarso Genro ( ministro da Justiça )


"O caso revela
o despreparo
da polícia".




Garotinho

"Quando falo da falta de uma política de segurança efetiva, não é à toa. Já no ano passado, o governador Sérgio Cabral enviou um projeto de lei à Assembléia Legislativa propondo a diminuição do tempo de preparação de novos policiais no curso da Academia de Polícia".


Miguel Cordeiro (Associação dos Ativos e Inativos da Policia Militar e Corpo de Bombeiros).
"Há anos, estamos alertando o governo e o próprio comando da PMERJ sobre o péssimo treinamento que é dado àqueles homens que um dia se tornarão policiais com direito a porte de arma.Como formar um policial completo em apenas três meses de treinamento? Pois é esse o tempo que leva para o homem comum se tornar soldado e "defender" a sociedade. Um treinamento feito à base de gritos, sem acompanhamento psicológico, sem alimentação adequada, sem estudo e sem simulação de situação de combate".


Prefeito César Maia
"Há cerca de um ano o governador propôs projeto de lei que reduziria o tempo de duração do curso de formação de policiais no Estado. De acordo com o projeto, os policiais poderiam se formar num período menor que os seis meses estabelecidos, para suprir a carência do efetivo no Rio".




E eu COTURNO CARIOCA

" A PM está desprovida de salários dignos. A tropa não tem treinamento adequado e condições mínimas de trabalho".



segunda-feira, 7 de julho de 2008

A culpa é de quem?

Assinap culpa Estado do Rio por mortes de inocentes
A Assinap (Associação dos Ativos e Inativos da Policia Militar e Corpo de Bombeiros) divulgou nota, na tarde desta segunda-feira, em que responsabiliza o Estado do Rio pelas mortes de Daniel Duque, de 18 anos, e do menino João Roberto Amorim Soares, de 3 anos. Daniel foi morto por um policial militar na semana passada, na saída de uma boate na Zona Sul do Rio. João morreu na madrugada desta segunda-feira, após o carro da sua família ser metralhado por engano pela polícia.
Veja a nota na íntegra:
Governador deveria saber como é o Curso de Formação de Soldados Em menos de 20 dias, assistimos aparvalhados dois episódios trágicos nos quais policiais do Estado do Rio de janeiro vitimam inocentes. O primeiro fato se refere ao jovem Daniel Duque. Agora, uma ação policial desastrada no bairro da Tijuca deixa uma criança de três anos com morte cerebral.
Há anos, estamos alertando o governo e o próprio comando da PMERJ sobre o péssimo treinamento que é dado àqueles homens que um dia se tornarão policiais com direito a porte de arma.
Como formar um policial completo em apenas três meses de treinamento? Pois é esse o tempo que leva para o homem comum se tornar soldado e "defender" a sociedade. Um treinamento feito à base de gritos, sem acompanhamento psicológico, sem alimentação adequada, sem estudo e sem simulação de situação de combate.
O Curso de Formação de Soldados (CFS) só é dado para no máximo 200 homens, independente do contingente que passou no concurso, pois o CEFAP (Centro de Formação e Aperfeiçomento Policial) não tem capacidade de absorver um contingente maior. No último concurso público, por exemplo, entraram dois mil homens. Os 1800 homens restantes foram distribuídos nos quartéis para lá serem "formados", como freqüentemente é feito. Quartéis esses que não tem infra-estrutura nem pessoal capacitado para dar cursos para o seu próprio efetivo, muito menos para novatos.
Os cursos são ministrados, na maioria das vezes, por praças designados pelos oficiais, pois estes – os oficiais – evitam compartilhar do convívio com os praças. Só que o Estado investe o dinheiro da população em cursos no exterior para os oficiais que não se preocupam em repassar o conhecimento que tiveram para aqueles que estão na ponta.
Como somos uma associação representativa de classe, recebemos diariamente policiais destroçados psicologicamente, seja pela exaustiva e desumana carga horária, seja por humilhações impingidas dentro dos batalhões por superiores hierárquicos, seja pelo desespero do homem em não poder sustentar sua família por conta dos salários de fome que recebem. Como se sabe, o Estado do Rio de Janeiro é o líder do ranking de pior salário para sua polícia militar, mesmo sendo o segundo estado em arrecadação. E é este mesmo homem sem treinamento, deprimido, desorientado, muitas vezes traumatizado e sem apoio, que anda armado nas ruas com a chancela do Estado. A Polícia Militar do Estado do Rio de janeiro vive de aparências, está falida e contaminada pela corrupção de boa parte de seus integrantes. A Policia Militar do estado precisa de gestores públicos, e não mais de patentes que se locupletam pelas vaidades.
O governador, em vez de bravatas ou de culpar policiais isoladamente ou realizar viagens para países do primeiro mundo, deveria ver bem de perto como nasce o policial militar do estado que governa, acompanhando o ciclo de treinamento e formação policial, o conhecido Curso de Formação de Soldado (CFS), realizado no CEFAP.Quem sabe tendo este conhecimento, ele se envergonhe e queira criar um Curso de Formação digno, consciente e de qualidade, para que a Polícia Militar do Rio um dia deixe de ser uma das que mais perde efetivo e também mais mata inocentes dentro do Brasil.
Miguel CordeiroPresidente da Assinap
fonte Jornal O DIA


Vale lembrar que:

O comandante-geral da Polícia Militar, Gilson Pitta, cancelou todos os cursos e estágios de aperfeiçoamento oferecidos pela corporação a oficiais e praças em 2008. A decisão foi motivada "pela imperiosa necessidade de atender à demanda operacional da Corporação", segundo publicado no Boletim Interno número 040, de 01 de abril. Entre os cursos cancelados estão: Intensivo de Tiro de Combate; Ações Táticas em Moto-patrulhamento; Ações Táticas; Policiamento Ambiental; e Investigação e Perícia Criminal. Ao todo foram 13 cursos cancelados, deixando sem ensino e instrução cerca de 452 policiais.

sábado, 5 de julho de 2008

Quem vai proteger os 11 militares e seus familiares?

COMANDO VERMELHO OFERECE RECOMPENSA PELA CABEÇA DOS ONZE MILITARES QUE ENTREGARAM JOVENS AOS RIVAIS DA ADA

Os traficantes do Comando Vermelho, que governam o morro da Providência, oferecem R$ 10 mil pela vida de cada um dos 11 militares acusados de entregar três jovens moradores aos traficantes rivais do morro da Mineira, onde o comércio ilegal de drogas é controlado pela facção rival Amigos dos Amigos (ADA).

Campanha limpa.

Pela campanha limpa TRE quer evitar cartazes, faixas e identificar ação de milícias

Rio - A Justiça Eleitoral já está com estratégia pronta para evitar abusos na campanha que começa neste domingo. A meta é manter característica que marcou as disputas no estado nos últimos anos: sem cartazes em postes, galhardetes e faixas em viadutos, ou outdoors por toda parte. Coordenador da fiscalização eleitoral em todo o estado, o juiz Luiz Márcio Alves Pereira, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), promete rigor. Os fiscais do TRE já estão atuando desde o início do ano, na chamada pré-campanha. Vários políticos foram punidos por propaganda eleitoral antecipada.Uma das principais preocupações do TRE é com a possibilidade de mílicias atuarem para limitar campanhas nas áreas sob seus domínios. “O TRE está atento para esta questão, que é uma realidade lamentável no nosso estado. É uma prática nefasta que compromete a soberania popular. Todas as situações que aparecerem serão enfrentadas com todos os instrumentos legais possíveis”, explicou o juiz. Ele disse que poderá acionar a Polícia Federal (PF) para investigar denúncias contra ação de milicianos. O TRE vai iniciar nos próximos dias campanha para conscientizar eleitores a votar com liberdade. O tribunal criou um Disque-Denúncia (2533-9797) para receber informações sobre irregularidades na campanha. “As denúncias podem ser anônimas”, explica o juiz.

Atenção no abuso dos gastos

1 - Como será a atuação da fiscalização do TRE ?
Os fiscais já estão trabalhando desde o início do ano, e agora vamos aumentar a efetividade do trabalho.

2 - O que não pode na campanha?
As restrições mais importantes são quanto à proibição de showmícios, distribuição de brindes de qualquer natureza e o uso de outdoors, além de galhardetes, cartazes e faixas. Os candidatos só podem usar placas de até quatro metros quadrados, mas em áreas privadas. Em locais de livre acesso para a população, como clubes ou igrejas, não pode haver propagandas políticas. Nas ruas só serão permitidas placas que não sejam fixas, tem que ter alguém do lado.

3 - E quais as punições para os candidatos que desrespeitarem?
Nos casos de placas acima da medida permitida, multa de R$ 5 mil a R$ 15 mil por cada placa. A propaganda em local de livre acesso ou bem de uso comum, multa de R$ 2 mil a R$ 8 mil por propaganda. Se for caracterizado abuso de poder econômico, pode-se pedir a cassação do registro do candidato. Vamos comparar as prestações de contas para verificar se estão de acordo com a campanha.

4 - Os centros sociais mantidos por políticos podem funcionar?
Esta é uma questão que nos preocupa. Os centros sociais são uma forma de vinculação do candidato com aquela prestação de serviço. Não podemos impedir o funcionamento, mas a fiscalização está orientada para agir se houver conduta inadequada, como distribuição de bens e propaganda dentro do centro social. Se for constatada irregularidade o candidato pode ser alvo de ação por compra de voto e perder o registro da candidatura.

5 - Quais cidades preocupam mais ao TRE?
Todo o estado nos preocupa. Mas, pelo histórico das eleições anteriores, nos apontam muita preocupação com Campos, Magé, Duque de Caxias,Nova Iguaçu, São Gonçalo e os municípios da Região Metropolitana de uma maneira geral.

LUIZ MÁRCIO VICTOR ALVES PEREIRA, juiz coordenador da fiscalização da propaganda eleitoral no estado. Jornal O Dia

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Tensão pré-eleitoral.

Lindberg Farias (PT) e Nelson Bournir (PMDB) trocaram empurrões!
Nosso governador MASCATE ( PMDB ) esteve ontem em Nova Iguaçu, para anunciar obras no municipio. O evento teve onze onibus para transportar militantes para o bairro Botafogo em Nova Iguaçu.

terça-feira, 1 de julho de 2008

É A SUA POLÍCIA!

Sobre o caso do policial militar, MARCOS PARREIRA DO CARMO que está sendo acusado de atirar contra o estudante, durante uma briga na boate Baronetti.

O GOVERNADOR AFIRMOU: " Que preparo tem esse policial para numa situação que seja a mais tensa possível de garotos brigando sacar uma arma e dar um tiro? Que formação tem esse policial? Que falta de bom senso. Por mais que tivesse uma briga violenta, não era o caso de puxar uma arma".

O responsável pela formação do policial, é do governador SÉRGIO CABRAL!
Ele demonstra que é incapaz de propor soluções para qualquer problema em nosso estado, investir no policial, é investir em segurança pública. É hora de deixar de lengalenga e trabalhar!

Desde a sua posse, o governador SérgioCabral já cruzou o Atlântico 15 vezes. E já está agendada para agosto sua viagem para China, e em setembro seu destino será Inglaterra.