quinta-feira, 5 de março de 2009

BELTRAME É CONVOCADO PARA AUDIÊNCIA PÚBLICA NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Durante reunião extraordinária nesta quarta-feira, a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou a convocação do secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, para uma audiência pública na próxima terça-feira, às 9h, na sala 311 do Palácio Tiradentes. A política de segurança pública, as violações de direitos humanos e o trabalho dos policiais militares durante o carnaval serão os pontos debatidos durante o encontro. De acordo com o presidente da comissão, deputado Marcelo Freixo (PSol), a intenção é colher todas as informações possíveis sobre segurança no estado.
— Queremos saber quais são as políticas em andamento, os planejamentos, quantas mortes e violações tiveram e conhecer a estratégia da secretaria para o ano de 2009, para que possamos ter no estado uma ação mais eficaz — explicou o parlamentar. Quem sugeriu o debate sobre o trabalho dos policiais militares durante o carnaval foi o deputado Paulo Ramos (PDT), membro efetivo da comissão.
— Queremos observar a questão do chamado 'bico' dos policiais militares durante o carnaval. Nosso objetivo é saber qual a ligação do estado com a Liga das Escolas de Samba (Liesa), já que havia policiais contratados, através de uma empresa, para trabalharem na segurança, inclusive, de camarotes onde estavam autoridades — queixou-se.
Para aproveitar a vinda do secretário Beltrame, os parlamentares resolveram ampliar os temas a serem discutidos e, com isso, traçar um panorama mais completo da segurança fluminense.
http://extra.globo.com/geral/casodepolicia/post.asp?t=beltrame-convocado-para-audiencia-publica-na-assembleia-legislativa&cod_Post=165931&a=443

3 comentários:

Anônimo disse...

MAIS UM FRACASSO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO ESTADO DO RIO!

1. Mais um governo, mais um fracasso. A política de segurança pública estabelecida em 2007, com dois anos de aplicação, fracassou. Dela não resta mais nada, além da tentativa de ações pontuais publicitárias tentarem conseguir o apoio ou mesmo a torcida de parte da imprensa. A assunção da secretaria de segurança pública por um policial federal que veio da área de inteligência e a montagem de sua equipe com este foco partia de um diagnóstico equivocado: que a identificação de paiós e depósitos de drogas debilitariam o tráfico de drogas.

2. O narcovarejo no Rio é pulverizado e descentralizado e não há os grandes depósitos e paióis que eles imaginavam. O próprio armamento passou a ser de posse e guarda individuais e as drogas apreendidas em pequenas quantidades (apesar das declarações para a imprensa, depois desmentidas ou não comprovadas) são facilmente repostas. O mercado consumidor do Rio é estimado em 8 toneladas por ano.

3. Uma tentativa de mostrar força fracassou redondamente no Complexo do Alemão. Ocuparam, mataram e depois de 5 meses, recuaram. Perderam-se em ações repressivas violentas, mas de pouca consistência. Com isso abandonaram o patrulhamento ostensivo, e os assaltos a transeuntes, roubos e furtos cresceram exponencialmente, colocando em pânico a população.

4. Nunca a violência aberta nas ruas foi tão alta, diversificada e ampliada. Tiroteios em áreas públicas de grande concentração passaram a ser rotina. A sensação é de total descontrole. Os registros de assaltos, roubos e furtos superam 250 mil por ano, o que deve significar mais de 500 mil, se incluídos os não registrados.

5. Já em situação de desespero, decidiram realizar ações pontuais e dessincronizadas, ocupando uma pequena favela de 4.500 habitantes, cercando de coreografia uma ação simples, tendo um batalhão da PM em frente. Em seguida apontaram para mais duas, sendo que numa delas o comandante da operação disse que o tráfico de drogas continuava. Só faltou dizer que na Cidade de Deus as milícias já haviam ocupado parte, o que facilitava a operação. O Batam é outro pequeno núcleo.

6. Distantes e desconectadas, passam a ser ações sem sentido de universalização. A ocupação de favelas controladas por traficantes deve ser em complexos ou morros contínuos, para se ter o maior alcance populacional direto e no entorno e economia de escala. Usar recrutas nessas ocupações pontuais é uma barbaridade, pois distorce suas formações e suas funções policiais. Esses deveriam começar pelo patrulhamento nas ruas e não tensionados, como no caso da Cidade de Deus.

7. As informações de que a criminalidade diminuiu no entorno da Cidade de Deus, são no mínimo irresponsáveis, pois isso não se mede em dias, e como demonstrou a ocupação de fins de 1994, aumenta os crimes de rua se a ocupação na favela não vier acompanhada da ampliação do policiamento ostensivo no entorno. Vejam os números do primeiro semestre de 1995 e as razões da substituição do general-secretário de segurança.

8. Segurança Pública, num quadro como o das grandes áreas metropolitanas brasileiras, deve ser pensada em longo prazo para ser sustentável e não pensando nas próximas eleições, em 2010, depois do fracasso demonstrado, como ocorre hoje no Estado do Rio.

ex blog do ex prefeito César Maia

Anônimo disse...

Sabe o que vai acontecer?

NADA!

É mais fácil um camelo passar pelo buraco da agulha, do que um Coroné se estrepar...

Sei que estou falando sozinho, mas amigos policiais honestos, PAREM DE TRABALHAR! DEIXEM OS PIs COMO QUEREM: JUNTO DE SEUS AMIGOS, OS MARGINAIS COITADINHOS E EXCLUÍDOS.

Que morram abraçados nesse mar de merda, que é o RIO.

Anônimo disse...

Gratificação-factóide

Abaixo, a resolução que estabelece regras para a concessão dos famigerados R$ 500 dados aos policiais que participarão das ocupações permanentes em favelas (Unidades de Polícia Pacificadora - UPP). A informação foi divulgada primeiro pelo blog Militar Legal, do tenente Melquisedec Nascimento, presidente da Associação dos Militares Auxiliares e Especialistas (AMAE).
A informação tem valor porque revela simplesmente a diferença entre o publicado na mídia (com a força de um governo-trator) com pompa, festa e circunstância, e o que está na realidade dos diários oficiais.
Resta saber agora quem vai publicar que a gratificação de R$ 500 não é para todo policial da ocupação, e sim para aqueles que possuem ficha disciplinar negativa e estão no ótimo comportamento, entre outros pré-requisitos, que incluem a conclusão de um curso.
Quem lesse os jornais no dia seguinte aos discursos de palanque teria a impressão de que bastaria estar dando segurança pública à favela para que o PM tivesse direito à gratificação.
Agora sabemos que não é verdade.

RESOLUÇÃO SESEG Nº 198 DE 27, DE FEVEREIRO DE 2009


BLOG DO GUSTAVO DE ALMEIDA