Ao comentar o estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) sobre a violência entre jovens, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu que faltam políticas públicas para reduzir os índices de homicídios. Em entrevista no Itamaraty, ele disse que o caminho para solucionar o problema é a educação. "É verdade (que faltam políticas publicas). Ainda acho que faltam muitas políticas publicas para que a gente comece a enfrentar o problema da violência", afirmou.
Lula disse que há várias questões relativas à violência que precisam ser enfrentadas no País. Na entrevista, ele citou ações do governo que visam a reduzir a criminalidade entre os jovens. O presidente citou o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do Ministério a Justiça, e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê a urbanização de áreas de risco.
Embora tenha reconhecido a falta de políticas públicas no setor, Lula entrou em contradição ao dizer que é "extraordinário" o investimento feito pelo governo na área de educação. "Achamos que esse é o caminho que vamos fazer para tentar recuperar a juventude brasileira, dando esperança com muita educação e com possibilidade de trabalhar", afirmou. O presidente ressaltou que o Prouni, programa que concede bolsas para estudantes de baixa renda em faculdades privadas, já atende 545 mil jovens.
Segundo o estudo do Unicef divulgado hoje, nos próximos sete anos, 33 mil jovens entre 12 e 18 anos poderão morrer assassinados nos 267 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. A pesquisa mostra ainda que, nessas cidades, a cada mil adolescentes de 12 anos, dois devem morrer de forma violenta antes de chegar aos 18.
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