terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Jornal americano compara polícia do Rio com soldados americanos no Iraque


Washington Post publicou matéria, nesta terça-feira, afirmando que a polícia do Rio está adotando táticas de ocupação nas favelas cariocas iguais às que os soldados americanos usam no Iraque. A reportagem cita a ação no morro Santa Marta.


O jornal americano Washington Post publicou matéria, nesta terça-feira, afirmando que a polícia do Rio está adotando táticas de ocupação nas favelas cariocas iguais às que os soldados americanos usam no Iraque.

A reportagem cita a ação no morro Santa Marta, no Rio de Janeiro, e afirma que as autoridades estão usando-a como um projeto piloto para o combate ao crime organizado na cidade.

"Os oficiais de polícia brasileiros estão usando táticas contra a insurgência parecidas com as usadas por soldados americanos no Iraque - estabelecendo pequenas bases ocupadas 24 horas por dia em vizinhanças violentas, desenvolvendo inteligência ao viver entre os adversários e usando fundos do governo para reconstruir áreas arruinadas e gerar boa vontade", diz o Washington Post.

Mas segundo o Washington Post, o modelo vem sendo criticado por moradores dessas comunidades e, também, por organizações de defesa dos direitos humanos. Segundo eles, a ação não poderá ser copiado por qualquer outra comunidade.

O jornal lembra que um dos maiores problemas na eficácia dessas ações é a corrupção e a desconfiança da população.

O oficial da Secretaria de Segurança do Rio, Antônio Roberto Cesário de Sá, diz na matéria que há uma estimativa de que serão necessários mais 10 mil policiais para combater efetivamente o crime e replicar a operação do Santa Marta em outras favelas.

A reportagem ainda afirma que apesar dos números de roubo e assassinatos terem caído, os moradores reclamam da falta de liberdade e do alto número de policiais circulando na família.

2 comentários:

Anônimo disse...

Será que os repórteres sabem que, ao contrário do Iraque, aqui nós NÃO estamos em Guerra?Pelo menos, não declarada e que a prioridade do governo não são os "soldados", mas os efeitos políticos dessas ações??Ademais há um fato que serve de Alerta pra população: os traficantes do Dona Marta estão vivos, foram acolhidos em outros morros, reforçando a bandidagem e se preparando para aumentar os índices de homicídios, latrocínios e outros crimes que estão sendo mascarados pelo ISP como desaparecimentos...tenho dito!

Anônimo disse...

Eu sou cético, quando ocorrem ações de Polícia, subordinadas a interesses políticos.
Lembram-se da Rio 92? Realizaram uma operação "cosmética", pra depois devolverem aos marginais
um terreno arado.
Sustentar projetos inerentes ao PAC, serve apenas pra dar continuidade ao quadro político atual.
Já é perceptível a migração de traficantes, "convidados a se retirar",devido a ocupação policial, para outras comunidades, ou mesmo para o interior. Não é por acaso que Niterói, Alcântara, e São Gonçalo, já sentem um "reforço" em suas fileiras...
Sem me enebriar com a lógica "Sivuquiana", mas sinto a urgência de medidas mais duras, por parte dos nossos combatentes.
O jornalista gringo comparou nosso cenário, e nossas medidas, aquelas aplicadas pelo Exercito americano. Apenas esqueceu de frisar que o soldado americano, está autorizado a "meter bala" no inimigo.
Já no Rio, TODOS são nossos inimigos! E Você não pode ter a audácia em revidar...

Na real, Quem já trabalhou em ocupação em área de risco, sabe que:
O favelado quer que você morra.
O vagabundo quer te matar.
O superior quer que você "fortaleça o arrêgo".
A mídia torce pra que você faça alguma "cagada", pra que se possa noticiar.

E antes que eu me esqueça: Distribuir brinquedo pra criança na favela, vai fazer com que eles nos aceitem?
FALA SÉRIO!