O Movimento Rio de Paz promoveu, nesta terça-feira, das 6h às 18h,
em frente ao Copacabana Palace, uma manifestação contra os gastos
públicos da Copa. A partir das 4h, voluntários fixarão nas areias as 12
bolas de futebol gigantes pintadas com cruzes vermelhas, que foram
usadas em recente protesto de Brasília. Um barraco também será montado
na praia e duas faixas em inglês e português serão estendidas, com a
seguinte frase: "Copa do Mundo num país de miséria, financiada com dinheiro público, é problema moral".
Segundo o Rio de Paz, a manifestação tem como objetivo
apresentar às autoridades públicas brasileiras, à Fifa e aos candidatos
às eleições presidenciais de 2014 seis reivindicações: que União,
Estados e Municípios peçam perdão ao povo por terem levado o brasileiro a
crer que a Copa seria realizada com verba da iniciativa privada; por
terem investido fortuna de dinheiro público numa competição esportiva;
por terem gastado mais com a Copa do que o que havia sido anteriormente
anunciado; por terem realizado a Copa com dinheiro público sem consultar
o povo; por terem menosprezado a consciência social do povo brasileiro,
que até agora não entendeu como a vontade política que falta para o
investimento em saúde, segurança e educação manifestou-se na realização
da Copa; e por terem permitido superfaturamento na construção dos
estádios de futebol.
Entre outras
reivindicações, o Movimento exige que seja observado um minuto de
silêncio, no primeiro jogo do Brasil, em memória dos que morreram na
construção dos estádios para a Copa. Pede também escolas e hospitais tão
concretos quanto as arenas esportivas que foram construídas.
"Exigimos
que, por meio de uma democracia mais participativa, o povo tenha o
direito de fazer "Pressão Fifa" para "Padrão Fifa" nos serviços
públicos, podendo assim cobrar com liberdade o cumprimento do
prometido, tal como os dirigentes da Fifa fizeram ao longo dos últimos
anos. Exigimos que nunca mais fortuna de dinheiro público seja gasta em
grandes eventos sem que o povo brasileiro seja consultado", diz o Rio de
Paz.
Além disso, a ONG exige que a Fifa declare
objetivamente quanto -do lucro astronômico que obterá nesta Copa-,
deixará no Brasil, como expressão de uma responsabilidade social "Padrão
Fifa".
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