O Conselho Regional de Medicina (Cremerj) informou ontem que pretende entrar com um processo criminal contra o governador Sergio Cabral, por ter chamado os cinco médicos – que faltaram o plantão de domingo no Hospital Getúlio Vargas, na Penha – de vagabundos. Segundo o diretor do Cremerj, Luis Fernando Moraes, o governador deve responder por injúria e incitar a população contra os médicos. Já o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze, pretende denunciar o governo ao Ministério Público.
– É um ato inaceitável. Não é digno um administrador dar este tipo de exemplo. Existem regras de civilidade que devem ser cumpridas – afirmou Darze.
Ontem, o Cremerj promoveu reunião com quatro dos cinco médicos plantonistas do Getúlio Vargas. Luis Fernando informou que vai realizar processo administrativo para apurar as causas da falta dos profissionais, mas adiantou que dois já haviam pedido demissão há duas semanas e os outros três comunicaram ao chefe de plantão que não se apresentariam por estarem doentes.
De acordo com Darze, a cooperativa é quem deveriam buscar substitutos na falta dos médicos. Sérgio Cabral voltou a dizer, ontem, que a demissão é a única saída contra médicos faltosos. Ele disse ainda que a intenção é por fim ao sistema de contratação por cooperativas.
Jornal do Brasil
http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/09/24/e240916484.html