Rio - Entre a ética e o desejo de garantir uma forte bancada na Câmara Municipal em 2009, os partidos parecem trilhar o caminho da multiplicação. A uma semana das eleições, lideranças partidárias ouvidas por O DIA dizem que não expulsarão de seus quadros suspeitos de envolvimento com atividades criminosas. Aliada à força do voto desses candidatos, a passividade abre caminho para a eleição de acusados por homicídios, formação de currais eleitorais e ligação com milícias.
Um dos casos emblemáticos é o da candidata Carminha Jerominho (PTdoB). Mesmo presa em agosto pela Polícia Federal, acusada de coagir eleitores na Zona Oeste do Rio, a filha do vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho (PMDB), continua sendo uma das grandes apostas do seu partido para o próximo domingo: “Como advogado, achei as provas contra ela muito frágeis. Carminha não vai ser condenada por isso”, garante o presidente estadual do PTdoB, Vinicius Cordeiro, apesar de a candidata permanecer há quase um mês na Penitenciária de Segurança Máxima de Catanduvas (PR).
Em situação parecida está o PMDB de Jerominho — preso há nove meses em Bangu 8 e ainda com vaga na Câmara de Vereadores e na legenda. O presidente do diretório municipal do partido, deputado estadual Jorge Picciani, recusou-se a comentar a situação: “Ele não é candidato. Só vou falar sobre quem é candidato”.
Outro partido com filiado investigado por envolvimento com milícias é o DEM do prefeito Cesar Maia. O vereador Josinaldo Francisco da Cruz, o Nadinho de Rio das Pedras — acusado de matar, em 2007, o inspetor Félix Tostes — é um dos favoritos para puxar os votos. Ao ser perguntado sobre qual o critério para expulsar do DEM, Cesar se limitou a responder: “Inquérito conclusivo”.
Só que Nadinho já foi, em 2007, indiciado pela Polícia Civil e denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado. Hoje, é réu em processo no 4º Tribunal do Júri. “Preventivamente, ele não apareceu na nossa TV”, tentou amenizar o prefeito.
Um dos casos emblemáticos é o da candidata Carminha Jerominho (PTdoB). Mesmo presa em agosto pela Polícia Federal, acusada de coagir eleitores na Zona Oeste do Rio, a filha do vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho (PMDB), continua sendo uma das grandes apostas do seu partido para o próximo domingo: “Como advogado, achei as provas contra ela muito frágeis. Carminha não vai ser condenada por isso”, garante o presidente estadual do PTdoB, Vinicius Cordeiro, apesar de a candidata permanecer há quase um mês na Penitenciária de Segurança Máxima de Catanduvas (PR).
Em situação parecida está o PMDB de Jerominho — preso há nove meses em Bangu 8 e ainda com vaga na Câmara de Vereadores e na legenda. O presidente do diretório municipal do partido, deputado estadual Jorge Picciani, recusou-se a comentar a situação: “Ele não é candidato. Só vou falar sobre quem é candidato”.
Outro partido com filiado investigado por envolvimento com milícias é o DEM do prefeito Cesar Maia. O vereador Josinaldo Francisco da Cruz, o Nadinho de Rio das Pedras — acusado de matar, em 2007, o inspetor Félix Tostes — é um dos favoritos para puxar os votos. Ao ser perguntado sobre qual o critério para expulsar do DEM, Cesar se limitou a responder: “Inquérito conclusivo”.
Só que Nadinho já foi, em 2007, indiciado pela Polícia Civil e denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado. Hoje, é réu em processo no 4º Tribunal do Júri. “Preventivamente, ele não apareceu na nossa TV”, tentou amenizar o prefeito.
LENTIDÃO DA JUSTIÇA AJUDA
Cristiano Girão (PMN) — suspeito de integrar milícia na Gardênia Azul, em Jacarepaguá —, por exemplo, não tem com que se preocupar. Segundo Graça Lara, presidente do partido, só a condenação judicial definitiva pode expulsar alguém do PMN. Ela e outros políticos ignoram a tradicional lentidão da Justiça.
Cristiano Girão (PMN) — suspeito de integrar milícia na Gardênia Azul, em Jacarepaguá —, por exemplo, não tem com que se preocupar. Segundo Graça Lara, presidente do partido, só a condenação judicial definitiva pode expulsar alguém do PMN. Ela e outros políticos ignoram a tradicional lentidão da Justiça.