
De acordo com a esposa do sargento, Regina Barreto de Azevedo, 51 anos, Luiz está com vários pedidos de exames, que até hoje não foram feitos, já que o paciente não tem condições de saúde para enfrentar os 350 quilômetros de Campos até o Hospital da Polícia Militar (HPM), na capital. Ele usa uma sonda na bexiga, implantada após uma crise, no último sábado, por um médico na emergência do Hospital São José, na Baixada Campista.
— O município não tem nada a ver com o problema do meu marido. A sonda colocada no sábado pelo Hospital São José precisa ser retirada em 10 dias. Há 30 anos e oito meses ele contribui com o Fundo de Saúde da Polícia Militar, onde são descontados R$ 42 mensais em seu contra-cheque e agora precisa recorrer ao Sistema Único de Saúde. Eu quero cobrar os nossos direitos, já que descontam esse dinheiro do meu marido e não lhe oferecem assistência médica adequada. É um absurdo um policial morrer por falta de assistência, tendo uma Policlínica da PM pronta e fechada no meio do mato. Além de não inaugurada, o local conta com a proteção de PMs que poderiam estar nas ruas servindo à sociedade. Não estou pedindo favor nenhum, só quero o que é dele por direito — desabafou a esposa do militar.
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APÓS REPORTAGEM DO JORNAL
Sargento foi levado em um helicóptero da PM/RJ para o Hospital da Polícia Militar, na Capital
Um dia depois da publicação da Folha da Manhã sobre o não funcionamento da Policlínica da Polícia Militar em Campos – construída desde o ano passado e tomada pelo mato – sem atendimento médico o Iº sargento Luiz Fernando Santos Azevedo, 53 anos, que há um ano está doente sem diagnóstico certo, usando provisoriamente uma sonda de alívio na bexiga, foi levado em um helicóptero da PM/RJ para o Hospital da Polícia Militar, na Capital a pedido do coronel Paulo César Coelho, responsável pelo 6º Comando de Policiamento de Área (6º CPA). Paralelo a transferência do militar o Comando Geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMAERJ) justificou ontem, os motivos que ainda não entrou em funcionamento a Policlínica da PM, construída em Campos no ano passado.
De acordo com o coronel Alberto Alves Borges, responsável pela Diretoria Geral de Saúde (DGS) da PM, a inauguração da unidade médica ainda não tem data definida devido a exigências burocráticas. Entre elas o término das licitações para compra de materiais
Em nota enviada a Folha da Manhã, o DGS diz que “A Policlínica não foi inaugurada porque faltam algumas etapas a serem cumpridas. Todo material hospitalar por exemplo, ainda está em fase de licitação. Também foi realizado um concurso na área de saúde para que o quadro seja ampliado e ao término, alguns profissionais serão deslocados para Campos. Assim que essas etapas, dentre outras, sejam cumpridas, a Policlínica será inaugurada”, ainda de acordo com a nota “Existe um tramite governamental estabelecido que deve ser cumprido pela
PMERJ”, disse a nota.