quarta-feira, 29 de agosto de 2012

VAMOS ASSINAR O ABAIXO-ASSINADO PELA ANISTIA E REINTEGRAÇÃO DE TODOS OS POLICIAIS E BOMBEIROS MILITARES

Abaixo-assinado ANISTIA E REINTEGRAÇÃO DOS PM's E BM's DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PELA ANISTIA E REINTEGRAÇÃO DE TODOS OS POLICIAIS E BOMBEIROS MILITARES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, QUE FORAM EXCLUÍDOS, ESTÃO RESPONDENDO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR OU JÁ RESPONDERAM. POR TEREM LUTADO POR DIGNIDADE SALARIAL E MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO.


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

PF confirma CARLINHOS CACHOEIRA como SÓCIO de Fernando Cavendish da DELTA.



Carlinhos Cachoeira é mesmo o Sócio oculto da Empresa DELTA. Tanto é que ele foi flagrado com o Prefeito PTista de Palma, fazendo negociatas como se fosse o Dono dessa empresa acusada de corrupção.

Parece que dessa vez Sergio Cabral, Eduardo Paes e o Governo Federal não escapam de esclarecer aos Brasileiros, porque fecharam contratos Bilionários com esses contraventores. Inclusive, Sergio Cabral vivia passeando por principados de Mônaco, hotéis luxuosos na França, Resorts na Bahia com Fernando Cavendish, Presidente da Delta e sua corriola. Foram até flagrados esnobando e sacaneando os brasileiros fazendo a dancinha dos guardanapos, enquanto os Policiais e Bombeiros eram presos no Rio por reclamarem dos baixos salários.
 
A casa caiu Cabral e Paes! Esperamos que sua queda seja longa e dolorida, de preferência na cadeia.

Existe PM honesto?

Existe policial militar honesto? É evidente que existe e são muitos.

Eu ouvi a pergunta acima vinda de uma senhora num restaurante em que a sua mesa era ocupada por grupo de amigos. Confesso que fiquei impressionado porque rigorosamente todas as pessoas, umas dez, foram categóricas: "não existe gente decente na PM".
Não posso negar que fiquei chocado com a unanimidade, com a descrença coletiva. A sensação da sociedade é que policial é sinônimo de corrupção, armação, conchavo, fraude de algum gênero.
Ontem mesmo, segundo relato da assessoria de imprensa da PM, "após informações da central de flagrantes, policiais militares do 12º BPM (Niterói) prenderam o gerente do tráfico da comunidade do Juca Branco, Fonseca, em Niterói, indentificado pelo vulgo 'Dadinho'. Para tentar escapar do flagrante, ele tentou oferecer R$ 3 mil aos policiais, ele também foi autuado por tentativa de suborno. Na ação, a PM apreendeu 129 papelotes de cocaína, 34 frascos de cheirinho da loló, 1 rádio transmissor e 1 celular. A ocorrência foi registrada na 77ª DP".
Mas quem acredita?
Fica a recomendação para a Polícia Militar e até para a Secretaria de Segurança do Rio começar urgentemente uma campanha interna e externa para recuperar a boa imagem perdida de uma das corporações mais tradicionais do Brasil.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

JUSTIÇA MANDA SOLTAR CABO PESSOA

Informe do Dia: Justiça e tiro no pé

Filmado, no dia 31, ao dar um tiro no pé de um preso que havia sido dominado, o cabo PM Maurício Fabiano Braga Pessoa foi solto por ordem da Justiça.
Para o juiz Marcius da Costa Ferreira, da Auditoria da Justiça Militar, não havia motivo para manter sua prisão preventiva. Citou que não houve flagrante e que o PM é primário, tem bons antecedentes e residência fixa.
Apesar de ter atirado no preso, menor de idade, Braga foi denunciado por lesão corporal leve, ou seja, “ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem”. A pena varia de três meses a um ano.
Faltou o laudo
Falhas no processo favoreceram o PM. O juiz frisou que não constam dos autos o depoimento da vítima “das supostas lesões” nem o exame de corpo delito. Para ele, as lesões “podem ter natureza leve”. O Ministério Público foi favorável à libertação do policial.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Oficial da PM é preso por extorquir ex-funcionários

O capitão Luciano Martins de Araújo, 40 anos, foi preso nesta segunda-feira por agentes da Corregedoria da PM quando chegava de Miami, Estados Unidos, no aeroporto Internacional Tom Jobim.
Ele é acusado de tomar, com escolta armada, os valores da rescisão de contratos trabalhistas de R$ 56.879,21 de ex-funcionários da empresa Alfaseg Vigilância e Segurança Ltda que prestou serviço ao Hospital Federal do Andaraí de 2006 a 2011.
Para impedir que os vigilantes, que trabalharam na empresa, que está no nome da mulher do oficial, entrassem na Justiça, o policial lotado no Estado-Maior da PM fez reunião dia 20 de junho dentro da unidade. Na ocasião, ele afirmou que se alguém prejudicasse a sua mulher iria "detonar", como clara ameaça aos ex-funcionários, que gravaram o aúdio do encontro.

Para pressionar duas advogadas e os ex-funcionários, muitos contratados pela Infratec Vigilância e Segurança, que presta serviço ao Andaraí, o capitão contou com Adalberto de Andrade Freitas. Ele é coordenador de patrimônio da Infratec e organizou a reunião com os vigilantes.
De acordo com a assessoria de imprensa da PM, um Inquérito Policial-Militar (IPM) foi aberto, ao fim do qual o capitão poderá ser submetido a Conselho de Justificação, que pode resultar na demissão dele da corporação.
Em 2000, então lotado no gabinete do deputado estadual Domingos Brazão, foi indiciado pela morte do estudante Flávio Augusto filho, de 14 anos, na saída do jogo Flamengo x Vasco no Maracanã. Ele foi absolvido pela Justiça, com a tese da legítima defesa.
Em 26 de setembro do ano passado, o oficial retornou à corporação. O capitão está preso na Unidade Prisional, antigo BEP, da PM. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal à Justiça Federal e teve a prisão preventiva decretada pelos crimes de extorsão, frustração de direito assegurado por lei trabalhista, coação no curso do processo, falsidade ideológica e abuso de autoridade. As penas variam de um a dez anos de prisão.
Abaixo, o áudio de alguns trechos da reunião. Neles  o senhor Adalberto, ameaça em alto e bom que que: "...se continuar...vai ser pior...isso vai fugir da raia da Justiça. Vai fugir lá de dentro (...) sacanagem se paga com sacanagem...aquele que começar a vacilar... (...) eu desligo e mando embora...até para não tomar dimensão monstruosa...vai todo mundo para o mesmo barco...vai achar que é mole".
Em seguida, o capitão PM faz ameaças "Só que vai sair caro...estou te falando de coração. Se a minha esposa for indiciada, eu vou ver indiciado junto. Tô te falando de coração, eu não vou engolir isso. Tem questão judicial, tem, tem questão de alguma coisa que eu devo. Tem só que aí, meu irmão...você me sacaneou, essa questão de indiciar minha mulher criminalmente. Pô aí...parceiro, eu vou tomar atitude de polícia. Eu vou detonar, explodir tudo"
Dentro de poucos instantes, ele continua ameaçando os presentes "Se o troço vai descambar para o outro lado, sacanear minha mulher, por exemplo...eu não tenho medo de processo não. Já respondi por homicídio, sentei no banco dos reús e não tenho medo não (...) quando você faz sacanagem com os outros, tem que estar preparado para a volta da sua sacanagem (...) polícia mata e polícia morre também, é carne e osso...(...) não adianta vocês fazerem justiça com injustiça, o critério de justiça é você ser injusto com o injusto. A vingança nunca deixa rastro positivo"


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Tentativa de assalto a restaurante na Tijuca deixa três mortos

Três pessoas morreram após tentativa de assalto a um restaurante na Rua Mariz e Barros, esquina com Professor Gabizo, na Tijuca, Zona Norte da cidade, na manhã desta segunda-feira. De acordo com PMs do 4º BPM (São Cristóvão), um casal entrou no estabelecimento e anunciou o assalto. Uma viatura passava pela região e foi acionada.
Policiais então abordaram a dupla, mas a mulher reagiu e atirou contra os militares, que revidaram. O casal morreu dentro do restaurante. Um terceiro assaltante tentou escapar, mas foi baleado e acabou caindo próximo à Praça Afonso Pena. Militares disseram que ele morreu a caminho do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro.
Segundo a PM, outros três homens que faziam parte do grupo fugiram pulando o muro do restaurante. A PM faz buscas na região para tentar localizá-los. O restaurante estava fechado na hora do assalto. Foram apreendidas duas pistolas e dois revólveres. Segundo informações dos funcionários que estavam no local, foram levados pelo menos R$ 10 mil, além de pertences das vítimas.
O comandante do 4º BPM, tenente-coronel Ronal Langres Freitas de Santana, prometeu reforçar o policiamento na região. "A polícia trabalhou com cautela, mas com rapidez. Os bandidos agiram com muita ousadia", disse. O caso será registrado na 18ª DP (Praça da Bandeira). Segundo os agentes, 14 testemunhas serão ouvidas na tarde desta segunda-feira.
Por conta do crime, a Rua Professor Gabizo teve um trecho interditado, entre as ruas Heitor Beltrão e Mariz e Barros.





JORNAL O DIA

MILÍCIA NA BAÍA DE GUANABARA

A polícia investiga a existência de um grupo de milicianos na Baía de Guanabara. Segundo Wellington Vieira, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, a quadrilha, formada por policiais ligados a pescadores, teria delimitado áreas de pesca na baía. Assim, pescadores da Barra estariam impedidos de trabalhar perto de Niterói. A existência do grupo foi revelada por testemunhas do desaparecimento de dois pescadores

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A FARSA DA PACIFICAÇÃO E A CONDIÇÕES DESUMANAS DE TRABALHO DO POLICIAIS MILITARES

Na Rocinha, policiais reclamam de condição "desumana" de trabalho
Formados há três meses, soldados ainda recebem como alunos

O governo do Rio de Janeiro está improvisando na área da Segurança Pública para instalar Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) em comunidades aonde não houve preparo antecipado, como acontece na Rocinha. Curiosamente, isto ocorre em um ano eleitoral.
Na Rocinha, o policiamento é feito, segundo admitiu a própria Polícia Militar, por “estagiários” e não soldados. Por serem tratados ainda como em “fase de treinamento”, os recém-formados recebem como recrutas, menos do que é pago aos soldados. Mas, no fundo, todos exercem as mesmas funções de policiar.
Eles se formaram em maio, no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), na turma conhecida como 5ª Companhia Bravo, composta por 600 recrutas. Destes, cerca de 200 foram para a Rocinha. Lá ainda não há previsão de instalação das UPPs. Os demais formandos foram para o Complexo do Alemão, aonde a falta de estrutura também foi denunciada ao Jornal do Brasil na segunda-feira (30), por outro policial militar insatisfeito com o pouco caso do governo para as condições de trabalho nas UPP.( leia)

Alguns destes “recrutas” que estão na Rocinha, como um deles - o policial “Y” - confessou ao JB, têm dificuldades até para chegar ao 23º BPM, no Leblon, corporação à qual estão lotados. “A gente precisa de dinheiro para trabalhar. Para eles (oficiais), não importa se eu tenho aluguel, se eu preciso pagar a fralda dos meus filhos”, queixa-se. O curioso, pelo que diz, é que "até a Companhia que se formou depois de nós recebe vencimentos de soldados”, narra. 
O improviso, porém, é maior. Além da falta de pagamento, o policial "Y" enumera outras situações pelas quais passam cotidianamente que, segundo entende, afetam a “dignidade” da tropa.
Com ou sem instalações, os policiais dão jornada de 12h em pé. A medida, segundo a PM, visa protegê-los contra possíveis ataques. Se estiverem em viaturas, ficam ao lado delas. Mas muitos chegam à Rocinha em ônibus da corporação e tiram o serviço a pé. “Se sentarmos, por dez minutos que sejam, e algum superior nos ver, podemos ser presos”, revela o policial “Y”, que não se deixou fotografar e cuja identidade foi preservada para evitar represálias. Segundo ele, durante as 12 horas de jornada, uma única refeição é distribuída.  Ao contrário do que ocorre no Alemão, onde os PMs ainda têm o banheiro das estações do teleférico que acabam usando, na Rocinha não há algo parecido. 
Segundo o policial “Y”, é preciso avisar antes de sair da viatura para ir a um banheiro, do contrário é possível sofrer autuação por abandono de posto. “Não temos banheiro. Ficamos a mercê da boa vontade dos comerciantes para utilizar os sanitários deles. Pedimos pelo rádio para ser liberados, e se um colega tiver um problema intestinal e não tiver tempo de avisar, como faz?” 
Ele insiste: "Não temos a quem recorrer, ficamos a mercê da sorte”, diz a fonte do JB.

Pagamento
Os policiais formados na Companhia Bravo, imediatamente lotados no Alemão e na Rocinha, recebem o salário bruto dos alunos do CFAP, cerca de R$ 1.040. Com os descontos, os vencimentos são inferiores a mil reais. Benefícios como auxílio transporte - cerca de R$ 100 -, e a gratificação prometida pela prefeitura do município - R$ 500 -, também não foram pagos até hoje. No caso dessa gratificação, a justificativa para não receberem é de que a Rocinha ainda não tem uma UPP. Por isto, os policiais têm dificuldade até para chegarem ao quartel. Como soldados, eles deveriam receber cerca de R$ 1.700 brutos.
Por causa da demora nesta promoção a soldados, ele relata um drama pessoal. “Entrei no CFAP com meu nome limpo e saí sujo, devendo dinheiro ao banco. Se não fossem meus amigos, nem telefone eu teria”, queixa-se. “Nem o auxílio transporte, que é pouco, estamos recebendo", completa.
A surpresa da não promoção só foi conhecida quando os policiais checaram a conta bancária na data em que deveriam receber seus vencimentos. “A gente só soube do salário quando entrou na conta. Nem contracheque temos”, afirma.
O policial “Y” critica a falta de informações dentro da corporação. Segundo ele, recentemente um superior avisou que seria aberto um processo de expulsão sumária da Polícia Militar para o soldado que faltasse a um dia de trabalho. "Na maioria das vezes somos coagidos. O superior informou que se tiver falta no próximo serviço, vamos responder junto a um Conselho, em um processo de expulsão sumária da corporação, porque um companheiro, numa eventualidade, não teve dinheiro para ir ao trabalho”, conta.

Equipamento
Em relação ao equipamento, o policial deu informações similares às publicadas pelo JB, na segunda-feira, com base em depoimento de outro PM. O armamento da "UPP da Rocinha", segundo diz, é composto majoritariamente por pistolas com mais de oito anos de uso. A quantidade de fuzis é ínfima, o que deixa vulneráveis os policiais no caso de ataques violentos. E eles ocorrem, embora nem sempre sejam noticiados.
Outros recrutas da Rocinha narram que, há um mês e meio, uma guarnição com quatro deles foi atacada por bandidos na Rua 1, uma das principais vias de acesso da comunidade. Ao cruzarem um beco, os PMs em serviço se depararam com cinco bandidos armados. 
Os marginais abriram fogo. Foram mais de 60 disparos contra o veículo da PM. Os calibres das armas eram PT 380, PT 40 e uma submetralhadora de 9 mm. O fato aconteceu em um domingo, à tarde, quando havia muita gente no local. Os policiais não atiraram para preservar a integridade dos civis. O reforço pedido pelo rádio levou 30 minutos para chegar. Mas era tarde, os bandidos já tinham fugido.
“Entrou um armamento novo que também já está dando problema . Há pouquíssimos fuzis, não chega a um por viatura. Isso não existe. Se sofrermos uma investida de marginais com fuzis, vamos ter que procurar abrigo. Não há como revidar”. 

Tráfico de drogas e doação
A Secretaria de Segurança Pública do Estado já explicou que o objetivo da pacificação das comunidades não é acabar com o tráfico de drogas, mas erradicar a ostentação de traficantes com armas e seu domínio territorial na região. O policial “Y” confirma, portanto, que o tráfico de drogas continua naturalmente na favela. Embora os marginais não disponham de armamento tão poderoso como no passado, ainda circulam com pistolas PT45, calibre capaz de grandes estragos.
“De vez em quando vemos alguém portando uma pistola PT45 dentro da comunidade. Não tem ostentação, mas há gente armada. O problema é a exposição”, relata. “Acredito que mesmo o nosso fuzil não vá funcionar, é muito antigo. Posso até dar dois tiros, mas ele vai acabar travando."
O soldado conta ainda que os coletes usados pelos PMs na Rocinha foram doados por uma empresa, cujo nome não revelou.
De armas não letais, eles dispõem apenas de spray de pimenta. Seu uso, contudo, é controlado. No caso de um tumulto, de uma agitação da multidão, a única reação cabível, segundo ele, é a “covardia”.
“Se houver uma grande confusão, teremos de dar uma de covardes (apenas assistir ao fato). Se atirarmos para o alto, responderemos por incitação. Respondemos pelo tiro dado a esmo”.

Rádios
Ele também reclama que os rádios não funcionam, tal como denunciou o outro policial na semana passada. Segundo o policial "Y", é comum o equipamento estar quebrado. Ele acrescenta: “Há viaturas paradas na Rocinha que não funcionam. Para socorrer alguém temos de pedir apoio. Faltam condições de trabalho, pessoal e financeira”, resume.

Jornada e alimentação 
Na Rocinha, o regime é de doze horas trabalhadas por 24 horas de folga. Segundo o policial "Y", o contingente de um plantão só é liberado com a chegada da rendição, o que costuma ultrapassar a jornada de 12 horas, sem nenhuma compensação.
“A gente acorda às quatro da manhã para chegar ao batalhão na hora, e só consegue sair da Zona Sul lá pelas nove horas da noite. É subumano ficar doze horas em pé". 
Outra reclamação é a comida. De acordo com ele, os soldados recebem apenas uma refeição por dia. A quantidade é econômica: arroz, feijão, carne e farofa. Além da escassez de alimento, os policiais precisam se revezar para comer.
“Recebemos uma quentinha e não temos onde comer, nem na viatura. Temos de esperar o colega almoçar para comer. Gastamos muita energia e aquele pingo de comida não é suficiente para alimentar quem está de prontidão. Se não tirarmos do bolso, ficamos só nessa refeição”.

Curso de formação
O soldado também critica o curso ministrado no CFAP, preparação “jogada” nos alunos da 5ª Companhia Bravo. A matéria de sobrevivência urbana, fundamental aos recém-ingressados para aprenderam a se portar em comunidade, teve apenas uma aula. “Quem gosta de combate treina por conta própria. Jogaram a gente lá dentro sem saber nada da geografia e da tática militar necessárias", denuncia.
O trabalho na comunidades é dividido em três: na ‘visibilidade’, viaturas se espalham pelo local para monitorar a movimentação; o Grupo de Policiamento de Proximidade (GPP) faz o patrulhamento por rua; e o Grupo Tático de Policiamento de Proximidade (GTPP), estuda as ações táticas tomadas em incursões. Sua turma não pôde escolher entre as três áreas.
“Muitas vezes cheguei para trabalhar como GPP e descobri que estava em 'visibilidade', ou vice-versa. Sempre tínhamos que chegar mais cedo porque os horários das funções variavam. Antes de ir para a Rocinha, fizemos um serviço de praia. Esse foi o nosso estágio para vir para a rua e defender a sociedade”, ironiza.
Em relação à falta de estrutura, há situações risíveis: “Podemos parar uma moto que esteja irregular, mas não há quem reboque o veículo. Até temos liberdade de ação, mas faltam condições para dar continuidade ao trabalho”, diz.

Porte de arma
Apesar de ter o porte de arma, o policial “Y” ainda não conseguiu a liberação do documento necessário para retirar o armamento de uma loja legal. Para agravar a situação, diz, todo policial precisa portar a carteira de militar. Em caso contrário, pode ser preso.
“É muito fácil alguém nos pegar do serviço ou até sequestrar. Temos de ficar nos escondendo, essa é a realidade. A carteira de policial tem de ficar escondida.”
Este quadro de penúria e improviso o leva a concluir que há má aplicação dos recursos, prejudicando o serviço: "Estamos subutilizados. Somos como fantoches, para ser filmados pela Globo dizendo: ‘olha, a UPP funciona, tem muito policial na rua'”, critica. “Fiz concurso para melhorar de vida, não para ficar com o nome sujo. Vai ter gente ficando maluca, e para fazer uma besteira, como agredir alguém, não custa muito. A gente quer é trabalhar”.



domingo, 5 de agosto de 2012

PMs INOCENTES ESTÃO PRESOS

Manisfestação em busca de JUSTIÇA!!!!
O Ministério Público tem a obrigação de pedir a absolvição do réu quando não há provas de autoria, por força legal.

Manifestantes exigem prisão de Cabral por corrupção

Esquina do governador do Rio de Janeiro está ocupada por tempo indeterminado desde o dia 26 de julho
 
Um grupo de pessoas realiza desde o dia 26 de julho uma manifestação permanente na esquina da avenida Delfim Moreira com a rua Aristides Espínola, em frente à casa do governador Sérgio Cabral Filho, na Praia do Leblon, zona sul do Rio, e diz ter sido ameaçado de morte na terça-feira por homens armados no local. Eles estão exigindo a prisão de Cabral por suspeitas de envolvimento em uma série de crimes, como suas ligações com milícias e com o empresário Fernando Cavendish, ex-dono da construtora Delta, acusada de estar no centro do esquema de corrupção comandado pelo contraventor Carlinhos Cachoeira, e isenções fiscais concedidas a boates termas (prostíbulos de luxo), entre outras suspeitas.
Nesta sexta-feira os manifestantes fizeram a ‘festa do guardanapo’. Com guardanapos na cabeça, encenaram a festança de Cabral em Paris com Fernando Cavendish e os secretários Wilson Carlos, Sérgio Côrtes, Julio Lopes e Régis Fichtner, amigo de Cavendish escalado por Cabral para investigar os contratos da Delta com o governo do estado, supostamente paga com dinheiro público e cujas fotos vazaram para a imprensa.
“O governador Sérgio Cabral Filho é líder de uma quadrilha que transformou o Rio de Janeiro em uma ditadura de mafiosos”, falava ao megafone o cinegrafista independente e ativista Pedro Rios Leão, que iniciou a manifestação.
Os manifestantes carregam cartazes com dizeres como "nesta rua mora um ladrão", “Cabral: chefe de milícia”, “rouba nosso dinheiro e isenta imposto de puteiro”, “assassino de hospital”, “vergonha do Rio” e “Fora Cabral? Buzine!” Enquanto o Epoch Times permaneceu no local, no início da noite, houve buzinaço em diversos momentos e moradores de passagem pararam para conversar com os manifestantes e mostrar apoio.
“A gente está fazendo uma resistência pacífica, tendo um bom relacionamento com os vizinhos e uma adesão massiva de quem passa. De repente, quando as coisas começaram a ganhar corpo, a gente começou a sofrer ameaças. Eu estava saindo daqui e um policial da guarda do governador identificado como Pacheco me abordou agressivamente, me revistou e falou que eu não sabia o que ia acontecer comigo se eu continuasse com isso”, conta Leão.
“Nessa mesma noite, por volta das 22h, dois homens desceram de uma motocicleta sem placa, nos fotografaram, nos mostraram armas e falaram que nós estávamos mesmo com muita pressa de morrer, que estávamos incomodando o governador. Há imagens das câmeras de segurança”, diz Pedro informando que fizeram em seguida uma denúncia na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) e um boletim de ocorrência no 23º Batalhão de Polícia Militar (BPM), no Leblon.

Boletim de Ocorrência das ameaças de morte sofridas pelos manifestantes feito no 23º BPM, no Leblon. (Cortesia de Pedro Rios Leão)










 Boletim de Ocorrência das ameaças de morte sofridas pelos manifestantes feito no 23º BPM, no Leblon.

Pedro se diz surpreendido com as ameaças. “No início eu achava que ele (governador Sérgio Cabral) nunca ia tentar fazer nada com a gente, agora eu não estou mais tão tranquilo, porque o cara é protegido pelo governo federal e é realmente crente da impunidade. Ele se filma com empreiteiros corruptos em Paris, então eu não sei realmente em que nível ele está. E as provas são claras, eu adoraria se ele me processasse por eu estar chamando ele de ladrão, porque aí eu poderia pôr os contratos no meu processo, mas ele não vai me processar”, diz Leão apontando também para a residência do empreiteiro Fernando Cavendish, que mora na rua ao lado. “Podia instalar uma UPP aqui para combater a criminalidade.”
A professora universitária Sarah Nery, de 30 anos veio de Niterói depois de saber das ameaças. “Eu fiquei ainda mais indignada e vim, porque a manifestação é pacífica e a causa é totalmente legítima, até funcionários do poder público que passam aqui apoiam e a polícia está dando cobertura”, diz Nery destacando o caráter apartidário e sem lideranças do movimento, que classifica como da sociedade civil. “Qualquer um pode vir. Somos cidadãos indignados que não aguentam mais essa situação.”
Para Sarah, o maior crime do governador é tirar o dinheiro da população e usar em benefício próprio. “Eu estou aqui porque a gente precisa fazer alguma coisa para mudar o que está acontecendo na nossa cara, todo mundo sabe, a gente já se acostumou com a corrupção, a gente já acha que faz parte, mas não faz parte. O Brasil é um país riquíssimo, cheio de possibilidades incríveis, e o que está acontecendo há 500 anos nesse país está destruindo totalmente o território, a população, a fauna e a flora. Então chega num ponto que a gente precisa dar um basta mesmo, a gente precisa gritar na rua, a gente precisa ocupar um espaço, sentar e falar ‘eu vou ficar aqui, esse espaço é público, eu sou o público e o poder público e nós vamos nos manifestar contra o que está acontecendo, porque todos esses recursos são nossos, não dessas pessoas que foram escolhidas para nos representar mas estão representando somente seus interesses particulares”.
“O capital entrou totalmente no poder do estado, o estado vive a serviço de uma máfia de empresas, e as pessoas não têm hospital, não têm educação, não têm transporte, passam fome, e ele sabe disso. Ele sabe que enquanto ele tem uma vida classe AAA+, tem pessoas vivendo em classe E, F, Z, e ele simplesmente tira o dinheiro dessas pessoas em benefício próprio, esse é o maior crime dele”, afirma.
O estudante de jornalismo X, de 18 anos, que preferiu não se identificar por razões de segurança, também veio de longe. “Eu moro na Tijuca (zona norte da cidade), e eu estou aqui na zona sul para cobrar porque eu acho que não está bom, e quando a gente acha que não está bom não adianta ficar em casa de braços cruzados. Eu vim para cá mostrar que tem jovem que está engajado, que quer mudar e eu vou até onde for preciso. Eu gostaria que cada jovem e cada pessoa não ficasse desacreditado, vale a pena lutar e se todo mundo se juntar a gente consegue tirar ele (Cabral) do poder.”
A ocupação é por tempo indeterminado e foi organizada nas redes sociais. Os manifestantes realizam hoje uma marcha até o Arpoador.



Alegados crimes da gestão Sérgio Cabral Filho



“O que a gente está fazendo aqui é simplesmente demonstrando para o Ministério Público que a gente sabe o que é um contrato sem licitação, superfaturado, fraudado e com aditivos ilegais. A gente sabe que se o Cabral não sofre nada é porque tem mais bandidos ajudando ele. As provas que pesam contra o governador são gigantescas e até foram divulgadas no Jornal Nacional, mas existe uma blindagem em cima dele pelo Governo Federal, que é comprometido com o caso Delta, uma blindagem no Congresso Nacional, na Alerj e existe um bandido no Tribunal de Contas do Estado chamado Aloisio Neves”, explica Pedro Rios Leão.

“Já que o estado não faz nada, o cara vai ter que aturar a gente aqui porque ele ainda está matando gente. Impeachment ele tinha que ter sofrido quando aceitou o jatinho do Eike Batista. Esse cara tem que ir para a cadeia, ele é uma ameaça à sociedade, cada dia que ele passa solto mais pessoas morrem por sua causa, ele realmente é um caso de segurança, ele tem que ser preso.”
Além dos contratos suspeitos de 1,5 bilhão de reais com a construtora Delta, os manifestantes lembram também a isenção fiscal de 50 bilhões de reais entre 2007 e 2010 para empresas que vão desde motéis e boates ao cabeleireiro do governador e a ligação de Cabral com milícias.
“O governador Cabral não tem noção da realidade, ele perdeu completamente a vergonha. O cara lançou no Diário Oficial do estado isenção fiscal de 425 mil reais para boates termas como a Solarium e a Monte Carlo, puteiros na Lagoa Rodrigo de Freitas e em Copacabana. Isenção fiscal é dinheiro público, agora me diz o que leva o governador a fazer isso, é muita cara de pau. Senhor governador, a gente sabe o que é uma boate termas.”
“O vídeo daquela festinha dele em um evento público na zona oeste com os milicianos "Jerominho" e "Natalino"... Quer dizer, quem é que manda ali? Ele estava ali incauto? Os milicianos foram presos em decorrência da CPI das Milícias, mas eles sempre obedecem a um poder maior, o dinheiro sempre sobe”, diz Pedro, para quem a pacificação das favelas é um roubo e um projeto de dominação.
“O processo de pacificação das UPPs servem em primeiro lugar a um projeto de expansão imobiliária para expulsar os pobres da zona sul, e em segundo lugar como projeto de fortalecimento das milícias. Porque só tem UPP em favelas tradicionalmente dominadas pelo tráfico. A única favela de milícia que recebeu UPP foi a do Batan, porque dois jornalistas foram assassinados lá. Aliás, só por isso foi instalada a CPI das Milícias na Alerj e só por isso o Jerominho e o Natalino foram presos, e é óbvio que ouve algum acordo para poupar cabeças maiores. A gestão do governador coincide com o crescimento das milícias no estado.”
O cinegrafista denuncia também a desapropriação de 1500 famílias que há 150 anos vivem de suas terras na região do Açu, área rural no município de São João da Barra, norte do estado, para dar lugar a um parque industrial da empresa LLX, do empresário Eike Batista. “O Sérgio Cabral mandou a polícia, expulsou todo mundo e tem dado 3 mil reais de indenização, isso é crime.”
Pedro lembra também o crescimento espetacular do escritório de advocacia da esposa do governador, Adriana Ancelmo Cabral, que advoga para empresas e concessionárias do estado; o caso da siderúrgica alemã ThyssenKrupp, em Santa Cruz, denunciada pelo Ministério Público por crimes ambientais como a emissão de ferro-gusa, que tem causado sérios danos de saúde à população local; o envio de bombeiros que reivindicavam melhores salários em fevereiro desde ano para o presídio de segurança máxima Bangu I; o caso do sucateamento dos bondes de Santa Teresa que resultou na morte de seis pessoas e mais de 50 feridos num acidente em agosto do ano passado; a isenção fiscal de 4,16 milhões de reais para a Coca-Cola exibir as Olimpíadas de Londres num telão instalado na Quinta da Boa Vista, que até hoje não funciona; e a precarização da saúde e a ordem de demolição do Hospital Central do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (IASERJ), que atende 80 mil pacientes, para dar lugar a um laboratório que custará cerca de 500 milhões de reais, segundo o governo. “Pela ficha do governador e sua gente, vê-se que não são pessoas idôneas”, conclui Leão.

(Bruno Menezes/The Epoch Times)
(Bruno Menezes/The Epoch Times)
(Bruno Menezes/The Epoch Times)


(Bruno Menezes/The Epoch Times)


FONTE: EPOCHTIMES.

FOTOS: (Bruno Menezes/The Epoch Times)

Ex-chefe de Polícia Civil diz que não há crime sem 'acerto' e critica as UPPs


A culpa é dos mocinhos'

Difícil de reconhecer, o delegado Hélio Luz, que foi chefe da Polícia Civil fluminense de 1995 a 1997, circula incógnito pelas ruas do Rio. Aos 66 anos, sem barba, cabelos curtos e bem magro, aproveita a aposentadoria levando uma vida tranqüila, alternando-se entre Rio e
              "Como eu vou acreditar nas UPPs se os DPOs nunca deram certo?"
Porto Alegre, sua cidade natal. Longe do poder, mas nunca das polêmicas, Luz não acredita que as UPPs vão dar certo. Além disso, atribui a culpa pela criminalidade aos "mocinhos", ou seja, os integrantes do sistema de segurança do estado.
 
Como o senhor avalia a atual política de segurança pública do Rio?
A verdade é que essa política não existe. Tudo é feito no imediatismo, afinal de ontas, o Brasil é o país do improviso. O que existe é uma política de segurança desse governo, feita para durar quatro anos, e não uma política para a sociedade, a médio e longo prazo.

Mas e as Unidades de Polícia Pacif icadora? Não são algo planejado?
Não. Se fosse planejado, a Polícia Militar teria feito primeiro o dever de casa, que é saber controlar a sua tropa. Ela mesma reconhece o descontrole interno, que há corrupção. Esse controle é o primeiro passo e não foi feito. Então, foi improvisado mais uma vez.
 

A decisão de entrar no Alemão foi correta?
Acabou sendo porque deu certo. Um improviso que acabou funcionando. A população de lá deve estar boquiaberta, nunca teve saúde, transporte. E agora ganha teleférico. É incrível.
 

E a situação do Alemão?
Com o tempo, essa ocupação não resiste. Tá aí, já me-tralharam (a sede da UPP). Não tem eficiência. Eu não sou crítico dessa política. Quem está na linha de fogo é que sabe como o negócio é complicado. Eu só tenho uma percepção diferente.
 

Como o senhor avalia as UPPs?
Eu realmente gostaria que o programa desse certo, mas elas são a reprodução de algo que já conhecemos, os Destacamentos de Policiamento Ostensivo (DPO), que já existem há mais de 40 anos, e não deram certo por causa da corrupção. A idéia é a mesma: alocar policiais numa área geográfica. Como vou acreditar na UPP se os DPOs nunca deram certo?
 

Então, se não é a UPP, qual é a solução para o tráfico?
O problema é que a UPP é a política voltada para o en-frentamento dos bandidos. Mas acho que se nós temos que ter atenção com os mocinhos. Assim, teríamos de fato uma redução de criminalidade de longo prazo. Gostam de dizer que a criminalidade no Rio é resultado da ação dos denominados bandidos. Mas, para mim, é culpa dos mocinhos, porque eles é que são os verdadeiros bandidos.

2918


JORNAL EXTRA

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Estão com peninha do bandido? Então leva ele pra morar com você!!!

A vítima do sequestro-relâmpago foi uma mulher, rendida na Avenida Lúcio Costa por quatro homens. Ela estava com um sobrinho, que tinha acabado de buscar na escola. Os criminosos renderam a mulher dentro do carro dela, e seguiram com ela e o sobrinho.
A Polícia Militar foi avisada da ação dos bandidos e conseguiu interceptá-los ainda na Barra da Tijuca. Os quatro homens foram presos e as vítimas libertadas sem ferimentos.