domingo, 2 de dezembro de 2012

Proteger quem nos protege

Nos países mais civilizados, o policial está amparado pela legislação para, se preciso for, atuar em defesa de sua vida e pela segurança da sociedade antes que o marginal efetue o primeiro disparo. No Brasil, mesmo que isso custe sua vida, o policial tem que pensar muito antes de puxar o gatilho, pois, por mais que esteja sob uma enxurrada de tiros de fuzil, pode responder por excesso se alvejar seu quase algoz com mais de um tiro. Ou ainda, pode ter sobrevivido a uma situação como essa e, dez anos depois, ter sua absolvição por legítima defesa desarquivada com base numa nova, e tendenciosa, análise de laudos cadavéricos.

Aqueles que vencem a luta diária por sua própria sobrevivência, mas sofrem alguma sequela, física ou mental, enfrentam sérias dificuldades para se tratarem. A começar pelo Estado, que atua judicialmente contra policiais tetraplégicos, paraplégicos e amputados, em razão do serviço, para cortar seus triênios integrais sem que nenhuma compensação seja dada a esses cidadãos, que, certamente, não queriam ser beneficiários do auxílio-invalidez.

O marginal atenta contra a vida do policial ou de seus familiares para intimidá-los, cientes da impunidade e do baixo rigor da lei para crimes cometidos contra quem se dispôs a dar a vida pela nossa segurança. Um grande, e infeliz, exemplo é a onda de terror que assola o estado de São Paulo, que já fez as famílias de quase cem policiais militares chorarem neste ano. No Rio de Janeiro, já são quase de 130 policiais baleados e mais de 60 mortos em 2012.

Amanhã, a Alerj dará seu apoio institucional ao projeto de lei de iniciativa popular para tornar mais duras as penas de crimes cometidos contra esses profissionais. Faça sua parte, assine também e ajude a proteger quem nos protege. Afinal, estamos do mesmo lado.
Flavio Bolsonaro é deputado estadual pelo PP

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