quarta-feira, 20 de maio de 2015

COMISSÃO SUGERE REVISÃO DE ESCALA E DA ALIMENTAÇÃO DOS POLICIAIS




A falta de estrutura e de condições até mesmo para se alimentar, problemas na escala de serviços e falta de equipamentos de proteção individual foram alguns problemas relatados por policiais civis e militares, nesta terça-feira (19/05), durante audiência pública das comissões de Defesa dos Direitos Humanos e de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Presidente da Comissão de Segurança Pública, a deputada Martha Rocha (PSD) disse que já apresentou uma indicação legislativa para que tanto a escala quanto a alimentação dos policiais sejam revistas. “Minha maior preocupação é com os policiais do interior, porque eles trabalham em um regime de 12 horas por 24 horas de folga e, depois, 24 horas de trabalho por 48 horas de folga. É impossível que uma pessoa que resida no interior possa ir em casa nesse período”, reclamou.
Com relação ao valor da alimentação, a parlamentar classificou como insuficiente. “Hoje, os policias militares recebem R$ 178 por mês. Esse valor não é suficiente, pois é humanamente impossível que ele viva com essa quantia ao dia. A comissão já conversou com o secretário (de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame) e já apresentei indicações legislativas que tratam dessa questão”, disse. Segundo o policial identificado como sargento Mota, da Unidade de Polícia Pacificadora do Tabajara, a escala precisa ser repensada. Ele relatou as condições de trabalho na UPP: “Há cerca de um mês, o Comando de Polícia Pacificadora (CPP) interditou um dos contêineres da base avançada usado como banheiro pelos policiais. Agora, é preciso que os militares se dirijam à base administrativa da UPP, onde há dois sanitários e um chuveiro, localizada no topo da favela, ou ir a bares e a restaurantes da comunidade”.
O subsecretário de Educação, Valorização e Prevenção da Secretaria de Estado de Segurança, Pekhx Jones, disse que existe um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), proposto pelo Ministério Público do Estado, que pode ajudar a superar vários problemas relatados na audiência. Mas, de acordo com ele, o custo desse TAC é “muito alto” e, por isso, a pasta estuda outras formas de resolver os problemas. “Esse termo prevê todos os aspectos do profissional, seja na formação, na valorização, na capacitação e na política de valorização do servidor, mas tem esse problema referente ao orçamento. Se fôssemos cumprir o TAC tal como está escrito, precisaríamos, só este ano, de R$ 10 bilhões, o que, nesse momento, é inviável”, explicou Jones.
Relatório
Doutor em Sociologia e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Ignácio Cano apresentou um estudo feito na Região Metropolitana onde mais de 5 mil policiais militares foram ouvidos. A pesquisa foi baseada em dados de 2014. Segundo Cano, a pesquisa apontou que 7% dos policias militares pensam em suicídio, 57% dos PMs tiveram disparos feitos em sua direção, 35% dos agentes atiraram em serviço e 8% foram feridos. Em referência à satisfação, 29% dos policiais alegaram que estão insatisfeitos com a profissão. Já 24% se sentem desrespeitados pela corporação e um terço disse que é desrespeitado pela sociedade.
Segundo Cano, o estudo demonstra que o alto nível de estresse que os policias sofrem está associado ao excesso do uso da força . “Policiais mais estressados são mais propícios a fazer o uso da força. Hoje em dia, temos uma polícia que não cuida da sociedade e uma instituição que não cuida dos seus policiais. O policial tem constantemente seus direitos desrespeitados, e é preciso que ele seja respeitado para respeitar a sociedade. No discurso dos policias, fica claro que eles não se sentem respeitados nem pela corporação, nem pela sociedade. É um jogo de respeito mútuo que precisa ser construído”, afirmou.
O presidente da Comissão de Diretos Humanos, deputado Marcelo Freixo (PSol), disse que vai apresentar emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), destinando verbas para a melhoria das condições de trabalho dos policiais.”Há muitas queixas com relação à segurança no trabalho e à falta de material, e isso é o que podemos encaminhar coletivamente através de emendas à LDO. Já com relação à escala de serviço e ao regimento, vamos nos reunir novamente daqui a 15 dias e sistematizar uma forma de resolver esses problemas que não dependem de orçamento”, disse o parlamentar.

(Texto de Vanessa Schumacker - site da ALERJ)

10 comentários:

Anônimo disse...

OS PRESÍDIOS ESTÃO EM FESTA!

Será promulgada a lei que proíbe a revista íntima de presos.

Essa iniciativa não atende aos anseios da população ordeira, mas sim à população carcerária, de assaltantes, assassinos e estupradores que, a partir de agora, não podem mais sofrer revista íntima, o que, segundo os defensores da lei, "atenta contra a dignidade da pessoa humana".

Temo pelas vidas dos agentes penitenciários, que terão ainda mais dificuldade de impedir que drogas, celulares e armas entrem nos presídios e acabem sendo usadas contra eles em possíveis rebeliões.

Sem antes investir em tecnologia e com efetivo muito aquém do necessário, garantir mais esse direito aos criminosos é um tapa na cara da sociedade, que não aguenta mais ser vítima de bandidos cada vez mais audaciosos, encorajados e com defensores no Legislativo.

A exemplo da farsa do desarmamento, mais uma vez, os vagabundos agradecem!

Anônimo disse...

BLA,BLA,BLA,BLA... Já estou cansado e ficando careca de saber que tudo isso não vai dar em nada. Quem manda nessa bosta de País são nossos honrosos políticos, e eles, nosso ilustres representantes, não estão nem aí para o MP, JUDICIÁRIO, POLÍCIA, tão pouco para essa sociedade não menos hipócrita que eles. Assim, tudo vai acabar em PIZZA e nós continuaremos reclamando pelos cantos.
Querem uma sugestão? Busquem conhecimento profissional. Leiam mais, indaguem mais; procurem esclarecer suas dúvidas; não aceitem ordens que possam causar-lhes danos profissionais - a não ser que sejam legais - leiam seu regulamento, seu estatuto.
Pode até parecer que eles são ruins, toda via, pode ser usado a seu favor. Pensem nisso!
Um abraço a todos!

Anônimo disse...

Pela legislação em vigor, a escala não pode ultrapassar 144 horas mensais, mas a PMERJ não está cumprindo tal determinação. O PM só quer o mínimo de DIGNIDADE!

Anônimo disse...

BLA,BLA,BLA,BLA... Já estou cansado e ficando careca de saber que tudo isso não vai dar em nada. Quem manda nessa bosta de País são nossos honrosos políticos, e eles, nosso ilustres representantes, não estão nem aí para o MP, JUDICIÁRIO, POLÍCIA, tampouco para essa sociedade não menos hipócrita que eles. Assim, tudo vai acabar em PIZZA e nós continuaremos reclamando pelos cantos.
Querem uma sugestão? Busquem conhecimento profissional. Leiam mais, indaguem mais; procurem esclarecer suas dúvidas; não aceitem ordens que possam causar-lhes danos profissionais - a não ser que sejam legais - leiam seu regulamento, seu estatuto.
Pode até parecer que eles são ruins, toda via, pode ser usado a seu favor. Pensem nisso!
Um abraço a todos!

21 de maio de 2015 09:21

Anônimo disse...

A propósito, um policial civil matou duas pessoas numa Operação realizada na Ilha do Governador, uma dessas pessoas era menor de idade.
A pergunta é a seguinte: Alguém viu o Dr Rivaldo Barbosa dando entrevista sobre o caso na imprensa?
Bom, se viu coloque no site.
Será que o Dr. Rivaldo Barbosa vai fazer a reconstituição do crime? Será que vai convidar o MP, os Direitos Humanos, a Imprensa, ou seja, vai montar aquele aparato para sair bem na foto, como faz quando um policial militar se envolve nesse tipo de ocorrência?
Duvido, pode até fazer reconstituição, mas, no final do IP, diferentemente quando e um PM, colocarão na conta do morto, dirão que se trava de marginais, que estavam armados, como já estão falando.
Tripudiar contra a PMERJ é fácil, bando de hipócritas.

Anônimo disse...

A UNIFICAÇÃO DAS POLÍCIAS É INDISPENSÁVEL! NÃO HÁ COMO CONTINUAR DESSE JEITO, PRECISAMOS DE UMA INSTITUIÇÃO POLICIAL QUE REALIZE O CICLO COMPLETO.

Anônimo disse...

O Decreto Estadual 43.538/12 versa sobre a carga horária de até 144 (cento e quarenta e quatro) horas mensais para a atividade fim (serviço de rua) e 40 (quarenta) horas semanais para a atividade meio (serviço interno) para Policiais Militares, entretanto não está sendo respeitada a carga horária para a atividade fim.

Considerando o limite mensal de 144 (cento e quarenta e quatro) horas para a atividade-fim, quem trabalha 15 (quinze) dias deve ter um turno de aproximadamente 9 (nove) horas e meia.

Senhores, o limite determinado pelo DECRETO ESTADUAL Nº 43.538, DE 03 DE ABRIL DE 2012, REGULAMENTADO pela RESOLUÇÃO SESEG Nº 555 DE 28 DE MAIO DE 2012, é de 144 (cento e quarenta e quatro) horas mensais efetivas de turnos regulares.

Anônimo disse...

Ó representante do secretário de segurança está falando que não tem dinheiro pra colocar em pratica. É simples, é só o governo parar de roubar, é brincadeira ein?

Anônimo disse...

Se não unifica, deveriam pelo menos tornalas incidentes, ou seja tornar a PM independente, para que assim não tivéssemos que levar a PC nas costas.

Anônimo disse...

A Promoção de Praças por Tempo de Serviço tem que acabar! A PMERJ não pode abrir mão da QUALIFICAÇÃO da tropa.

A PMERJ deve acabar com a Promoção de Praças por Tempo de Serviço, que nivela a tropa por baixo e prejudica a distribuição de funções. A ASCENSÃO AUTOMÁTICA deixa a tropa acomodada, desinteressada pelo estudo e, consequentemente, desqualificada. O Soldado PM que cumpriu o interstício deve, portanto, prestar concurso interno para Cabo PM (CFC), para provar que tem condições de exercer a referida função, assim como o Cabo PM deve ser avaliado para ser promovido à graduação de Terceiro-Sargento PM (CFS). O Segundo-Sargento PM, por sua vez, deve fazer prova para o CAS, para posteriormente estar apto às promoções às graduações de Primeiro-Sargento PM e Subtenente PM. É preciso haver mudanças, pois não pode um PM que nunca estudou exercer funções para as quais não está preparado!