O governador cabralzinho anda muito aéreo, o que não é novidade. Mas suas incursões pelo ar estão levando à loucura e ameaçando os moradores do famoso Parque Guinle, que era um dos mais aprazíveis recantos do Rio.
Embriagado, engalanado e esvoaçado pelo Poder, desde que assumiu em 2007, o governador, seus parentes e apaniguados usam helicópteros de uma forma abusiva, só comparável aos fins de semana da então governadora Benedita da Silva, cuja extensa família se divertia para valer via aérea, usando esses milionários aparelhos, comprados e mantidos com dinheiro do povo.
Nos últimos anos, com o incessante sobe-e-desce dos “helicópteros cabralinos”, a vida dos moradores no Parque Guinle virou mesmo um inferno, e não só aos fins de semana. Além do barulho ser realmente ensurdecedor, as hélices dos modernos e possantes helicópteros desfolham as árvores e levantam muita poeira (a área é uma belíssima reserva florestal, preservada desde o tempo do Império). Os apartamentos têm de manter as janelas fechadas, os terraços das coberturas ficam imundos.
Para os moradores, é impressionante o que está acontecendo, porque muitas vezes os helicópteros chegam, descem e ficam até 10 ou 15 minutos pousados, com as turbinas e as hélices em funcionamento, até que “autoridade” (seja ela qual for) se digne a embarcar.
O problema maior, logicamente, é o risco de acontecer um acidente, num bairro densamente povoado. Há alguns meses, houve um problema num dos helicópteros, que decolou com dificuldade, ficou parado no ar sobre a Rua das Laranjeiras, parecendo desgovernado, pois girava em torno de si mesmo, e com impressionante lentidão conseguiu voltar e pousar na área do palácio.
Os moradores já encaminharam diversas queixas ao governador, sem sucesso. A única providência dele foi mandar que molhassem constantemente o local onde os helicópteros pousam, mas pouco adianta, porque o entorno é uma reserva ambiental, e a poeira da terra sobe assim mesmo.
A maior curiosidade dos moradores é saber:
1. Quem usa tantos helicópteros?
2. Por que usa?
3. Para que usa? Essas dúvidas são procedentes, porque na última sexta-feira, por exemplo, às 3 horas da tarde, o governador saiu de carro pela Rua Gago Coutinho, com sua sempre impressionante comitiva de seguranças. Então, quem usou os dois helicópteros que pousaram no palácio no início da noite?
O mais paradoxal e contraditório é que serginho cabralzinho filhinho não demonstra ter medo de andar de helicóptero, mas com toda a certeza morre de medo de sofrer um atentado. Quando sai de carro, a comitiva é formada da seguinte maneira: motocicletas de policiais militares à frente, atrás e pelos lados da caravana; três carros de luxo pretos, com seguranças, à frente, e outros três atrás do veículo onde está o governador; e duas vans brancas, com vidros escuros e impenetráveis, que seguem no meio do cortejo (uma leva cabralzinho, a outra só faz figuração, não leva ninguém).
Cabralzinho usa duas vans iguais, para que os possíveis autores de algum atentado contra ele não possam saber com certeza em qual dos veículos o governador se encontra. Isso é que é pretensão. Quem se interessaria em fazer um atentado contra figura tão inexpressiva e sem importância? Seria uma bestial perda de tempo.
No desespero, os moradores do Parque Guinle cansaram dos apelos a cabralzinho e fizeram uma queixa formal à ANAC (Agência Nacional da Aviação Civil). A resposta foi incisiva, decisiva e definitiva: o local não é adequado para pouso e decolagem de helicópteros e há enorme risco para a população do bairro.
Os líderes dos moradores então voltaram a procurar cabralzinho e o informaram sobre o relatório da ANAC. Resposta dele: “Sou o governador e os helicópteros pousam onde eu bem entender”. Diante, disso, o Ministério Público foi acionado e o caso não tarda a chegar ao público, que por enquanto fica sabendo do assunto apenas neste Blog, em primeira mão, é claro.
TRIBUNA DA IMPRENSA
3 comentários:
ELE É O REI DA COCADA PRETA
DIZEM QUE ELE SE DESENTENDEU COM CABRAL
Levy passa cargo a Renato Villela na próxima quarta-feira
O momento chega, tudo são ciclos. É desta maneira que o secretário estadual de Fazenda, Joaquim Levy, sintetiza o motivo que o levou a deixar o cargo no Governo do Estado. Após quase quatro anos à frente da secretaria, Levy passará a gestão a Renato Villela, atual subsecretário de Fazenda, na próxima quarta-feira (26/5).
Levy escolheu o momento exato para deixar o cargo sem causar prejuízos à organização de projetos em andamento.
- Eu havia pensado em sair no fim de março, mas decidi completar e entregar todos os projetos, como os empréstimos para as áreas de saneamento, habitação e transporte, e também o REFIS para o governador. Agora as coisas estão fechando bem, com muita tranqüilidade – analisa.
Renato Villela já foi diretor-adjunto do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e subsecretário de Fazenda da prefeitura do Rio, na década de 90. De acordo com Joaquim Levy, Renato dará continuidade à política do governador Sérgio Cabral.
- O Renato é muito experiente e tem sido um grande colega durante esse tempo todo. É muito importante trazer essa experiência para fortalecer a Fazenda – enfatiza Levy.
o atual secretário faz ainda um balanço de sua gestão e da relação de amizade com o Sérgio Cabral.
- Muita coisa foi feita durante esses quase quatro anos. Os mais de 5,3 bilhões e a parceria consolidada com governo federal, para investimentos em habitação, transporte e saneamento, aliada à inovação tecnológica do sistema ERP darão um choque de qualidade no estado. Minha relação com Cabral é muito fraternal, ele sempre cumpriu tudo o que combinamos. A coisa funciona quando o chefe político tem dentro dele a disciplina, o conhecimento e o equilíbrio. Essa parceria foi muito boa, assim conseguimos todos esses resultados – afirma.
Para o secretário da Sefaz, que já esteve à frente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a proposta de integrar o Banco Mundial, cogitada pelo governador, não está aceita e será estudada sem precipitação.
ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
O SINDPOL RJ - SINDICATO DOS POLICIAIS CIVIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, vem, através da presente convocar os policiais civis do Rio de Janeiro, ativos e inativos, para a ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA, a ser realizada nas seguintes coordenadas:
Dia: 26/05/2010, 4ª feira
Horário: 13h00min
Local: escadarias da ALERJ
Assuntos a serem debatidos:
1. Expectativas da categoria policial quanto à PEC 300/446.
2. Reajuste Salarial de 5% oferecido pelo Governo do Estado/RJ.
3. Realização de Movimento Reivindicatório Conjunto com os Praças da PMERJ e CBMERJ, em Junho de 2010.
Iniciativa: SINDPOL RJ & ASPRA -PM/BM-RJ
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer…
Francisco Chao de la Torre
Inspetor de Polícia Civil - PCERJ
Diretor Jurídico
SINDPOL RJ - Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro
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