segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Flávio Bolsonaro: Democracia para militar

Deputado estadual pelo PP

Rio - A democracia está longe de existir no Brasil. Hoje, não há segurança, educação, respeito à Constituição Federal, ao direito adquirido. Enfim, só há os direitos de votar e falar. Para os militares, nem isso. Neste ano, 10 mil militares não puderam votar porque foram empregados nas eleições.
Recentemente, o País inteiro testemunhou o general Heleno, comandante da Amazônia, ainda na ativa, classificar a demarcação de terras indígenas, em áreas estratégicas para a soberania nacional, como crime de lesa-pátria e ser reprimido, vergonhosamente, pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, que se intitula grande democrata, no melhor estilo cubano.
Nesta semana, o major Vianna, da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi punido com 12 dias de prisão por ter postado em um blog na Internet comentário se solidarizando com seu colega de corporação, major Wanderby, que vem sendo perseguido por publicar verdades que doem em algumas autoridades do estado. Onde está o direito constitucional de livre manifestação do pensamento? Se um militar não pode falar sobre segurança, quem irá fazê-lo? Um sociólogo de plantão, como sempre?
Apresentei na Assembléia Legislativa o projeto de decreto legislativo 11/2008 para revogar o Regulamento Disciplinar da PM, para que seja substituído por um Código de Ética e Disciplina, a exemplo de Minas Gerais. Lá, o militar não é punido administrativamente com prisão. O resultado foi uma polícia respeitada e que respeita seus semelhantes.
É mais fácil levar a tropa, do soldado ao coronel, na mordaça e no chicote, como acontece no Rio, que dar dignidade a esses profissionais. Governador, vamos dar o primeiro passo para implantar uma democracia para os militares.

http://odia.terra.com.br/opiniao/htm/flavio_bolsonaro_democracia_para_militar_207099.asp