domingo, 24 de março de 2013

O CABRAL TEM QUE CAIR!



MANIFESTAÇÃO CONTRA OS LADRÕES DO PODER PÚBLICO.

Quarta-feira - 18 horas - Largo do Machado 
Informações:  http://www.facebook.com/events/341452632631438/

O ATO É UMA MANIFESTAÇÃO PACÍFICA.

- COM CARÁTER DELIBERATIVO PERMANENTE SOBRE COMO REMOVER A QUADRILHA DO PODER E MELHORAR AS NOSSAS CHANCES NAS LUTAS.

- O ENCONTRO É NO LARGO DO MACHADO, SEM HORÁRIO PARA DISPERSÃO. QUALQUER MOVIMENTAÇÃO SERÁ DECIDIDA IN LOCO.

EVITAR: CARROS DE SOM, MEGAFONES.

TRAZER: CARTAZES, INTRUMENTOS MUSICAIS, PERFORMANCES, AMIGOS, FAMÍLIA, TRANQUILIDADE, OBJETOS LÚDICOS.

Não precisamos ter pressa e nem ficar nervosos. Quem tem que ficar nervosos são eles.


Carta aberta aos movimentos sociais organizados e à oposição no estado do Rio de Janeiro

“Existe uma cumplicidade vergonhosa entre o Estado que faz o mal e a sociedade que o consente.”

Victor Hugo.

Todos nós, que não representamos o modelo de cidade-empresa preconizado pela atual administração pública, todos nós trabalhadores, artistas, indígenas, quilombolas, favelados, defensores das diversas comunidades e culturas que habitam esse estado, ou mesmo simples defensores da justiça, do processo democrático e do bem público, resumidamente, todos nós que não estamos lucrando com os roubos continuados e a exploração comercial criminosa dos bens comuns, todos nós que não estamos lucrando com as constantes e graves violações de direitos humanos no Rio de Janeiro, estamos sendo roubados. Todos nós passamos por um período dramático de negociações, resistência popular, e agressões do poder público (a mando de banqueiros, empreiteiros e empresários literalmente fora-da-lei.)
Do movimento “Reage, artista!”, a Aldeia maracanã. Das famílias centenárias de pequenos produtores agrícolas que foram e estão sendo arrastadas pelos cabelos, para o Eike Batista lhes roubar as terras, na região do Açu, até os operários do COMPERJ, em Itaboraí... Ou as famílias que têm de viver com chuva de metal pesado, adoecendo por causa da TKCSA em Santa Cruz, ou os moradores da Vila autódromo, da Providência, da região portuária, ou as vítimas das milícias na zona oeste, ou os jovens e adultos, usuários ou não de drogas, que são enfiados em centros de tortura e contenção química, em casas controladas por milicianos e pagas pelo contribuinte, para que as ruas sejam “limpas”...Em todo lugar, todos os dias, abrem-se novas trincheiras de luta no nosso estado contra os ladrões e assassinos que governam município, estado e estão entranhados na administração pública até a esfera federal.
Em todas essas trincheiras, todos nós, que acompanhamos e vivemos uma -ou mais- dessas lutas, estamos passando por um processo de descobertas e empoderamento, um processo de retomada dos nossos direitos políticos e de crise da terceirização desses direitos (terceirização que nós chamamos de representatividade). Todos esses movimentos devem ser plurais, aproveitar seus dissensos, e devem ser permanentes. Não é um gestor, secretário, ou seja lá quem for, que deve decidir os rumos da cultura, da habitação, da educação, da saúde, e dos investimentos no nosso estado. Quem deve decidir os rumos do bem público são os povos que aqui vivem, juntos, respeitosos, organizados e atentos. Todos nós ganhamos perspectiva de mudança, e de futuro, ganhamos um novo meio de olhar a vida, a cultura, e o trabalho quando nos organizamos como cidadãos e como trabalhadores, ao invés de ficar esperando que “alguém” faça a coisa certa.
Porém, infelizmente “alguém” exerce o poder sobre os meios de produção e sobre o poder público. “Alguém” desvia o governo do interesse público para as falcatruas privadas. (Falcatruas que de tão descaradas podem ser consideradas notórias.) “Alguém” bate em todos nós, enquanto bate as nossas carteiras. “Alguém” nos deixa impotentes, e, muitas vezes, impossibilitados de fazer o que precisamos, impossibilitados de trabalhar e viver.
Fica evidente nessas frentes de luta que é imoral negociar demandas com esse governo sem lutar contra esse governo, sem lutar contra tudo o que ele representa, sem lutar contra tudo o que o governador Cabral pratica, principalmente seus crimes comprovados. Não podemos simplesmente esperar benesses de alguém que manda a tropa de choque agredir manifestantes pacíficos contra o aumento CRIMINOSO das passagens de um transporte que deveria ser público. Não podemos somente pedir, tranqüilos, a manutenção do museu do índio, sabendo que a vila autódromo foi criminosamente para o chão. Não podemos só pedir que os teatros sejam reabertos, de consciência limpa, sabendo que estamos falando com um prefeito que está prendendo, drogando, e torturando menores em situação de rua. Não podemos continuar somente negociando, sabendo que estamos lidando com elementos que promovem e acobertam o roubo de dezenas de milhões de reais dos hospitais públicos. Esse governo deve ser combatido nas ruas.
Atualmente, em cada uma das lutas que eclode no Rio de Janeiro a correlação de forças se mostra desesperadora. É muito difícil para uma sociedade fragmentada combater uma indústria coesa e consolidada de ladrões dispostos a matar. Sabemos que na realidade a democracia deve ser um processo constante de inclusão, debate e participação de todos, não importa quem ocupe os palácios de governo. Porém, se nada for feito para impor limites a “playboycracia” do governador Cabral e do prefeito Paes, que contaram com total apoio, consciência, e colaboração do governo federal até agora, dificilmente teremos condições de organizar qualquer coisa que seja, pelo Rio de Janeiro, no futuro próximo.
Os despejos para a copa do mundo, para as olimpíadas, e para o Eike Batista, no atual estado de coisas, parecem irreversíveis. O “banco imobiliário cidade olímpica” também deixa claro quais são as intenções dos governantes para o público geral e o futuro dos nossos lares. Se não lutarmos todos juntos, vamos ser massacrados individualmente por Eike, Cavendish (que sequer foi indiciado), Nuzman, Coca-cola, FIFA e qualquer um que chegue com dinheiro para os bandidos engravatados que nesse momento dizem nos representar. Estamos sendo literalmente vendidos. Precisamos nos unir em torno de demandas que sejam comuns a todos. E precisamos retomar limites sobre o quanto nós deixamos essa gente nos insultar.
Na semana passada a grande imprensa divulgou um relatório da Controladoria Geral da União (CGU) que prova o desvio de dezenas de milhões dos hospitais públicos. Esses hospitais estavam sob a administração direta do senhor secretário de saúde, Sérgio Côrtes, e era a assinatura dele nos contratos flagrantemente fraudulentos. O relatório da CGU soma-se a outros do ministério público e diversas denúncias já apresentadas na ALERJ. A denúncia tem mais de uma semana e o governador não deu uma palavra a respeito, o que é crime. Dificilmente o caso do governador nesses rombos na saúde é só de omissão. Mas por omissão certamente ele já é responsável.
O secretário Sérgio Côrtes rouba solene e continuamente do sistema público de saúde, mora em uma casa de 3,5 milhões de inexplicáveis reais, enquanto nossos familiares e amigos morrem por falta de médico, por falta de equipamento, por falta de medicamento. Idosos morrem nas filas dos hospitais. Crianças morrem nos hospitais, baleadas nas ruas e sem direito ao atendimento que foi roubado, em parte, pelo atual secretário de saúde. Até os jornais denunciam essas mortes causadas pela precariedade do sistema público de saúde.
É indecente que imprensa, sindicatos, partidos, movimentos sociais organizados, e cidadãos conscientes permitam que isso continue acontecendo. Existe uma petição pública na internet pedindo a prisão do secretário. Existe uma manifestação popular, marcada para o dia 27 de março no largo do machado, pedindo o imediato afastamento e a punição do secretário pelos roubos.
Essa é uma demanda comum e urgente. Essa é uma oportunidade para a população impor algum limite à pouca vergonha da desgovernança. Esse é o momento de nos unirmos em um processo ecumênico de retomada da nossa dignidade.
Essa carta aberta é uma convocatória para exigirmos a derrubada do médico ladrão.
Essa carta aberta é convocatória para o 27 de março.
Mas, sobretudo, essa carta é uma convocatória para nos unirmos a todas as lutas que estão na rua agora, em um processo conjunto. Para termos chances em nossas lutas individuais precisamos melhorar o ambiente democrático. Para garantir o futuro e a segurança de todos.

Abaixo-assinado pela prisão do secretário: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=sccadeia


Links das denuncias: http://www.brasil247.com/pt/247/rio247/94380/CGU-aponta-fraude-em-hospitais-do-Rio.htm

Um comentário:

Anônimo disse...

já tá ficando nojento isso! cada vez que esse assunto é tocado reforça cada vez mais o nome dele para indicar o pezão ,quem intende? vota no cara 2x,depois ficam fazendo propaganda nos jornais e aqui.será que não tem ninguém que pensa? e tome futebol o brasil joga toda hora com qualquer time igual na ditadura, pior que deus castiga que não ganha ,ficam desesperados quem tiver um time é só ligar para a cbf,pode ser criador de porco,caranguejo,plantador de batata ,p/ganhar de 15x 0 , ai somos os melhores do mundo. acordem!!