A morte do dançarino Douglas Pereira, o DG, o sumiço do pedreiro Amarildo de Souza, a reação policial aos manifestantes que tomaram as mas do Brasil. Esses três episódios recentes de violência envolvendo a Polícia Militar puseram em pauta o debate sobre a necessidade de uma reforma do modelo policial do Brasil. Desmilitarizar a PM seria a saída? Essa ê a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) número 51, que também pretende converter as polícias Civil e Militar em uma só, de natureza civil, e garantir maior autonomia aos estados e municípios para estruturar seu modelo de segurança pública.
A proposta é polêmica e de autoria de um dos pré-candidatos ao governo do Rio, o senador Lindbergh Farias (PT). Resultado de enquete divulgado há duas semanas pelo Senado mostrou que a população está dividida sobre o tema: 54% foram contrários à idéia de desmilitarização da PM e 46% a favor. Cerca de cem mil votos foram registrados no site.
Em tramitação no Senado, a PEC enfrenta resistências junto aos principais pré-candidatos ao governo do Rio. Ouvidos pelo JORNAL O DIA, a maioria deles se posicionou contra a reforma do modelo policial.
Em tramitação no Senado, a PEC enfrenta resistências junto aos principais pré-candidatos ao governo do Rio. Ouvidos pelo JORNAL O DIA, a maioria deles se posicionou contra a reforma do modelo policial.
A desmilitarização é um assunto que divide opiniões quase hierarquicamente no quartel: enquanto o sub-tenente da PM Vanderlei Ribeiro, presidente da Associação de Praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do Rio (Aspra), é defensor da proposta, o coronel Fernando Belo, presidente da Associação de Oficiais Militares Estaduais do Rio (Ame), rechaça a emenda constitucional. Ambos são entusiastas da idéia de ciclo completo, e defendem que a PM deve poder fazer investigações e não realizar apenas o policiamento ostensivo e preventivo.
Para Ribeiro, a PM é uma instituição "burocrática e centralizada" Ele, que defende o fim do atual modelo de alocação de policiais em batalhões, crê que a aprovação da PEC 51 traria a possibilidade de sindicalização dos policiais. "Sindicatos são entes dos sistemas democráticos, e permitiriam ações mais equilibradas e conscientes. Não há por que temer a política" declarou.
"Se desmilitarizar a polícia, sugiro ao brasileiro que saia do país", enfatizou Fernando Belo, que prevê um clima de insegurança. Para ele, é impossível comandar homens armados sem hierarquia. "Desmilitarizar é coisa de baderneiro. Policial que quiser isso, que vá embora da corporação", resumiu.
Para Ribeiro, a PM é uma instituição "burocrática e centralizada" Ele, que defende o fim do atual modelo de alocação de policiais em batalhões, crê que a aprovação da PEC 51 traria a possibilidade de sindicalização dos policiais. "Sindicatos são entes dos sistemas democráticos, e permitiriam ações mais equilibradas e conscientes. Não há por que temer a política" declarou.
"Se desmilitarizar a polícia, sugiro ao brasileiro que saia do país", enfatizou Fernando Belo, que prevê um clima de insegurança. Para ele, é impossível comandar homens armados sem hierarquia. "Desmilitarizar é coisa de baderneiro. Policial que quiser isso, que vá embora da corporação", resumiu.
2 comentários:
este fernando belo é CEL PM e por ser OFICIAL,é claro que não aceita esta emenda,pois perderá suas mordomias.
Então como funciona as policias civis, que usam armas e não são militares as firmas de seguranças que não são militares e funcionam, na verdade o que vai acabar é a possibilidade de oficiais superiores da reserva continuarem usufruindo da PM, como fazem hj em dia, inclusive deixando cavalos de sua propriedade, sendo cuidado e alimentado pela corporação.
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