A família da auxiliar de serviços gerais Claudia Silva Ferreira
recebeu, no dia 29 de abril, indenização por danos morais e materiais.
Claudia
morreu depois de ter sido baleada durante operação policial no Morro da
Congonha, na zona norte do Rio, quando saía para comprar pão.
Ela chegou a ser socorrida e colocada no camburão, de onde caiu e foi arrastada no chão por 300 metros.
O
episódio foi registrado por cinegrafista amador. Defensoria pública
afirma que valores não são divulgados para proteger beneficiados.
De
acordo com nota do governo do Estado divulgada neste domingo, a
indenização foi acertada por meio de acordo, que estabeleceu prazo de 90
para o pagamento do benefício ao viúvo de Claudia e aos quatro filhos
do casal. A quantia não foi revelada. O acordo prevê ainda o pagamento
de pensão mensal à família, retroativo ao dia 5 de maio, dez dias depois
da morte da vítima, até agosto de 2040, quando Claudia completaria 65
anos.
Em entrevista à Agência Brasil, em abril, o defensor-geral
da Defensoria Pública do Estado do Rio, Nilson Bruno, que representa a
família da auxiliar de serviços gerais, garantiu que os valores estão
dentro dos praticados pelos tribunais superiores em casos semelhantes.
Temos
por praxe não divulgar valores nem detalhes para preservar essas
famílias, muitas moradoras de comunidades, e, na medida em que
divulgamos um valor, elas passam a correr determinado risco, disse. Mas
posso garantir que foi bem razoável e dentro dos padrões praticados nas
sentenças judiciais do Superior Tribunal de Justiça.
A família de
Claudia não foi localizada para comentar o pagamento. O governo do
Estado esclareceu que continuará dando apoio assistencial aos parentes,
com equipes de psicólogos e assistentes sociais. Dois policiais
envolvidos no caso estão presos.
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