domingo, 29 de junho de 2014

Atirador de elite pediu autorização para acertar suspeito na abertura da Copa

No dia 12 de junho, o mundo dirigiu os olhos ao Itaquerão, em São Paulo. Enquanto todos prestavam atenção nas falhas da cerimônia de abertura, no gol contra de Marcelo e no desempenho do Brasil contra a Croácia, acontecia nos bastidores uma cena digna de filme de ação.
Durante o segundo tempo da partida, um atirador de elite do Grupo Especial de Regate (GER) da Polícia Civil, que fazia a segurança do evento avistou um homem armado muito próximo à tribuna onde a presidente Dilma Rousseff e outros chefes de Estado, além de autoridades da Fifa, assistiam ao jogo de abertura do Mundial. O homem vestia uniforme do Grupo de Ações Táticas (Gate) da Polícia Militar e estava numa área de acesso não permitido. O atirador pediu então autorização para disparar contra o sujeito armado. O pedido foi negado. Se não o fosse, mais de 3 bilhões de espectadores do mundo inteiro assisitiriam à cena.
As informações divulgadas pela Folha foram confirmadas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). O episódio, que causou tensão entre os responsáveis pelo esquema de segurança da Copa do Mundo, foi comentado na manhã desta sexta-feira (27) pelo ministro dos Esportes, Aldo Rebelo. "Esse tipo de episódio não é de dar opinião. A segurança esclareceu que um atirador de elite flagrou, em área proibida, a presença de alguém portando arma e um colete de grupo de elite da Polícia Militar", afirmou, a jornalistas. "Como a área dava acesso às autoridades presentes, o atirador da Polícia Civil pediu  autorização para alvejar o suspeito. Essa autorização foi submetida a quem tem a atribuição de conceder, e ela foi negada, para averiguação. Identificou-se que quem estava na área era um policial militar, que foi retirado de lá posteriormente", afirmou o ministro.
De acordo com a Folha, inicialmente, na sala de comando da operação de segurança, a Polícia Militar havia negado que alguém do Gate fora designado a ficar naquela área. Porém, seguindo a averiguaçãom o homem de uniforme foi reconhecido com sendo, sim, um membro do grupo especial da PM, que fora até ali para apura uma suspeita de bomba – que não se confirmou.
Os policiais civis do GER foram autorizados pelo Exército a se posicionar em um ponto no alto do estádio para monitorar a movimentação. Enquanto isso, cerca de 15 militares do Gate faziam patrulha no interior do estádio. Caso esclarecido: os próprios policiais se confundiram.
Com a divulgação do episódio, o secretário da Segurança Pública do Estado, Fernando Grella Vieira, pediu às duas polícias relatórios sobre o caso. REVISTA ÉPOCA

2 comentários:

elias disse...

Folia de Reis,como diria um militar.

Anônimo disse...

casa que todo mundo manda dá nisso.