sábado, 13 de agosto de 2011

Juíza executada prendia PMs e tinha relações perigosas com policiais

Em depoimento no dia 25 de março de 2011, a juíza Patrícia Acioli,, contou à Corregedoria Interna da Polícia Militar que o principal motivo do fim do relacionamento com o cabo da PM Marcelo Poubel Araújo, com quem "viveu maritalmente" por cinco anos, foi a ingerência do militar nos processos que ela julgava sobre "autos de resistência" - execuções sumárias camufladas pelos policiais após troca de tiros. Ela declarou que Poubel "defendia os colegas de farda".

O depoimento faz parte da sindicância aberta na 2ª Delegacia de Polícia Judiciária, subordinada à corregedoria, para apurar as suspeitas de agressão corporal, invasão de domicílio e ameaça de morte praticadas pelo cabo Poubel, no dia 2 de fevereiro, contra a juíza e o então namorado, o inspetor penitenciário Dayvid Eduardo Nunes Martins. Ele teria entrado na casa da juíza, em Piratininga, e surpreendido os dois no quarto.

Cabo PM Marcelo Poubel no enterro da juíza

Juíza foi vista com ferimento

Patrícia negou as agressões, mas o subtenente Marcos Antônio Fernandes, que atendeu à ocorrência de Piratininga, declarou que encontrara a juíza na porta de casa "de cabelos molhados, sinal de que havia acabado de tomar banho, e com um corte no rosto, que ainda sangrava". Ela não autorizou a revista na residência, e Poubel só se apresentou dias depois.

À sindicância, Patrícia disse apenas que Poubel era submetido, desde 2006, a tratamento psiquiátrico e psicológico, pois desenvolvera trauma após sofrer "profunda antipatia dos colegas de farda" no 7 BPM (São Gonçalo), onde era lotado. A origem desta hostilidade seria a atitude da juíza, como ela própria descreveu, ao condenar policias militares envolvidos com grupos de extermínio.

Porém, no mesmo depoimento, ela admitiu que Poubel passou a discordar das sentenças contra PMs.

Na madrugada de sexta-feira, pouco depois da execução da juíza, o cabo esteve no local do crime. Após gritar "Pati, estou aqui", vaticinou:

- Agora, eu sou o bola da vez. Vão me pegar.

Poubel tinha uma mesa no gabinete da juíza, onde comparecia fardado. Não saía dali nem nas conversas mais reservadas e demonstrava intimidade ao abrir as gavetas de Patrícia, para pegar chaves e papéis.

Há cinco anos, o cabo foi baleado na Rodovia Niterói-Manilha, na altura do Bairro Boa Vista, enquanto pilotava uma moto Honda Twister. Dois homens, também de moto, mas sem placa, aproximaram-se e o atingiram no braço esquerdo.

Já o caso da agressão domiciliar só chegou ao conhecimento da polícia por iniciativa do inspetor penitenciário. No boletim de ocorrência 00364/0081/2011, da 81ª DP (Itaipu), Dayvid relata que Poubel, após invadir o quarto, tomar-lhe a arma durante briga corporal e obrigar o casal a ficar de joelhos, passou a agredi-los com socos e chutes, além de "puxões de cabelo" na juíza.

Inspetor relatou agressão

Ao repetir o que sofrera à sindicância, em depoimento no dia 5 de fevereiro, o inspetor contou que o militar ameaçara "sufocar Patrícia com um saco plástico, pois sabia que ela tinha pavor desta prática". Poubel, segundo o relato do inspetor, também teria se deitado na cama e apontado a arma para a porta, supostamente para forjar uma troca de tiros antes de matar o casal.

- Ele disse que era o rei da forjação (sic) - disse Dayvid.

O inspetor fez exame de corpo de delito. Ele foi atingido no maxilar, nas costelas e teve o nariz quebrado. Conta que, desde então, tem medo de continuar morando em São Gonçalo. Não há, contudo, prova material na sindicância sobre a agressão à juíza.

Dayvid começou a namorar a Patrícia em janeiro e, nessas condições, compareceu ao gabinete da magistrada, no dia 2 de fevereiro, atendendo a uma intimação assinada por ela à chefia do inspetor.

Na intimação, anexada à sindicância, Patrícia alegou que queria a presença de Dayvid para depor no processo que investiga a morte de Alexandre Thome Ivo Rajão, jovem de 14 anos massacrado por um grupo supostamente rival em São Gonçalo.

Conhecida por ser linha-dura, Patrícia, de 47 anos, era uma espécie de arqui-inimiga dos maus policiais. Estima-se que tenha condenado mais de 60 deles nos últimos dez anos de atuação. Ela ingressou na magistratura em 14 de dezembro de 1992. Antes de ir para a área criminal, trabalhou no Juizado da Infância e da Juventude. Desde 1999, estava à frente de centenas de processos na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, agindo principalmente no combate a milícias, grupos de extermínio e máfias do transporte alternativo e do óleo (o grupo roubava combustível de navios). No início da carreira, quando foi defensora pública, ela já teria sofrido um atentado.

Patrícia tinha três filhos, de 10 a 20 anos. Ela gostava de exibir fotos deles no celular. Quando estava com os amigos, longe do fórum, esquecia o ar solene do tribunal e gostava de usar jeans e camiseta. Os colegas da pós feita na UFF dizem que ela não bebia, o que não a impedia de ir a barzinhos para bater papo. Nunca falava sobre as ameaças, mas tinha verdadeira paixão pela magistratura e falava empolgada sobre o resultado de algumas sentenças.

Chegou a relatar uma investigação sobre policiais militares acusados de um assassinato em que ela foi até o local ajudar na coleta de provas, acompanhando a polícia. Era comum também tomar depoimentos na casa de vítimas.

- Ela ia junto com os policiais, tamanha vontade que tinha de elucidar os crimes. Não tinha pose, colocava a mão na massa - disse um amigo dos tempos de faculdade.

Outra colega da pós-graduação, psicóloga, classificou a juíza Patrícia Acioli como uma mulher vaidosa, mas sem excessos, e muito bem-humorada:

- Nos divertíamos muito. Ela era muito simples e alegre. Acho que carregava um peso tão grande que precisava respirar, dar uma relaxada.

O GLOBO

21 comentários:

Anônimo disse...

Não passava de uma vadia disfarçada de boa cidadã. Gostava mesmo era de fuder com polícia... em todos os sentidos.

Anônimo disse...

Acho que as investigações poderão levar a outros desfechos, fora a ação das milicias, tem um toque de passionalidade, certo?

Anônimo disse...

A vítima é a principal responsável por sua morte.

Anônimo disse...

Governo do Rio: não é necessária PF no caso de juíza morta ( pq???)

Anônimo disse...

A juíza morta em Niterói será o tema das conversas em almoços e intervalos para café nas próximas semanas. A classe média, que adora polícia bandida, vai concluir que ela morreu porque era uma "piriguete". O (des)governo do estado, responsável pela política se segurança, agradece a exposição da vida privada da vítima porque não haverá tempo para o eleitor discutir segurança pública baseada em UPPs, milícias e outros temas relevantes. E assim a vida segue, novos casos vão parecer e desaparecer da mídia.

DEUS ABEÇOE A TODOS NÓS!

Anônimo disse...

Isso é que dá, se envolver com bandido fardado. Ainda querem aumento. Tem que dá pedra pra eles carregarem na hora de folga.

Anônimo disse...

Existem relatos de toda natureza e opiniões divergentes a respeito da personalidade e, porque não, do caráter desta Juíza. Não posso formular, com conhecimento de causa, uma opinião sobre quem ela realmente era. Mas uma coisa eu posso afirmar com toda certeza, ELA ERA DESGRAÇADA DE FEIA.

Anônimo disse...

Certamente esses comentários de baixo calão, certamente partem dos ex-policias bandidos, ou de seus familiares indignados com sua merecida punição.
VIVA A PUNIÇÂO DESSES POLICIAIS BANDIDOS DE FARDA!!!

Anônimo disse...

Essa baixaria em relação a Juiza, é totalmente descabida!!! Pois nós vizinhos, pudemos acompanhar um pouco sua vida íntegra.
Nos orgulhamos da grande pessoa e profissional que ela foi.
Essa revolta contra a imagem da Juiza, só pode ter um fundo de raiva pelas sua sentenças justas.

Anônimo disse...

Vadiagem mesmo é da policia que ganha pra defender a sociedade e são verdadeiros bandidos.
Ela se foi...mas muitos outros grandes juízes existem e continuaram a existir, para acabar com a vadiagem de voces seus Bandidos de farda!!!

Anônimo disse...

Uma vergonha que ainda tenham o descabimento de escrever tantas besteira, deixando bem claro que são opiniões de policiais disfarçados de bom cidadão. Que gostam mesmo é de dinheiro, ameaçar, matar... em todos os sentidos.

Anônimo disse...

BANDIDAGEM FARDADA, TRAVESTIDOS DE POLICIAIS.
SEUS DIAS ESTÃO CONTADOS.
QUEM VIVER VERÁ A VITORIA DO BEM CONTRA O MAL.
TENHO PENA DE SEUS FILHOS E PARENTES, PORQUE SABERÃO QUEM SÃO VOCES. BANDIDOS..COVARDES

Anônimo disse...

QUER DIZER QUE TEM MAIS CAROÇO NESSE ANGÚ?

Anônimo disse...

A juíza tinha muita gente que não gostava dela.Seu autoritarismo não era só durante exercicio de sua profissão, era em todos os locais. Não tinha humildade e sim arrogância!!!

Anônimo disse...

POLÍCIA PRENDE O JUIZ MANDA SOLTAR!!!

Uma juiza ja mandou soltar o sobrinho do Fernadinho Beiramar que foi preso essa semana suspeito do sequstro do onibus no Rio...e aí ?

O pedido de prisão temporária do bicheiro João Carlos Martins Maia, o Joãozinho King, foi revogada pela Justiça. O contraventor é acusado de ordenar a morte do policial civil Marcelo Alexandre Caetano Ferreira, assassinado na madrugada do dia 6 na boate The Week pelo agente penitenciário Antônio Carlos de Oliveira Júnior... e aí ?

Anônimo disse...

Acabaram com a prisão, no código penal brasileiro. É claro que quem aprovou esta lei, é bandido e está com medo de ser pego e ser preso.
É muita impunidade! que país é esse? Vamos divulgar os nomes dos responsáveis pela aprovação dessas leis.
Para quem tem dinheiro, principalmente roubando, é um alívio e prêmio pagar multa, vai roubar outra vez e se estabelece o profissional do crime. E quem disse que o crime não compensa! só se for fora do Brasil ! Criminosos estrangeiros venham para o Brasil, e quando estiverem aqui continuem seus crimes. O nosso governo os protege e ainda, impede que vocês sejam punidos em seu país.

Anônimo disse...

Tem que morrer um Juiz ou promotor ou politico por semana!
O povo morre todo dia e ninguem faz nada.
Morre uma Juiza e tem essa festa toda!

Anônimo disse...

TEM QUE DA UMA FAXINA EM TODOS OS SETORES PÚBLICOS DO BRASIL A COMEÇAR PELA POLÍTICA DEPOIS NA JUSTIÇA ONDE SÃO COMETIDA VARIAS INJUSTIÇA SO PORQUE E UM JUIZ OU UMA JUÍZA ACHAM QUE SÃO O DONO DA VERDADE! PORQUE SÃO TANTO PROCESSO PARADO A ANOS SEM JULGAMENTO? SERÁ QUE ESTE NOBRES MAGISTRADOS TRABALHÃO TODOS OS DIAS? ACHO QUE NÃO! AGORA OS POLÍTICOS QUE ESTÃO CADA VEZ MAS RICOS PORQUE? CULPA DA JUSTIÇA QUANDO UM JUIZ DE PRIMEIRA INSTÂNCIA CASSA UM POLÍTICO LOGO ELE ESTA DE VOLTA O CARGO CULPA DE QUEM? DA JUSTIÇA PORQUE HEM? A JÁ SEI UM DESEMBARGADOR RECONDUZ ELE DE VOLTA A SUA NOBRE CADEIRA DE PARLAMENTAR!PORQUE HEM?$$$$ EM FIM JUSTIÇA NÃO E PARA TODOS PELO MENOS NO BRASIL!

Anônimo disse...

MAS UMA DA NOBRE JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO REVOGOU A PRISÃO DE QUEM MANDOU MATAR UM POLICIAL SERÁ SERÁ QUE QUANDO DESCOBRIREM QUEM MATOU A JUÍZA TAMBÉM REVOGAR A SUA PRISÃO?? ESTA NOTICIA ESTA NO JORNAL EXTRA DO RIO DE JANEIRO!! O Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) revogou, no sábado, a prisão temporária por 30 dias do bicheiro João Carlos Martins Maia, o Joãozinho King, de 37 anos. Ele estava foragido desde terça-feira, quando teve a prisão decretada também no Plantão Judiciário, a pedido da Divisão de Homicídios (DH). King é suspeito de envolvimento no assassinato do policial civil Marcelo Bittencourt, de 44 anos, dentro da boate The Week, no Centro do Rio, na madrugada do dia 6.

O advogado Paulo Ramalho, que defende o contraventor, apresentou um pedido de relaxamento de prisão ainda no sábado.

— Juntei ao pedido um laudo do perito Ricardo Molina que, ao analisar as imagens da boate, constatou que não há nada que comprove a participação de João no crime. Pelo contrário: ele até se apavora — disse Ramalho.

Após se entregar na 42ª DP (Recreio), na segunda-feira, no entanto, o agente penitenciário Antônio Carlos de Oliveira Júnior, de 35 anos, afirmou que atirou em Marcelo a mando de Joãozinho. Ele seria segurança do bicheiro.

Segundo o advogado, o desembargador de plantão considerou que a prisão era ilegal. Além de revogá-la, o magistrado determinou que João Carlos se apresente ao juiz do 2º Tribunal do Júri e entregue o passaporte. Ramalho disse que João Carlos vai depor na DH.

Anônimo disse...

Essa juíza pelo visto não se dava ao respeito. Porra! não é preconceito mais é outo nível, namorar e casar com cabo da PM, ter relação com agente penitenciário só podia acabar mal. Foi como a maluca da Suzana Vieira que casou com aquele soldado da PM e acabou dando em merda. Tem que dar é uma vassourada geral em todos os órgãos públicos e mandar essa vagabundagem parar à rua.

Anônimo disse...

Não polícia, e nem tenho parentes nem amigos polícias, mas conheci de perto essa juíza e sei muito bem a podre que elá é... e sei muito bem como ela tinha orgulho quando conversava e falava as coisa horrorosas que ela falavam para os PMs, chamava de vários nomes horrorosos, mas o que eu nunca consegui entender é que ela só se relaciona com Pms. vai entender?!? Boa pessoa eu tenho certeza que ela não era.. Ninguém apanha a toa...