quarta-feira, 23 de novembro de 2011

"Ocupação da Rocinha e prisão de Nem viraram espetáculo"

A divulgação massiva das ocupações de comunidades pobres do Rio de Janeiro por forças da segurança púbica remonta, segundo especialistas, à República Velha, quando a hipervalorização dos presos buscava alcançar o reconhecimento da sociedade para o trabalho policial. Segundo Michel Misse, professor de sociologia e antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretor do Núcleo de Estudos em Cidadania, Conflito e Violência Urbana (Necvu) da UFRJ, a pirotecnia fez lembrar artigos da década de 1950 que criticavam a “aliança” entre imprensa e polícia para supervalorizar as prisões.

“O interessante é que são artigos críticos de Silvio Terra, que hoje dá nome à Academia de Polícia do Rio de Janeiro. Desde àquela época já se identificava a tendência de tornar muito mais importante, inteligente e perigoso aqueles que eram capturados pela polícia”, diz Misse. “Era uma forma de hipervalorizar o trabalho [policial]. Desde aquela época, já existia essa aliança entre a polícia e os veículos de comunicação, com suas editorias de polícia.”
A anunciada ocupação das favelas da Rocinha e do Vidigal no Rio de Janeiro domina o noticiário há uma semana. Mesmo antes da madrugada de domingo (13), quando as forças policiais subiram o morro, a prisão dos policiais que tentaram escoltar traficantes em fuga e a captura do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, tiveram ampla cobertura da imprensa nacional. O assunto também ganhou destaque internacional, mostrando que o Rio investe para reforçar a segurança para receber dois megaeventos esportivos mundiais: a Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas de 2016.
Isso já havia ocorrido no primeiros semestre do ano, quando as 13 favelas que formam o Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, foram ocupadas por forças da segurança pública. “Essa aliança explica, em parte, a ênfase na divulgação da prisão de Nem, que era um traficante de varejo”, assinala o professor. “O Nem já estava negociando com a Polícia Civil sua rendição. O advogado mantinha contatos com a polícia quando ele resolveu fugir.”
Para Marcelo Burgos, professor e coordenador da área de sociologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, a forte ação midiática está no centro da política de implantação das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Segundo ele, o “efeito UPP” tenta vender o conceito de uma cidade “pacificada”. “A UPP é uma política que se diferencia de outras até pelas ações de caráter midiático. O que temos no Rio não é só a UPP, mas também o “efeito UPP.”
Embora ressalte que entende a intenção do governo do Rio em apresentar Nem como um “troféu”, o
professor da PUC do Rio vê exagero na cobertura da imprensa. “O interesse da mídia e a repercussão da prisão de um traficante do porte do Nem não é compreensível. Apesar de não ser um pé rapado, de ter domínio territorial [sobre a Favela da Rocinha], de controlar um volume razoável de dinheiro e de mercadoria [droga], não se pode considerá-lo um chefão do tráfico. É claro que houve uma midiatização da prisão dele.”O texto acima mostra o desespero do governador do estado,Sérgio Cabral, em ''tentar''melhorar a sua imagem através de uma das suas farsas políticas;a UPP(unidade de propaganda política)Vamos nos UNIR e desmascará-lo!

JUNTOS SOMOS IMBATÍVEIS!!

DIA 24/11/2011-ABI(Associação brasileira de imprensa),às 18h.End:Rua Araújo Porto Alegre,71-Centro.

3 comentários:

Anônimo disse...

PAULO MELO, PRESIDETE DA ALERJ, COLOCOU O SEU SOBRINHO COMO CHEFE DO DETRAM DE ARARUAMA EO MESMO ESTA FORAGIDO. SEGUNDO A POLICIA ELE CHEFIA UMA QUADRILHA QUE AGE DENTRO DO DETRAN!!!

Anônimo disse...

Sociedade hipócrita, mídia hipocrita,se existe o Nem e outros como eles é por que existem milhares de consumidores escravos de seus vício malditos , principalmente essa burguesia elitizada da zona sul e Barra , Recreio etc. Polícial corrupto comprado para estar do lado dos foras da lei , ainda bem que um dia, não muito distantes,esses mesmos , se estiverem vivos , suas velhices serão desprovidas de paz , olharão as paredes de seus¨castelos¨e verão as marcas de sangue em suas paredes ,vidas que eles ajudaram a destruir , famílias enlutadas , crianças viciadas e prostituidas , por sua gula por dinheiro e poder . Tudo passa , a eternidade sobria os aguarda.

Anônimo disse...

eU AVISEI NOS BLOG QUE A CORRUPÇÃSO ESTAVA A PLENO VAPOR EM ARARUAMA, INCLUYSIVE DEI NOME DE EXAMINADOR, QUE COMPACTUAVA COM A CORRUPÇÃO. A CASA DO SOBRINHO FALEI QUE ERA IRMÃO, ME DESCULPE PELO IRMÃO, CAIU. ELE FOI NOMEADO PELO DEPUTADO PAULO MELO DA ONDE,ADIVINHEM QUE DOU UM CARGO NA ALERJ? QUEM RESPONDEU PMDB ACERTOU