Tiros de fuzil voltam a assustar moradores à noite e clima de tensão predomina em parte das favelasCidade ganha sua 31ª Unidade de Polícia Pacificadora com ocupação, hoje, do Complexo do Caju
De uma viela, no alto do morro do Chapéu Mangueira, zona sul do Rio, um rapaz sem camisa caminha despreocupado com uma pistola na cintura. Comunicando-se com alguém por um rádio transmissor, ele para e observa a movimentação da equipe da Folha no local.
Ele está a poucos metros dos 269 degraus que levam ao posto policial da favela.
A cena, comum em favelas cariocas há alguns anos, surpreende por acontecer em uma área ocupada há três anos por uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).
No último dia 22, um grupo de traficantes do Comando Vermelho invadiu o morro de 4.000 moradores diante do mar do Leme em busca de rivais da ADA (Amigos dos Amigos) escondidos na favela. Moradores contam que à noite os tiros de fuzis voltaram a ser comuns.
Em outra ponta da cidade, na Vila Cruzeiro, no complexo da Penha, zona norte, também surgem problemas.
Pela primeira vez, desde o início das UPPs, a Secretaria de Segurança do Rio detectou armamentos pesados em uma favela pacificada.
O secretário de Segurança, JoséMariano Beltrame, admite que há fuzis na Vila Cruzeiro, mas não revela quantos. A Folha apurou que o serviço de inteligência da PM ras-treou, há duas semanas, a entrada de oito fuzis na favela.
Na véspera da implantação da 31ª UPP, no complexo do Caju, zona portuária, o principal programa da segurança pública no Rio, com gasto anual em torno de R$ 480 milhões, enfrenta problemas.
A Folha visitou nove localidades com UPPs e constatou que o clima é tenso na maioria delas. Na favela Fallet/Fogueteiro, centro, a reportagem não conseguiu entrar por causa do tráfico.
"Existem comunidades em que ainda constatamos focos de resistência", afirma o coronel Paulo Henrique de Moraes, coordenador das UPPs.
Na Nova Brasília, no Complexo do Alemão, policiais da UPP alertaram a Folha para evitar determinados locais, ocupados por criminosos.
Em quatro anos, 52 PMs lotados em UPPs foram presos sob acusação de envolvimento com corrupção.
No Morro do Turano, zona
norte, e em outras comunidades, os policiais regulam serviços como transporte ou venda de gás. Antes da UPP, a kombi local cobrava R$ 1 para transportar os moradores. Depois da pacificação, passou para RS 3. Desde então, o serviço tem a supervisão de um policial.
"As UPPs mudaram a configuração das negociações nas favelas. Antes era apenas o tráfico. Agora, os policiais corruptos investem em um novo mercado em que eles decidem o que pode ou não", analisa Ana Paula Miranda, antropóloga da Universidade Federal Fluminense.
Cerca de 2.000 policiais militares e 200 fuzileiros navais ocuparão hoje 13 favelas do Complexo do Caju, na zona portuária do Rio, para a implantação de duas UPPs.
Com elas, a cidade passa a ter 32 Unidades de Polícia Pacificadora. Será a sexta vez que a Marinha participa de uma ocupação de implantação de UPP. 0 complexo do Caju é dominado por traficantes da facção criminosa Comando Vermelho. Cerca de 20 mil pessoas vivem na região.
As UPPs mudaram a configuração das negociações nas favelas. Antes era apenas o tráfico. Agora, os policiais corruptos investem em um novo mercado em que eles decidem o que pode ou não . Folha de São Paulo
A Folha visitou nove localidades com UPPs e constatou que o clima é tenso na maioria delas. Na favela Fallet/Fogueteiro, centro, a reportagem não conseguiu entrar por causa do tráfico.
"Existem comunidades em que ainda constatamos focos de resistência", afirma o coronel Paulo Henrique de Moraes, coordenador das UPPs.
Na Nova Brasília, no Complexo do Alemão, policiais da UPP alertaram a Folha para evitar determinados locais, ocupados por criminosos.
Em quatro anos, 52 PMs lotados em UPPs foram presos sob acusação de envolvimento com corrupção.
No Morro do Turano, zona
norte, e em outras comunidades, os policiais regulam serviços como transporte ou venda de gás. Antes da UPP, a kombi local cobrava R$ 1 para transportar os moradores. Depois da pacificação, passou para RS 3. Desde então, o serviço tem a supervisão de um policial.
"As UPPs mudaram a configuração das negociações nas favelas. Antes era apenas o tráfico. Agora, os policiais corruptos investem em um novo mercado em que eles decidem o que pode ou não", analisa Ana Paula Miranda, antropóloga da Universidade Federal Fluminense.
Cerca de 2.000 policiais militares e 200 fuzileiros navais ocuparão hoje 13 favelas do Complexo do Caju, na zona portuária do Rio, para a implantação de duas UPPs.
Com elas, a cidade passa a ter 32 Unidades de Polícia Pacificadora. Será a sexta vez que a Marinha participa de uma ocupação de implantação de UPP. 0 complexo do Caju é dominado por traficantes da facção criminosa Comando Vermelho. Cerca de 20 mil pessoas vivem na região.
As UPPs mudaram a configuração das negociações nas favelas. Antes era apenas o tráfico. Agora, os policiais corruptos investem em um novo mercado em que eles decidem o que pode ou não . Folha de São Paulo
6 comentários:
A HUMILHAÇÃO CONTINUA. QUEM RECEBE PELO BRADESCO TEM PAGAMENTO LIBERADO. QUEM RECEBE NO ITAÚ SI RECEBER SÓ NA SEGUNDA-FEIRA ATÉ ÀS 12H. HUMILHANTE!
Esse aumento de 23,8% que foi veiculado aos 4 ventos, bateu certinho?
E ainda existem colegas equivocados com o Governo Sérgio Cabral, que o defendem comparando-o com o Governo Garotinho (como foi postado no site do SOS BOMBEIROS) -- nem mesmo sei as reais intenções desses colegas!? Para mim, este atual Governo é muito bom de propaganda e engabelação, pois suas promessas sempre vêm com alguma pegadinha. Neste pagamento de fevereiro de 2013, para Vc, esse aumento de 23,8% bateu certinho? O meu não bateu mesmo! O meu salário, COMO 3° sgt bm, tirando os 100,00 do vale transporte e a gratificação de 350,00, dá em torno de 2.750,00. Então 23,8% dá perto de 600,00; porém, o aumento veio exatamente 400,00. E aí?! O que houve? Será que vai ser mais uma luta da bombeirada junto ao SOS BOMBEIROS? Já não basta a "facada" que tomamos neste fim de ano com o imposto de renda, que com certeza tem mutreta, pois foi um desconto absurdo! (falou-se até em reembolso no pagamento de janeiro, o que não houve). Enfim, como eu já suspeitava - tratando-se do Governo de Sérgio Cabral! - é mais uma pegadinha esse 23,8% de fevereiro - sempre vem com algum "detalhe" que só ficamos sabendo em cima da hora.
Já estou acionando a rapazeada, via internet, inclusive o SOS BOMBEIROS, para ver isso melhor.
A luta continua pela dignidade que a nossa profissão exige.
Paz a todos os guerreiros PMs e BMs.
NÃO VEIO 23%. FUI ROUBADO DE NOVO. AÍ TEM PALHAÇO QUE APOIA ESSE BANDIDO, CRIMINOSO, DESTRUIDOR DE FAMÍLIAS. E AGORA, QUAL A DIFERENÇA DO TRAFICANTE PARA ESSE BANDIDO DISFARÇADO DE POLÍTICO.
o meu pagamento veio a menos , a foda toda é que o contra cheque sumiu , sera que é para a gente não saber aonde fomos roubados , voçê acessa o prederj e só sai o contra cheque do pagamento de janeiro , o contra cheque desse mês ainda não foi postado será porque ?
Eu não aguentei a humilhação amigos, me licenciei da Pmerj e estou tocando minha vida para frente. Peço a Jesus Cristo força para meus amigos que ficaram para eles lutar todo dia contra o mal, que muitas vezes vêm de dentro do sistema. Abraço a todos os amigos, lembranças que ficarão p sempre...
MP NELES !!!
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