quinta-feira, 18 de abril de 2013

ORGIA NO NO 4 º GRUPAMENTO DO CORPO DE BOMBEIROS

Com um metro e setenta e três de altura e no auge da virilidade, aos 34 anos, um cabo militar usava o codinome "Bombeiro Dotado", em conversas na internet.
O apelido sugestivo permitiu o encontro virtual com casal vidrado em fetiches sexuais com honras militares. Como a coluna "Justiça e Cidadania" publicou nesta terça-feira com exclusividade, o trio fez sexo no 4º Grupamento do Corpo de Bombeiros, na Posse, em Nova Iguaçu, às 23h do dia 22 de junho do ano passado. A orgia foi fotografada e colocada no blog do casal.
O cabo e um sargento que permitiu a festinha, com direito a fotos na escada magirus e a estripulias do trio em uma viatura, foram denunciados pelo crime de pederastia no Código Militar, com pena de seis meses a um ano de detenção. A ousadia do casal e dos militares foi divulgada.
Em conversa na internet, o casal, batizado de ksal fetiche, ironiza: “Chegamos na portaria e avisamos que vamos dar umazinha com vc aih dentro kkkk”. E ainda completa: “Então, vamos entrar e sair sem os 23 perceberem”, referindo-se à tropa de plantão na unidade.
"Segurança" na garagem
Além das fotos expostas no blog, o casal detalhou que marcou para chegar ao quartel às 21h. Eles ficaram perto do grupamento quando foram resgatados pelo cabo às 23h e entraram.
O trio foi direto para a garagem onde estavam as viaturas, com a escada magirus. O cabo e o casal mantinham relações sexuais, enquanto o sargento ficava de prontidão para avisar se chegasse alguém.
O caso veio à tona em agosto, quando as fotos foram postadas no blog do casal, gerando burburinhos.
A tropa foi formada até que uma testemunha apontou o cabo como o responsável pelas estripulias e o sargento, sentinela que controlava a entrada e saída de pessoas no quartel. Em depoimento, no processo disciplinar, o cabo, lotado há quatro anos na unidade, pediu desculpas.

Sindicância apontou desprezo pelo uniforme
O Corpo de Bombeiros, em sindicância, concluiu que houve crime militar e menosprezo ao uniforme — a mulher chegou a usar uma camisa, como acessório do fetiche.
Em nota oficial, a corporação informou que foi aberto um inquérito policial-militar depois que a Corregedoria tomou conhecimento do material erótico postado no blog do casal.
O cabo foi punido com 30 dias de prisão disciplinar, e o sargento, que deu cobertura à ação, com 20 dias; e o assunto foi encerrado no Corpo de Bombeiros.
“Disciplinarmente, caberia expulsão da corporação pela conduta dos militares. Porém, pela pena, que chega no máximo a um ano de detenção, não há exclusão”, explicou o promotor Paulo Roberto Mello Cunha, que denunciou os militares à Auditoria de Justiça Militar.
Nesta terça-feira o juiz Marcius da Costa Ferreira, em exercício na Auditoria de Justiça, aceitou a denúncia do Ministério Público e agora os militares passaram a responder ao processo.

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