Promotor deu alerta ao comando da Polícia Militar
Profissional que trabalhava com juíza diz que avisou a comandante-geral sobre ações do 7º BPM
A conduta do coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira à frente do 7° BPM (Alcântara) e de policiais do Grupo de Ações Táticas (GAT) do batalhão foi informada ao coronel Mário Sérgio Duarte quando ele ainda era comandante-geral da PM. As informações fazem parte do depoimento do promotor Paulo Roberto Mello Cunha Júnior, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, à Divisão de Homicídios, quinta-feira. O GAT tinha agentes de confiança de Cláudio e acusados de forjarem autos de resistência. Mário Sérgio, aliás, foi quem indicou Cláudio para assumir o 7° BPM. Ele não foi encontrado nesta segunda-feira para comentar o assunto.
Índices de criminalidade
No documento, o promotor Paulo Roberto diz que Mário Sérgio afirmou que Cláudio foi para o batalhão para melhorar os índices de criminalidade em São Gonçalo e que, em função da cobrança dele, a tropa, em retaliação, começou a insuflar Patrícia contra o comando.
Segundo o promotor, Mário Sérgio justificou as transferências de Marcelo Poubel, que era namorado da juíza, e de outro PM, ambos lotados na 4ª Vara Criminal da qual ela era titular, alegando que eles eram o canal da tropa ‘para mandar recado à magistrada’. Com a saída deles do Fórum gonçalense, o coronel acabaria com a possibilidade de os comentários chegaram até ela.
No depoimento, o promotor contou ainda que ponderou a explicação dizendo que as denúncias contra os PMs e os pedidos de prisão eram feitos pelo MP, mas nenhum policial foi mandado para substituí-los, e Patrícia ficou sem segurança.
Patrícia não confiava em escolta de PMs
Poubel e o outro PM foram transferidos após a prisão do major Bezerra, chefe do Serviço Reservado do quartel, acusado de forjar auto de resistência no início do ano. Outros agentes foram presos acusados de participarem do crime. No Boletim Interno da PM, Mário Sérgio informou que os dois policiais só poderiam ser transferidos para outra unidade por ordem dele. Na delegacia, Paulo Roberto revelou que a juíza não pediu segurança à Diretoria Geral de Segurança Institucional do Tribunal de Justiça porque não confiava nos policiais do setor, responsável pela segurança de magistrados. Na época, segundo relato, Patrícia recebeu telefonemas informando que Cláudio queria matá-la.
MP já analisa inquérito
A DH concluiu as investigações sobre a morte de Patrícia Acioli, e parte do inquérito já está sendo analisada pelo Ministério Público. Agora, cabe aos promotores decidir se oferecem ou não denúncia à Justiça contra os 11 PMs presos, autuados pelo homicídio.
Até o fim desta semana, devem chegar ao MP relatório da DH sobre interceptações telefônicas e imagens de câmeras de trânsito e do condomínio onde a magistrada foi executada. Dos 11 PMs presos, entre eles o coronel Cláudio Oliveira e o tenente Benitez, apenas dois cabos confessaram participação no crime. Os outros negam.
Jornal O Dia
Profissional que trabalhava com juíza diz que avisou a comandante-geral sobre ações do 7º BPM
A conduta do coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira à frente do 7° BPM (Alcântara) e de policiais do Grupo de Ações Táticas (GAT) do batalhão foi informada ao coronel Mário Sérgio Duarte quando ele ainda era comandante-geral da PM. As informações fazem parte do depoimento do promotor Paulo Roberto Mello Cunha Júnior, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, à Divisão de Homicídios, quinta-feira. O GAT tinha agentes de confiança de Cláudio e acusados de forjarem autos de resistência. Mário Sérgio, aliás, foi quem indicou Cláudio para assumir o 7° BPM. Ele não foi encontrado nesta segunda-feira para comentar o assunto.
Índices de criminalidade
No documento, o promotor Paulo Roberto diz que Mário Sérgio afirmou que Cláudio foi para o batalhão para melhorar os índices de criminalidade em São Gonçalo e que, em função da cobrança dele, a tropa, em retaliação, começou a insuflar Patrícia contra o comando.
Segundo o promotor, Mário Sérgio justificou as transferências de Marcelo Poubel, que era namorado da juíza, e de outro PM, ambos lotados na 4ª Vara Criminal da qual ela era titular, alegando que eles eram o canal da tropa ‘para mandar recado à magistrada’. Com a saída deles do Fórum gonçalense, o coronel acabaria com a possibilidade de os comentários chegaram até ela.
No depoimento, o promotor contou ainda que ponderou a explicação dizendo que as denúncias contra os PMs e os pedidos de prisão eram feitos pelo MP, mas nenhum policial foi mandado para substituí-los, e Patrícia ficou sem segurança.
Patrícia não confiava em escolta de PMs
Poubel e o outro PM foram transferidos após a prisão do major Bezerra, chefe do Serviço Reservado do quartel, acusado de forjar auto de resistência no início do ano. Outros agentes foram presos acusados de participarem do crime. No Boletim Interno da PM, Mário Sérgio informou que os dois policiais só poderiam ser transferidos para outra unidade por ordem dele. Na delegacia, Paulo Roberto revelou que a juíza não pediu segurança à Diretoria Geral de Segurança Institucional do Tribunal de Justiça porque não confiava nos policiais do setor, responsável pela segurança de magistrados. Na época, segundo relato, Patrícia recebeu telefonemas informando que Cláudio queria matá-la.
MP já analisa inquérito
A DH concluiu as investigações sobre a morte de Patrícia Acioli, e parte do inquérito já está sendo analisada pelo Ministério Público. Agora, cabe aos promotores decidir se oferecem ou não denúncia à Justiça contra os 11 PMs presos, autuados pelo homicídio.
Até o fim desta semana, devem chegar ao MP relatório da DH sobre interceptações telefônicas e imagens de câmeras de trânsito e do condomínio onde a magistrada foi executada. Dos 11 PMs presos, entre eles o coronel Cláudio Oliveira e o tenente Benitez, apenas dois cabos confessaram participação no crime. Os outros negam.
Jornal O Dia
2 comentários:
O CORONEL MARIO SERGIO SABE DE MAIS COISA, ELE TINA CONHECIMENTO DAS PILANTRAGEM DO CORONEL CLAUDIO.E UM COVARDE! PEDIU DEMISSAO COM MEDO DE SER INVESTIGADO.
O CB da delação premiada vai ser enrrolado nesse epsódio, tendo em vista que seu advogado no teve acessos aos autos, ele negociou diretamente com defensor público. Está arriscado a ser condenado a 90 anos de prisão e subtraído os 2/3 da delação premiada, ou seja 60anos; ainda sobraria 30 anos para cumprir. Como no Brasil se cumpre no máximo 30 anos ele sairia junto com os outros presos que não tiveram o benefício da delação premiada. Concluindo, ganhou um benefício virtual.
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