sexta-feira, 13 de junho de 2008

CABRAL NEGOCIA COM LULA UMA INTERVENÇÃO NA ÁREA DE SEGURANÇA PÚBLICA DO RIO DE JANEIRO PARA CONTER CORRUPÇÃO E MILÍCIAS


Sérgio Cabral Filho negocia com seu amigo e aliado Luiz Inácio Lula da Silva uma espécie de “intervenção federal” – apenas na área de segurança pública do Rio de Janeiro. O assunto é tratado em boca de siri, pois envolve uma interpretação polêmica da constituição. O Secretário de Segurança Pública, José Beltrame, que é delegado da Polícia Federal, insiste que precisa contar com o apoio irrestrito das Forças Armadas para debelar a crise de hierarquia e corrupção generalizada no aparelho policial. Beltrame tenta convencer Cabral que só uma ação de fora, no formato permitido por uma intervenção militar legal, conseguirá conter o caos, gerado pelo descontrole da ação das milícias (formadas por PMs, bombeiros e policiais civis corruptos) e pelas seguidas revelações de corrupção na máquina policial, com os desdobramentos do caso do deputado estadual Álvaro Lins (ex-chefe de polícia acusado de comandar um mega esquema de corrupção, envolvendo, diretamente, o ex-governador Anthony Garotinho). O caso das milícias sai do controle. O serviço de inteligência da Polícia Civil descobriu ontem um plano das milícias da área de Campo Grande para executar os delegados da 35ª DP (Campo Grande) e da Delegacia de Repressão às Ações do Crime Organizado (Draco). As duas delegacias investigam a atuação desses grupos pára-militares. Milicianos da região se reuniram na noite de quarta-feira na favela Vilar Carioca, em Campo Grande, no mesmo dia em que foi lançada uma bomba na 35ª DP. Eles discutiram o destino dos policiais e teriam oferecido R$ 1 milhão pelo assassinato deles.

Jorge Serrão

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