Uma repórter, um fotógrafo e um motorista do jornal "O Dia" foram torturados por milicianos que dominam a Favela do Batan, em Realengo. A equipe, disfarçada, estava morando há duas semanas em um barraco na comunidade, preparando uma reportagem sobre o cotidiano de quem vive sob o domínio de uma milícia. Descobertos pelos bandidos, no último dia 14, os três foram torturados por sete horas e meia, com choques elétricos, socos e pontapés.
Durante o espancamento, a repórter chegou a ser submetida a uma "roleta-russa" e viu um marginal rodar o tambor do revólver e apertar por duas vezes o gatilho da arma, apontada em sua direção. Os milicianos, que tiveram o apoio de policiais militares, enfiaram ainda um saco plástico na cabeça da jornalista. Após serem torturados e terem o dinheiro e os equipamentos roubados, os três foram libertados às 4h30m na Avenida Brasil.
Policiais estouram base de milícia em Realengo
Policiais militares do 14º BPM de Bangu acabaram de estourar na noite deste sábado uma casa, no centro da Favela do Batan, em Realengo, que serviria como base da milícia que atua na comunidade. A operação ocorreu por determinação do comandante do batalhão, tenente-coronel Pedro Paulo Silva, e envolveu quatro carros do Grupamento de Apoio Tático (GAT). Foram apreendidos no local cinco revólveres, botijões de gás, garrafões de água e materiais para TV a cabo. Não houve confronto e ninguém foi preso.