segunda-feira, 9 de março de 2009

Morte diária de policiais

HOJE TEM VELÓRIO, AMANHÃ TAMBÉM!

Todos os dias, os jornais noticiam que um policial foi morto nas ruas do Rio de Janeiro. Quase sempre, a dinâmica é a mesma: o policial foi abordado por criminosos fortemente armados, os quais descobrem sua identidade e o executam friamente. Matar policiais garante aos autores reconhecimento junto aos seus pares, os elevam na hierarquia criminosa, aumenta seus conceitos como matadores. Caçar policiais tornou-se uma diversão entre os marginais. A prática foi ampliada, e não só policiais, sejam civis ou militares, tornaram-se alvo preferidos da marginalidade. Militares das forças armadas também. Antigamente, constituía-se em pecado mortal, na essência da palavra, matar um policial. Mas como a mudança de atitude aconteceu?
Para explicar, seria necessário um longo espaço, mas, em síntese, o que aconteceu foi o seguinte: os seguidores dos ensinamentos de Gramsci conseguiram, aos poucos, de forma subliminar, fazer as pessoas — e, em consequência, a sociedade — aceitarem que a polícia só existia para garantir os direitos das elites e, como tal, seus integrantes deveriam ser eliminados.
Há pouco tempo, um dos famigerados "ólogos", falso defensor dos direitos humanos, teve o cinismo de afirmar na imprensa que a morte de policiais não se configuraria agressão aos direitos humanos, pois, como agentes do Estado, eles estariam sujeitos a morrer, enquanto que o criminoso, não. Este seria apenas uma vítima da sociedade e, portanto, jamais poderia sofrer qualquer tipo de agressão, nem mesmo receber revide quando disparar uma arma contra um policial.
O imediatismo, a falta de cultura, entre outras tantas falhas, fez com que boa parte da sociedade aceitasse tal tragédia. Hoje, não há um só dia em que não se fica sabendo que um policial militar ou civil foi morto covardemente por celerados marginais. Interessante é o que ocorre quando um desses transgressores é preso. O medo de morrer é tamanho que, quando são presos e não há testemunhas de sua prisão, praticamente tornam inviável o uso da viatura policial por vários dias, pois não conseguem segurar os intestinos.
O que se conclui destes acontecimentos? Marginal é covarde, medroso, se borra na primeira oportunidade. Independentemente das vantagens adversas, conseguidas pelos seguidores da anacrônica teoria de Gramsci, o que faz a Policia Militar para evitar ou minimizar tais ocorrências? Absolutamente nada, pois, como responsáveis constitucionalmente pelo policiamento ostensivo, a redundância de casos nos mesmos locais, nas mesmas áreas, vitimando policiais, e sem um resultado positivo, demonstra, antes de qualquer coisa, descaso. Seria muito bom saber que a Policia Militar aumentou seus custos com detergentes para lavar viaturas. Enquanto isso, amanhã teremos mais um velório.
http://extra.globo.com/geral/casodepolicia/nascimento/

Um comentário:

Anônimo disse...

QUESTÃO DE SEGURANÇA?


A secretaria estadual de fazenda do Estado do Rio não apresenta em seu site as despesas com publicidade. Alega que é questão de "segurança". Em 2008 empenharam mais de 90 milhões de reais e pagaram cerca de 85 milhões de reais. Questão de segurança? De quem?

blog do ex prefeito