A resistência ao processo de pacificação no Complexo do Alemão já tem 
impacto na saúde da população local. Dos 21 médicos da UPA do conjunto 
de favelas, oito pediram demissão recentemente. A dificuldade em formar 
equipe para a unidade já é um problema, segundo o secretário municipal 
de Saúde, Hans Dohman. O motivo das baixas está ligado a casos de 
agressão aos profissionais. E uma das suspeitas é de que os episódios 
são incentivados por pessoas ligadas ao tráfico, que querem a saída da 
UPP das favelas.
“Balançar o serviço público que está se instalando faz 
parte do processo daqueles que querem instabilizar a pacificação nas 
comunidades ocupadas. É essa leitura que faço”, afirmou o secretário.
 O assunto preocupa tanto Dohman que ele pretende
 se reunir com o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame,
 para debater a questão.
Um dos médicos pediu demissão após levar um soco 
na cabeça de um paciente. Mas um outro ‘inimigo’ tem sido a proliferação
 de boatos, como o de que a UPA está sem profissionais. Para o 
secretário, essas informações plantadas acabam criando um clima de 
hostilidade com as equipes da unidade e motivando os moradores a 
chegarem insatisfeitos e impacientes para a consulta.
“Juro por Deus. Não demorou três minutos para o 
atendimento dessa pessoa que deu o soco. Sabemos disso porque o sistema é
 informatizado. O médico se demitiu e foi embora. Óbvio. Está cheio de 
emprego para ele em outros lugares. Na hora que você quer contratar, o 
profissional pensa: ali tem uma confusão atrás da outra. O que tem mais 
chamado a atenção no local é que, em 90% dos casos, as confusões são 
completamente infundadas”, contou Dohman.
O Alemão tem passado por dias complicados. Na 
semana passada, por ordem do tráfico, o comércio fechou as portas e 
deixou 13.225 alunos de creches e escolas sem aula. Houve reforço no 
policiamento, mas o clima na comunidade é de tensão e medo. O DIA

Um comentário:
PEC 300 OU GREVE NACIONAL//////////////////////
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