O Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública
 vai requerer à Justiça que obrigue o governo do estado a indenizar 
moradores do Complexo da Maré que tiveram as casas invadidas 
quinta-feira, durante ação da Polícia Militar. Duas vítimas prestaram 
depoimento ontem à Defensoria e à Comissão de Defesa dos Direitos 
Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa (Alerj). O fotógrafo Bira 
Carvalho e o professor de geografia Bruno Leite denunciaram a ação 
truculenta de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do 
Choque.
Bruno, que faz mestrado na UFRJ e dá aulas em escolas municipais do 
Rio, contou que os policiais arrombaram o portão de sua casa e reviraram
 todos os móveis. Segundo o professor, um dos policiais guardou na farda
 euros de uma viagem que ele fez à França. "Quando perguntei pelo 
dinheiro, ele me devolveu e disse que não precisava disso", contou o 
morador, que desabafou: "Não me sinto seguro na Maré. Os policiais 
anotaram todos os meus dados e sabem onde moro".
Perícia feita ontem na casa dos moradores que denunciaram os abusos 
comprovou a violação dos domicílios. "Há indícios de que as casas foram 
invadidas e reviradas", disse o delegado da 21ª DP (Bonsucesso), José 
Pedro Costa, responsável pelas investigações, que vai pedir à 
Corregedoria da PM o nome dos os policiais envolvidos na ação de 
quinta-feira.
A Polícia Militar abriu inquérito para investigar o caso. A 
Defensoria vai entrar com ação judicial para responsabilizar 
criminalmente os policiais. "Nenhum policial tem o direito de invadir à 
revelia a casa das pessoas sem mandado judicial. A lei é uma só. Se 
ninguém invade casa na Vieira Souto, não deve fazer o mesmo na Maré", 
disse o defensor público Henrique Guelber.
Um comentário:
A Constituição Federal diz:"que todos são iguais perante a lei",quero saber,se quando um bandido invadir a minha casa ou de um cidadão de bem quem vai arcar com isso?
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